Saudade: Um ano sem Cristiano Araújo

Por - 24/06/16 às 12:00

Reprodução/Instagram/Youtube

Esta sexta-feira (24) tem tudo para ser um dia de muita reflexão e diversos tipos de lembranças, para os familiares, amigos e fãs de Cristiano Araújo. Tudo porque, há exatamente um ano, o cantor morreu, no auge de seu sucesso, com apenas 29 anos, depois de sofrer um grave acidente de carro, junto com a namorada, Allana Moraes (que também acabou falecendo), em Goiás. 

Marcado por sua voz extremamente poderosa e seu imenso carisma, mostrado nos palcos e nos bastidores, o artista deixou milhares de pessoas, pelo Brasil todo, completamente sem chão, após sua trágica morte. O acidente acabou  repercutido no mundo todo, com direito até a matéria no jornal El País. 

Mesmo depois da partida de Cristiano, as músicas do cantor continuam sendo super tocadas, pelos quatro cantos do País, e têm servido como uma forma de todos matarem a imensa saudade que sentem dele, principalmente seus maiores sucessos, como Maus Bocados, Cê Que Sabe e Hoje eu Tô Terrível. 

O início

Nascido no dia 24 de janeiro de 1986, em Goiânia, Cristiano Araújo teve contato com a música desde que era pequeno, principalmente por seu pai, João Reis, e vários de seus tios, avós e bisavós serem cantores. Com apenas três anos, o artista já deixou claro que teria um futuro brilhante neste âmbito, por já cantar seguindo o ritmo de cada canção, da melhor maneira possível. 

Com apenas nove anos, ele começou a se apresentar em eventos, bares e festivais, já chamando atenção por sua poderosa voz e a capacidade de interpretar vários sucessos. Aos 10, compôs sua primeira música e, desde então, só foi amadurecendo com as experiências profissionais que teve, inclusive formando duplas sertanejas, várias não muito bem sucedidas. 

Em 2011, com 25 anos, Cristiano viu sua vida mudar completamente, depois do tremendo sucesso de um de seus primeiros hits, Efeitos, e de participar do quadro Garagem do Faustão. No programa comandado por Fausto Silva, aliás, o artista foi escolhido, entre cerca de três mil inscritos, para abrir o Sertanejo Pop Festival, renomado evento em São Paulo. 

Fama e sucesso

Depois de passar por "maus bocados", Cristiano escolheu este período de sua vida para gravar seu primeiro DVD, de uma forma bem simples, contando apenas com um microfone, uma placa de som, um computador e a ajuda de vários de seus amigos, que já "previam" o tremendo sucesso que ele faria. 

Deste trabalho, acabou vindo a canção Efeitos, que, só na primeira semana de divulgação, teve nada mais, nada menos que cinco milhões de visualizações na internet, pouco antes de ser considerada uma das músicas mais tocadas de 2011, no Brasil todo. 

Neste mesmo ano, juntando o estouro do hit com a participação no Domingão do Faustão, o cantor acabou se tornando um dos fenômenos nacionais da música sertaneja e, depois de passar por tanta coisa, pôde vivenciar o merecido reconhecimento, não apenas entre os fãs, mas também na própria mídia. Só no palco do Faustão, ele voltou várias vezes, fora as participações que fez em atrações como o Hora do Faro e o Programa Eliana. 

Além dos vários DVDs, CDs ao vivo e álbuns em estúdio que fez, Cristiano espalhou sua música pelo mundo todo. Em 2014, por exemplo, o artista passou boa parte dos meses viajando pela Europa e os Estados Unidos com seus shows, que, aliás, costumavam deixar os fãs completamente enlouquecidos e sempre querendo mais. 

Morte trágica

A apresentação realizada na noite do dia 23 de junho de 2015, na cidade de Itumbiara, em Goiás, definitivamente ficou marcada na carreira de Cristiano. Depois de subir no palco, o cantor aproveitou um curto tempo de folga que tinha, em sua agenda, e pegou a estrada, ainda de madrugada, para visitar a família, junto com a namorada, Allana Moraes, de 19 anos. 

Na altura do km 613 da BR-153, entre o município de Morrinhos e o trevo de Pontalina, contudo, o carro em que o casal estava acabou saindo da pista e capotando por diversas vezes. Allana morreu na hora, enquanto Cristiano chegou a ir para o hospital mais próximo, em estado grave, mas não resistiu aos ferimentos e também acabou falecendo, pouco tempo depois do ocorrido. 

Depois das investigações, a polícia concluiu que os dois estavam no banco de trás do carro, sem cinto de segurança, e que o veículo estava em alta velocidade, a 179 km/h, no momento do acidente. O motorista do cantor, Ronaldo Miranda, também foi indiciado, por duplo homicídio culposo, quando não há intenção de matar. 

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