Secretaria das Mulheres quer suspender comercial de lingerie com Gisele Bündchen

A nova campanha protagonizada  por Gisele Bündchen virou motivo de polêmica. A Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM) da Presidência da República enviou nesta terça-feira (27) um pedido para a suspensão da campanha da marca de lingerie Hope protagonizada por Gisele Bündchen. O oficio foi enviado ao Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar).

Os comerciais da campanha “Hope Ensina”, mostram a modelo ensinando as mulheres como dar as más notícias aos maridos da maneira certa, ou seja, usando apenas de lingerie, incentivado as mulheres usar o charme a seu favor.

Na página da SPM foi publicado o seguinte comunicado sobre o caso:

Hope ensina" é a campanha da empresa que "ensina" como a sensualidade pode deixar qualquer homem "derretido". Nela, a modelo Gisele Bundchen estimula as mulheres brasileiras a fazerem uso de seu "charme" (exposição do corpo e insinuações) para amenizar possíveis reações de seus companheiros frente a incidentes do cotidiano.

Desde que foi ao ar, no último dia 20, a Ouvidoria, da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), recebeu reclamações de indignação a respeito da propaganda e enviou dois ofícios. Um ao Conar, pedindo a suspensão da propaganda, com base nos arts. 19 a 21 do Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária, e do art. 30, II, do Regimento Interno do Conselho de Ética (RICE). O outro, ao diretor na Hope Lingerie, Sylvio Korytowski, manifestando repúdio à campanha.

A propaganda promove o reforço do esteriótipo equivocado da mulher como objeto sexual de seu marido e ignora os grande avanços que temos alcançado para desconstruir práticas e pensamentos sexistas. Também apresenta conteúdo discriminatório contra a mulher, infringindo os arts. 1° e 5° da Constituição Federal”.

Por sua vez, a Hope argumenta que a campanha tem um tom bem-humorado e visa mostrar o poder da sensualidade natural da mulher brasileira :

"Os exemplos nunca tiveram a intenção de parecer sexistas, mas sim, cotidianos de um casal. Bater o carro, extrapolar nas compras ou ter que receber uma nova pessoa em sua casa por tempo indeterminado são fatos desagradáveis que podem acontecer na vida de qualquer casal, seja o agente da ação homem ou mulher", esclarece a marca.

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