Selton Mello divide prêmio de melhor ator com estreante

Por - 06/10/06 às 09:20

Felipe Panfili

O júri oficial da oitava edição do Festival do Rio, o maior evento cinematográfico da América Latina, que desde o dia 21 de setembro exibiu mais de 300 filmes, surpreendeu a platéia que estava no Cine Odeon-Br, centro da cidade, na noite de quinta-feira, 05, data da entrega dos vencedores do evento. O prêmio de melhor ator foi dividido entre Selton Mello, por sua atuação em O Cheiro do Ralo, e o estreante na telona, Sidney Santiago, que atuou em Os 12 Trabalhos.

“Com os meus 33 anos de idade, me sinto meio o tiozão dessa galera que competiu ou foi premiada. Eu e o Sidney ganhamos o Redentor de melhor ator, mas poderia ser o Caio Blat, que só tem 24 anos, e brilhou em dois longas, ou o Rafael Raposo, que fez o Noel. É gostoso ver uma nova geração de atores se dedicando ao cinema. Estamos juntos”, destaca Selton, que considera o Festival deste ano como especial, por ter estreado como diretor do curta dedicado ao ator Jorge Loredo, o Zé Bonitinho.

Sidney Santiago ficou feliz tanto por dividir o prêmio com Selton Mello como por ver reconhecido o esforço da equipe dirigida por Ricardo Elias.

“Os 12 Trabalhos é meu primeiro filme. O prêmio para mim significa o reconhecimento não apenas do meu trabalho como de toda a equipe e demonstra que as pessoas gostaram de um longa que mostra a vida de quem mora numa cidade grande”.

A melhor atriz foi Hermilla Guedes, estrela de O Céu de Suely, que confirmou seu favoritismo. O longa de Karim Aïnouz, todo rodado em Pernambuco, faturou ainda as estatuetas – a partir deste ano batizadas de Troféu Redentor – de melhor longa de ficção e direção.

“Estou muito feliz por receber esse reconhecimento por um trabalho em que a liberdade de experimentação foi meu foco principal”, ressalta o diretor. O Céu de Suely tem estréia prevista para 17 de novembro. É segundo longa do cineasta, que ficou famoso por Madame Satã, filme que revelou Lázaro Ramos e Flávio Bauraqui.

Apesar de desconhecida no eixo  Rio-São Paulo, Hermilla Guedes, tem um currículo  respeitável. Já participou de sete curtas-metragens e quatro longas, incluindo Cinema,  Aspirina e Urubus, escolhido pelo Ministério da Cultura, para concorrer à indicação de melhor e filme estrangeiro do Oscar.

Resultado do Júri Oficial

Presidido pelo cineasta Nelson Pereira dos Santos, o júri oficial do Festival do Rio contou com Christiane Torloni, o diretor Marcelo Piñero, a produtora Renata Magalhães e Christian Jeune, do Festival de Cannes, no corpo de jurados. O resultado é o seguinte:

Melhor longa de ficção – O Céu de Suely, de Karim Aïnouz
Melhor longa documentário – À Margem do Concreto, de Evaldo Mocarzel
Melhor curta-metragem – Joyce, de Caroline Leone
Melhor direção – Karim Aïnouz (O Céu de Suely)
Maelhor ator – Selton Mello (O Cheiro do Ralo) e Sidney Santiago (Os 12 Trabalhos)
Melhor atriz – Hermilla Guedes ( O Céu de Suely)
Prêmio Especial do Júri – O Cheiro do Ralo, de Jeitor Dhalia. 

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