Sérgio Marone: “Às vezes me sinto meio paquiderme, mesozóico”

Em um papo superdescontraído com O Fuxico, Sérgio Marone, que viveu o vilão Nick em Caras & Bocas, da Globo, revelou alguns segredos de sua intimidade.

Na conversa, o ator, que estreia no final deste mês a peça Play-Sexo, Mentiras e Videotapes, no Teatro Nair Bello do shopping paulista Frei Caneca, falou sobre tecnologia, profissão e, de quebra, revelou que teve que remodelar todo o seu apartamento por conta de sua altura. O galã fala ainda dos problemas que tem por ser tão alto – ele tem 1,93m -, para se adaptar com mobílias e outros objetos de casa.

Confira:

O Fuxico: Qual a primeira coisa que você curte fazer para relaxar, após o término de uma novela?
Sérgio Marone: Viajo. Viajar é multiplicar a alma.

OF: Você já chegou a sofrer preconceito do tipo: ele é bonitinho, por isso que está ali…
SM: Não sei, não me incomodo com isso. Preconceito pra mim é sinônimo de ignorância. Acho que tenho construído uma carreira bonita, transitando em todos os veículos. Além das sete novelas que fiz na Globo, fiz dois filmes e quatro peças, sendo que todas elas foram bem criticadas e tiveram indicação ao Prêmio Shell, o prêmio mais importante do teatro brasileiro. Conclusão: quem pensar isso de mim, não sabe nada sobre a minha carreira e é um ignorante nesse ‘assunto’. Agora, qualquer um tem o direito de não gostar do meu trabalho. Mas são coisas diferentes, entende?

OF: Ser um símbolo sexual incomoda?
SM: Não tenho essa dimensão, não penso nisso. Não vou nadar, correr ou pedalar, porque tenho que ter um corpo bonito. Faço isso porque me sinto bem, vivo! E gosto de estar em contato com a natureza, dessa forma.

OF: É complicado administrar um namoro entre celebridades? A imprensa atrapalha, o público cobra?
SM: É complicado administrar qualquer tipo de relacionamento (rs).

OF: Você sempre gostou de tecnologia? É um dos famosos que mais ‘twittam’… Que tipo de tecnologia é indispensável na sua vida?
SM: Não sou muito ligado em tecnologia, não. Vejo pouco a tevê. Mas, gosto de me informar. E o Twitter é uma ferramenta maravilhosa pra isso, pra trocar informação. Também acho importante, enquanto artista, estabelecer esse contato direto com o público, sem intermediários, e poder divulgar os trabalhos diretamente pra quem curte. Mas, quando tenho uma oportunidade, vou pro meio do mato e desligo tudo, até celular.

OF: Você tem sonho de interpretar algum personagem?
SM: O Nick é o meu primeiro antagonista e foi uma delícia fazê-lo. Agradeço ao universo e a todos que me deram as oportunidades que tive até agora. Quero continuar sendo surpreendido por elas.

OF: Li uma entrevista em que você diz que enfrenta muito problema por causa do tamanho. Que o pé fica para fora da cama, as calças ficam curtas, a pia da cozinha é muito baixa… Isso incomoda você? 

SM: Incomoda, mas não é um drama. É que às vezes me sinto meio paquiderme, mesozóico*, sabe? Um dinossauro, essas coisas. Eu fiz obra no meu apartamento e agora está tudo no meu padrão. Elevei o vaso sanitário 5cm, as bancadas de pia e cozinha em 15cm, e por aí vai. Até a minha geladeira está num pedestal! ( rs) 

OF: Você estreia a peça Play-Sexo, Mentiras e Videotapes. Quanto tempo demoraram os ensaios e como fez para conciliá-los com as gravações da novela?
SM: Um mês e meio e foi puxado. Nunca fiz isso. E, além da novela, estava fazendo obra. Sem contar meus compromissos pessoais, profissionais e a parte TV Globo, aulas… Mas, com muita boa vontade de todos da equipe, fomos nos adaptando. Troquei várias horas de almoços e jantares por uma comidinha rápido no trânsito.

*(Era geológica, entre 250 e 65 milhões de anos, que sucede o Paleozóico e precede o Cenozóico e inclui o Cretácico, o Jurássico e o Triásico, caracterizada pelo domínio dos répteis e pelo aparecimento das aves e dos mamíferos didelfos).