Stênio Garcia relembra Nicette Bruno: ‘Não caiu a ficha, ela está presente em nós’
Por Redação - 05/03/21 às 12:00 - Última Atualização: 6 abril 2021
O trabalho de um ator é emocionar e divertir o público. E assim Stênio Garcia faz o seu trabalho de forma primorosa há mais de 50 anos em especial na Globo, no cinema e no teatro. Longe das novelas desde 2018 (Deus Salve o Rei), o veterano pode ser visto na reprise de A Vida da Gente, trama das 19h, produzida em 2011, onde deu vida a Laudelino, par romântico da saudosa Nicette Bruno (1933 – 2020), vítima da Covid-19: “Uma atriz maravilhosa. Ela tinha uma cultura muito intensa. Não, não caiu [a ficha da morte dela]. Ela está presente em nós, em tudo”.
Garcia sempre teve uma vida discreta ao lado da esposa, Marilene Saade, e por conta da pandemia tem evitado ao máximo sair de casa. Aos 88 anos, faz exercícios duas vezes por semana, passa parte do tempo vendo filmes e séries em um acervo com centenas de DVDs. É uma diversão alinhada aos estudos. Em entrevista exclusiva ao OFuxico, o veterano está ansioso para voltar à TV, possivelmente em mais uma parceria com Glória Perez, critica quem não respeita o isolamento e defende a vacina contra o coronavírus, o artista já tomou a primeira dose.
Nos últimos dias, o comercial de um produto para combater a diabetes e outras doenças tem usado de forma indevida a imagem de Stênio, que acionou seus advogados. Ele ressalta que não tem nenhum tipo de enfermidade e não autorizou a propaganda. É um golpe. Sobre viajar após o fim da pandemia faz parte dos planos do casal, mas com a cotação do dólar e do euro o passeio vai ter que esperar um pouco mais.
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Isolamento e Covid-19
“Temos que nos ambientar de acordo com a circunstância. Não podemos nos expor, temos que nos resguardar. Estou aguardando a segunda dose, será dia 19/03. Temos que motivar as pessoas a tomarem a vacina, a se isolarem. É muita irresponsabilidade dessas pessoas que não seguem os protocolos, são suicidas”.
Apaixonados por arte
“Gosto de assistir várias vezes o mesmo filme e série para estudar a cena, a fotografia, a interpretação. A gente faz o trabalho para ele. Ele assimila a qualidade. Temos uma videoteca com mais de 100 DVDs”.
Amor na terceira idade
“Foi um trabalho primoroso de texto, direção e estudo de grupo. Foi um trabalho fantástico e com muita dedicação com a Nicette [Bruno]. Sinto saudade. Discutia muito com a Nicette [amor na terceira idade], era amigo dela e da família dela. Tínhamos uma intimidade muito grande. Temos que mostrar o amor como ele é, a dimensão, o amor naquela faixa etária. Um Romeu e Julieta da terceira idade”.
Companheira de trabalho
“Nicette era uma atriz maravilhosa para trabalhar. Ela tinha uma cultura muito intensa. Não, não caiu [a ficha]. Ela está presente em nós, em tudo”.
O Clone, desafio que marcou a TV
“Tio Ali. Viajar ao Marrocos, conversar com os marroquinos, tomar chá por horas. Esse é o meu trabalho, me aprofundo mesmo. Adoro trabalhar sob esse aspecto”.
Parceria com a Glória Perez
Gosto de todos os autores, mas a Glória Perez [autora de O Clone] é especial pra mim. Os personagens dela são profundos. A gente gosta do trabalho um do outro.
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