Tati Quebra-Barraco: funk abusado sem meias palavras
Por Redação - 13/11/05 às 15:00
"Sou cachorra sou gatinha não adianta se esquivar
vou soltar a minha fera eu boto o bicho pra pegar"
Tatiana dos Santos Lourenço, a MC Tati Quebra-Barraco, ganhou esse apelido graças ao seu primeiro sucesso intitulado Barraco 1. Depois disso, conquistou o público com as música Techno Tchuchuco, Assadinha e Soca Tcheca.
Todo final de semana, faz em média quatro a cinco shows por noite, entre quinta e domingo. Seu cachê é de R$ 1 mil. Fora do Rio, o preço sobe para R$ 3 mil.
Já se apresentou nos Estados Unidos e Alemanha.
Trabalha ao lado do irmão Marcinho, que atua como seu empresário.
"Não sou mais nem menos que as outras mulheres. Sei que sou gordinha. Sou até feia, mas agora estou na moda".
Foi cozinheira de uma creche na favela Cidade de Deus, zona oeste do Rio de Janeiro.
Freqüenta os bailes funks da comunidade carioca, desde os 12 anos.
No início do ano, foi submetida a uma lipoaspiração na barriga.
Quando o assunto é namoro, faz o gênero das que não tomam a iniciativa, esperam o homem chegar junto.
"Tenho fãs que nem imagino: homem, mulher, criança, idosos. O público que gosta da minha música é bem variado. A maioria é criança; não sei por quê".
Não gosta de caras abusados: "Já joguei um engraçadinho duas vezes na piscina de um clube, e deixei outro com a cara roxa. Queriam passar a mão em mim. Não sabiam com quem estavam mexendo".
Mora na Cidade de Deus com o marido, o segurança Fábio, que tem quase dois metros de altura. É mãe de Ana Carolina, de nove anos, e Yuri, de seis. Sua mãe Sônia é cozinheira.
Quando começou a ganhar dinheiro, alugou uma casa em Inhaúma, na zona norte carioca, com piscina e academia, mas voltou para a Cidade de Deus, porque ficou com saudades.
Já pensou em fazer um curso de cabeleireira, mas declara: "Nunca sonhei com profissão, amor, casamento, nada. Não fico pensando. Deixo acontecer".
"Tudo o que eu canto nas músicas que faço, é a realidade de vida. Só falo o que qualquer mulher muitas vezes gostaria de dizer, mas não tem coragem. Elas ficam caladas, eu boto pra fora".
Esteve presente na última São Paulo Fashion Week. A cantora foi trazida à capital paulista pela marca Cavalera. Uma de suas músicas, Eu Não Gosto de Peru Pequeno, tocou no final do desfile da grife. Na platéia, sentou ao lado do ator Rodrigo Hilbert. (foto)
Tati já dividiu o palco com outros ídolos do funk carioca, como Serginho e Lacraia.
Suas músicas já foram tocadas no programa Slum Dunk, da rádio Resonance FM, de Londres.
Tati é a estrela do documentário Sou Feia Mas Tô na Moda, sobre as funkeiras do Rio de Janeiro, dirigido por Denise Garcia. A diretora acompanhou Tati, que estava com nove meses de gravidez, por shows no Rio de Janeiro, e conseguiu imagens e depoimentos de tudo que acontece nos bailes funks.
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