Tenor Plácido Domingos nega acusações de abuso de poder

Neste domingo (23), Plácido Domingo rebateu acusações que vem sofrendo de artistas, que afirmam ele os perseguiu e abusou de seu poder enquanto ocupava cargos de gerência na Ópera de Los Angeles e na Ópera Nacional de Washington, no período em que foi gestor de dois teatros de ópera dos Estados Unidos.

Em fevereiro deste ano, diante de diversas acusações de abuso sexual, Plácido Domingo pediu perdão. O tenor espanhol assumiu responsabilidade por suas ações e disse que estava arrependido de ter causado dor às vítimas. Após uma investigação, o sindicato dos artistas musicais dos Estados Unidos concluiu que o tenor agiu de maneira inadequada com as colegas. Ele oferecia oportunidades de carreira enquanto buscava relações sexuais com elas. Diante da rejeição, ele retirava as ofertas e não mais as contratava.

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Em entrevista à Associated Press, neste domingo (23), ele destacou que as acusações prejudicaram sua carreira nos Estados Unidos e na Espanha.

"Eu ‘nunca prometi um papel a um cantor, nem nunca aceitei o papel de um cantor”, disse ele. “Passei minha vida inteira ajudando e, você sabe, incentivando e impulsionando as pessoas”.

Ele acrescentou que as responsabilidades dentro das companhias de ópera são divididas e, por isso, ele nunca teve controle total sobre as decisões de elenco.

Plácido Domingo, tenor espanhol, rebate acusações de assédio

As investigações da LA Opera e da American Guild of Musical Artists (AGMA) concluíram que as alegações de assédio sexual eram críveis. A LA Opera disse não ter encontrado evidências de abuso de poder, mas a AGMA encontrou um padrão claro de abuso, de acordo com pessoas que falaram à AP sob condição de anonimato.

Coronavírus

O cantor de 79 anos testou positivo para o coronavírus, em março. Ele chegou a ficar por 10 dias no hospital. Em seus planos, logo que o mundo voltar ao normal e ele possa resolver a celeuma com as autoridades espanholas, Plácido pretende voltar a cantar em seu país natal. Ele acredita que seu retorno aos Estados Unidos seja menos provável.

"É muito triste para mim não poder cantar nos Estados Unidos. Gosto muito. Por mais de meio século, o público foi sempre realmente extraordinário.

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