Thaís Carla sobre vitória em processo por gordofobia: ‘Serve para não se calar’

Por - 08/10/21

Thais Carla chorando no EncontroReprodução/Globo

Ativista contra a gordofobia, a dançarina Thais Carla ganhou uma batalha judicial contra o humorista Léo Lins, do programa “The Noite”, exibido no SBT. Agora, ele terá que indenizá-la em R$ 5 mil após publicar um vídeo divulgando os dados pessoais e imagem da influenciadora digital sem sua autorização, ridicularizando-a com diversas frases preconceituosas e gordofóbicas.

Nesta sexta-feira, 8 de outubro, Thais participou do Encontro com Fátima Bernardes e falou que é preciso dar um “basta” em qualquer tipo de preconceito.

“Julgam as pessoas gordas de primeira, no mundo, em geral. Só julgam, sem antes a gente nem falar que sabe fazer algo. É ‘gordo, inútil, não sabe trabalhar, vai morrer brevemente’. É um pacote que as pessoas falam da gente. As pessoas dizem que ser gordo não representa nada, que ser gorda é algo ruim, é ser incapaz. Mas ser gordo é só um sinônimo da sua forma física, não quer dizer que você é menos por isso”, afirmou.

Thais Carla ainda afirmou as pessoas precisam entender que ela é muito mais do que “uma pessoa gorda”.

“Imagina você ir ao shopping e não conseguir achar uma roupa? Geralmente eu mando fazer ou compro em lojas online. Parece que a pessoa gorda é invisível. As pessoas têm que abrir a mente e entender que existem diversos tipos de pessoas e as pessoas magras precisam respeitar os corpos das pessoas gordas. Infelizmente meu corpo chega primeiro, mas as pessoas têm que entender que eu sou além disso”, pontuou a influencer.

Por fim, questionada por Fátima Bernardes sobre o que quer para os próximos anos, Thais Carla quer quebrar os padrões existentes na sociedade e que seu corpo seja algo normalizado.

“A gente quer quebrar esses padrões. Meu marido é um homem negro, temos filhas negras. É sobre isso. Basta você se encontrar e ser feliz. Eu mostro isso, que é real, pode ser real, você não precisa ser plastificada e nem a pessoa mais magra do mundo”.

E acrescentou:

“Espero que (daqui 20 anos) meu corpo gordo seja normalizado. Espero que as minhas filhas não sofram tudo o que eu sofri e sejam mulheres empoderadas. Espero leveza. Sou uma pessoa muito leve, feliz. Lido com tudo com muito respeito e dedicação. Eu nunca imaginei que iria chegar aonde eu chegue. Eu estou emocionada porque eu nunca imaginei que estaria conversando com você e nem que eu ia ter tudo o que eu tenho. Eu era uma pessoa muito pobre. Não tinha nem roupa para vestir, era rejeitada. Eu ia para a academia de dança e a professora me humilhava. Tudo que eu fiz na vida eu falei: ‘eu vou fazer e vou acontecer’. Eu tô muito feliz da mulher que eu me tornei hoje. Eu espero que daqui a vinte anos que sejam coisas muito melhores”, finalizou.

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