Tiago Leifert abre o coração e fala de intimidade e saúde da filha

Por - 15/09/23 às 09:42

Daiana Garbin com a fuilha Lua e o marido, Tiago Leifert, sorridentes em festaFoto: Reprodução Instagram

Tiago Leifert abordou temas íntimos e explicou por que evitava participar de um tipo de formato de entrevistas. Ele mencionou que atualmente é comum em podcasts discutir detalhes pessoais, como a intimidade de casais, e expressou sua relutância em aderir a essa tendência:

“Agora está na moda em podcast dizer: ‘Usa vibrador, Igor?’ Tá maluco! Por isso que não fui a nenhum e vim aqui. Não vou falar da intimidade do casal. Vamos olhar no dicionário, pessoal, intimidade.”

Além disso, Tiago compartilhou informações sobre o estado de saúde de sua filha, Lua, de 2 anos, fruto de seu relacionamento com a jornalista Diana Garbin. Lua foi diagnosticada com retinoblastoma, um raro câncer ocular, há dois anos.

O apresentador explicou como lidou com a notícia e como manteve a privacidade da menininha: “A partir do momento que a gente sabia que ela tinha um problema grave, comuniquei a Globo quando começou a vazar. Os repórteres ligavam e diziam que iam dar a doença. Dar uma notícia que o pai e a mãe não deram? Houve um pacto de silêncio de pessoas do bem, mas tem quem não deu porque ficou com vergonha e, não por ela, mas por tomar porrada por ter dado e prejudicar a carreira.”

Tiago também explicou que, ao tornar público o diagnóstico de Lua, ele queria ajudar outras pessoas a identificarem precocemente o retinoblastoma, visto o caráter raro e difícil de detectar desse tumor. No entanto, ele reconheceu que isso custou parte da privacidade de sua filha: “A gente tinha que ajudar as outras pessoas. Primeira oportunidade que eu tive viajei para fora. Ela foi no shopping, lambeu o chão (risos) sem ninguém filmar ela. As pessoas tinham curiosidade de olhar o olho dela e não tem nada. Está tudo bem, ela está na escola. Eu entendo, faz parte do jogo.”

Vida discreta

Tiago Leifert também compartilhou sua perspectiva sobre a exposição excessiva nas redes sociais. Ele afirmou: “Quanto mais a pessoa posta, menos real é a chance de dar certo. A felicidade do casal é inversamente proporcional à quantidade de posts. Começou a postar muito, vai dar ruim.”

Daiana Garbin relembra quando obteve diagnóstico da filha, Lua

O apresentador, casado há 11 anos, mantém um relacionamento de 13 anos com Diana. Ele enfatizou que a maioria das pessoas sabe muito pouco sobre sua vida pessoal e criticou a prática de compartilhar momentos íntimos nas redes sociais e, posteriormente, pedir privacidade quando ocorrem problemas.

“Não adianta postar foto no banheiro, na intimidade e quando acontecer algo, pedir privacidade. Você mesmo não preservou sua intimidade. Não adianta pedir. Eu preservei a minha a vida toda, então as pessoas pensaram nisso.”

Intimidade de Lua

Tiago Leifert também abordou a importância de preservar a intimidade de sua filha, Lua, que enfrentou um tratamento médico complexo nos últimos dois anos devido ao retinoblastoma. Ele compartilhou uma situação desagradável em que uma pessoa tentou invadir a privacidade de sua filha, enfatizando o esforço que fazem para proteger Lua de ser constantemente alvo de atenção.

“Tinha uma pessoa no nosso condomínio que falava: ‘Oi, Lua!’ e praticamente abria o carrinho [dela] para vê-la. Eu tinha vontade de matar. A gente faz um esforço para a Lua não virar atração nos lugares que vai.”

“A gente da pouquíssimos detalhes do tratamento dela. São dois anos, mais de 700 dias, tem muita coisa. Não quero que ela cresça e veja no google, quero que ela pergunte para mim. A gente faz o máximo pra preservar a intimidade dela, a gente sacrificou um pouquinho para ajudar as pessoas. Mas quase não posto”, finalizou Leifert, ao participar do “Flow Podcast”. Assista:

O que é retinoblastoma

O retinoblastoma é um tumor maligno que se inicia nas células da retina (a parte do olho responsável pela visão). Essas células se multiplicam de forma desordenada e afetam um ou ambos os olhos.

Trata-se do tumor intraocular mais comum da infância — geralmente, ocorre antes dos 5 anos de idade — e corresponde a de 2,5% a 4% de todos os cânceres pediátricos.

De acordo com a oncologista Sheila Ferreira, da Oncoclínicas São Paulo, o tratamento de retinoblastoma teve diversos avanços ao longo dos anos. “O principal objetivo é conseguir preservar a vida da criança, assim como os olhos e a visão. A boa notícia é que a maioria dos casos podem ser curados, por isso, o diagnóstico precoce é fundamental para o sucesso do tratamento”, explicou.

“Dois terços dos casos são diagnosticados antes dos 2 anos de idade e 95%, antes dos 5 anos. Isso está diretamente relacionado à lateralidade e ao atraso no diagnóstico. Pacientes com doença bilateral (nos dois olhos) geralmente são diagnosticados antes do primeiro aniversário, enquanto aqueles com doença unilateral (em apenas um dos olhos) sabem da condição entre o segundo e terceiro ano de vida”, contou Sheila.

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