Tóquio 2020: Sem público, como será a abertura?

Por - 22/07/21 às 13:10

Mascote da olimpiada de toquioDivulgação

A Cerimônia de Abertura dos Jogos Olímpicos de Tóquio está marcada para a sexta-feira, dia 23 de julho, sem a presença do público, às 8h no horário de Brasília, 20h na capital japonesa. O Brasil será representado pelo levantador de vôlei Bruninho e a judoca Ketleyn Quadros. Ela será a primeira mulher negra a carregar a bandeira do Brasil numa Olimpíada.

Ao longo de 20 dias dos Jogos Olímpicos, que serão encerrados no dia 08 de agosto, mais de 300 eventos esportivos vão ser disputados por cerca de 12.750 atletas de 206 países. O Brasil está representado por 301 atletas de 35 modalidades.

Antes da abertura oficial dos Jogos, mais duas modalidades estreiam na competição: o remo e o tiro com arco.  O primeiro brasileiro a competir em uma prova individual é Lucas Verthein, do remo, que está na primeira bateria do single skiff, marcada para ter início às 20h30, horário de Brasília.

Logo depois, às 21h, horário de Brasília, a carioca Ane Marcelle dos Santos, de 27 anos, estreia no ranqueamento do tiro com arco. Ela foi a 9ª colocada na Rio-2016. No mesmo esporte estará outro carioca. Marcus Vinicius D’Almeida, de 23 anos, compete a partir da 1h, horário de Brasília, já no dia seguinte.

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Ainda na sexta-feira, dia 23 de julho, Brasil estreia no judô. Às 23h, horário de Brasília os pesos ligeiros Eric Takabatake (60kg/masculino) e Gabriela Chibana (48kg/feminino) entram no tatame. Vale destacar que mesmo sendo adiado devido a pandemia da Covid-19, o nome e o logo permaneceram Tóquio 2020 (Tokyo 2020, na grafia oficial em inglês).

CERIMÔNIA SÓBRIA

Esqueça as coreografias inimagináveis, os adereços que fazem um mix de Sapucaí com Parintins e mais um pouco, aquele vai e vem de artistas. A abertura dos Jogos de Tóquio, na sexta-feira, dia 23 de julho, não será assim. De acordo com Marco Balich, conselheiro sênior dos produtores executivos das cerimônias das Olimpíadas, a pandemia trouxe novas perspectivas para a festa.

“Será uma cerimônia muito mais sóbria. Mesmo assim, com uma bela estética japonesa. Muito japonesa, mas também em sincronia com o sentimento de hoje, a realidade”, disse Balich.

Casos de Covid-19 em crescimento em Tóquio geraram uma grande sombra ao evento que foi adiado ano passado por causa da pandemia. Às vésperas da chegada das delegações ao Japão, foi decidido que as competições serão realizadas em arenas e estádios vazios para minimizar os riscos de saúde.

Até agora, houve mais de 80 casos de infecções por Covid-19 no país entre os credenciados para os Jogos, desde 1º de julho, quando muitos atletas e autoridades começaram a chegar.

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Isso também afetou a cerimônia de abertura porque muitos chegarão pouco antes de suas competições e irão embora pouco depois para evitar contatos o máximo possível.

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NINGUÉM NAS ARQUIBANCADAS

Com o estádio Olímpico de Tóquio praticamente vazio, exceto por algumas centenas de autoridades, e com rígidas regras de distanciamento social, o agito nas arquibancadas também ficarão na lembrança. Segundo a organização, o foco será apenas nos atletas

“Os números no Rio foram 12.600 atletas e autoridades no desfile. Temo que será menor desta vez. Isso já dá uma distância séria entre os atletas no estádio”, disse Balich, que também produziu a cerimônia da Rio 2016 e dos Jogos Olímpicos de Inverno em Turim, entre outras.

“A equipe japonesa tem que lutar entre promover a sua estética e combinar os medos e preocupações associados aos Jogos Olímpicos, com as infecções e a doença.”

Há uma preocupação generalizada entre o público sobre o quanto é seguro realizar um espetáculo esportivo global durante a pandemia e muitos japoneses temem que a Olimpíada possa se tornar um evento super-disseminador do vírus.

“Acho que o grande feito da equipe criativa desta cerimônia é que eles conseguiram aceitar que haverá assentos vazios e ainda manter o foco nos atletas”, disse Balich.

“Será muito significativo, longe da grandiosidade de cerimônias anteriores. O momento é agora. É um esforço bonito. Uma cerimônia muito verdadeira e honesta, nada falso. Sem fumaças e espelhos. Será sobre as coisas que estão realmente acontecendo hoje em dia”, disse.

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É jornalista formada pela Universidade Gama Filho e pós-graduada em Jornalismo Cultural e Assessoria de Imprensa pela Estácio de Sá. Ela é nosso braço firme no Rio de Janeiro e integra a equipe de OFuxico desde 2003. @flaviacirino