Victor Pecoraro e Rafael Zulu no clima das gravações de Balacobaco
Por Redação - 17/09/12 às 10:35
As emissoras estão sempre preocupadas com a audiência de suas produções. Não é à toa que, diante de um ibope insatisfatório, a Record resolveu encurtar Máscaras, que chegou a registrar 3 pontos de média. Com isso, deu início, às pressas, aos trabalhos de Balacobaco, novela de Gisele Joras que substituirá a trama de Lauro César Muniz a partir de 4 de outubro. Mesmo assim, o elenco garante não sentir na pele diferença na rotina de gravação.
"Eu não fico pensando no ritmo frenético. Foco mais em entrar logo no personagem, fazer bem a cena, ter uma química boa com as pessoas", assegura Victor Pecoraro, que interpreta o protagonista Eduardo.
Rafael Zulu, que vive Mauro, melhor amigo do mocinho da história, por enquanto, está tendo poucas gravações em estúdio.
"Ainda está devagar porque fazemos por cenário e o que eu gravo mais ainda não está pronto", explica.
A mesma tranquilidade pôde ser conferida durante uma gravação da novela no RecNov – complexo de estdios da emissora na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Apesar da responsabilidade que Balacobaco tem de reerguer a audiência, o clima nos bastidores não transmite tensão. Com mais de 15 pessoas no estúdio – entre equipe técnica e de produção – o diretor-geral Edson Spinello fez algumas observações sobre a iluminação antes de começar os ensaios. No cenário da sala chique do personagem Eduardo com muitos objetos de decoração em madeira e quadros coloridos – Victor e Zulu passavam o texto.
Os dois atores, inclusive, recentemente saíram de produções na Globo. Victor interpretou o Rubinho de Aquele Beijo e Zulu, o Edvaldo de Fina Estampa. Apesar de nunca terem trabalhado juntos, eles já se conheciam, o que facilitou o entrosamento em cena.
"Sempre procuro ter uma relação boa com as pessoas com quem vou contracenar para ficar um ambiente mais íntimo e descontraído", afirma Victor.
Na cena, os dois amigos conversam sobre Norberto, antagonista de Bruno Ferrari. Na opinião de Mauro, ele está incomodado com o fato de Eduardo ser o sócio majoritário da empresa de turismo ecológico do pai e ainda ter-lhe roubado a namorada, Fabiana, de Alice Assef. Na sequência, Fabiana e Eduardo falam sobre mais uma oferta que a empresa recebeu. Mas ele não está interessado em vendê-la por valor nenhum, ao contrário de Norberto, que é seu irmão.
As duas cenas são aparentemente simples e não exigem marcações complicadas. Mesmo assim, os atores levaram uma tarde inteira para concluí-las. A demora se deu, principalmente, pelo perfeccionismo de Spinello, que a todo momento interrompia a gravação para fazer alguma correção.
"Victor, você não está pensando no que está falando, está simplesmente dando o texto.
Relaxa!", advertia.
"Zulu, cuidado que teve uma frase que você falou 'mermo'", corrigia.
A direção tão minuciosa, inclusive, é algo que agrada Zulu. Ainda mais porque ele percebe que o ritmo quase industrial com que uma novela costuma ser feita não afeta a preocupação com os detalhes em Balacobaco.
"Fiquei espantado de uma maneira positiva com o Spinello. Ele sabe exatamente o que faz, é diretor de ator, quer que o ator apareça em cena", constata.
Na ocasião, assim como Victor e Zulu, Alice gravava pela primeira vez uma cena na trama. A atriz, que nunca havia feito uma personagem grande em novela, estava ansiosa para dar início aos trabalhos.
"Entrei com o pé direito no estúdio. Me dá uma euforia, uma vontade de acertar, de fazer bem", confessa.
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