Wagner Moura é puro charme na capa da GQ

Por - 01/09/16 às 14:33

Divulgação/GQ

Wagner Moura, protagonista de uma das séries mais comentadas do ano passado, Narcos, em que interpreta o über traficante colombiano Pablo Escobar, ilustra a capa da edição de setembro da revista GQ. De Los Angeles, onde estava para divulgar a segunda temporada da série, que estreia na madrugada do dia 2 de setembro, ele falou à GQ sobre a mudança da família para a Colômbia durante as gravações, de como está se livrando dos quilos extras adquiridos para a atuação e, claro, de política.

Nestes dois anos de sucesso da série, Wagner Moura passou metade deles na Colômbia, filmando em Bogotá e Medellín. A diferença é que, nesta segunda temporada, ele decidiu levar toda a família – a mulher, a fotógrafa Sandra Delgado; e os três filhos, Bem, de 10 anos, Salvador, de 6, e José, de 4 – para morar na capital colombiana por seis meses. "Neste segundo ano, a família foi comigo e foram meses maravilhosos. Os meninos aprenderam a falar espanhol, estudaram em uma escola de regime integral que ia das 8 da manhã e acabava às 5 da tarde, onde, além das aulas normais, praticavam esportes, tocavam guitarra, jogavam xadrez", conta o ator.

Nesse período, ele precisou engordar 20 quilos para interpretar Pablo em fuga, nos seus últimos 18 meses de vida. "Me esforcei muito para engordar, porque meu corpo é de magro. Então, comi tudo que não prestava e era bom… Pizza, sorvete, cerveja, vinho, sobremesa todo dia. Cara, você não ia me reconhecer dois meses atrás", disse o ator, que declinou o convite de atuar com Denzel Washington no remake de Sete Homens e Um Destino por causa disso. "Conversei com (o diretor) Antoine Fuqua e acertei tudo, mas notei que tinha aceitado naquelas de 'não posso recusar isso', mas meu coração dizia que não ia aguentar. Queria voltar para o Brasil, se o filme atrasasse ia ser um problema com a Netflix e ainda teria de emagrecer para engordar de novo. Não queria essa confusão."

Livrar-se totalmente de Pablo Escobar, no entanto, foi uma missão mais demorada. Moura entrou no boxe e iniciou uma dieta vegana radical. "Além de perder peso, queria tirar esses dois anos de maldade, tiros e morte de mim. Foram dois meses sem beber, fumar, comer carne e derivados de leite", lista ele, que perdeu 13 quilos em dois meses. "Ainda faltam sete, mas já estou novamente no jiu jítsu. Voltei a tomar um vinhozinho, mas nunca mais vou comer carne ou frango", diz.

O próximo projeto após o sucesso global de Narcos já está traçado: dirigir seu primeiro longa-metragem, contando a história do guerrilheiro comunista Carlos Marighella. "Para ser xingado ainda mais", gargalha ele, um dos artistas mais explicitamente contrários ao afastamento da presidente Dilma Rousseff.

"Dilma é uma presidente muito incompetente. Nunca votei nela e já batia no governo desde 2013. Reconheço o progresso que o PT fez para diminuir a desigualdade social, mas o ciclo do PT acabou, caiu de maduro, de corrupto e incompetente. Mas acho que o impeachment foi uma manobra de interesses escrotos com os mesmos atores de 1964, com exceção dos militares. Quando a bonança deixou de favorecer a esse segmento da elite, aplica-se a velha solução latino-americana: tirar e colocar quem eles querem. Isso é golpe. E não posso compactuar".

As fotos de Wagner foram feitas por Jacques Dequeker, ícone da fotografia de moda, em Nova York, onde mora desde março deste ano.Autodidata, Jacques completou mais de quinze anos atrás das câmeras, acumulando prêmios como o de melhor fotógrafo de moda pela ABIT (Associação Brasileira da Indústria Têxtil) e melhor diretor de fashion film em Los Angeles, pelo TheInternational Fashion Film Awards, fotografando ao longo de sua carreira nomes como Gisele Bündchen, Adam Levine, Rita Ora, Ben Harper e Ashton Kutcher.

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