Xamã se empenha na luta por demarcação de terras indígenas: ‘Vital’

Por - 24/08/23 às 14:40

Xamã, na florestaFoto: Reprodução Instagram @euxama

Xamã está bastante empenhado na luta pela demarcação das terras indígenas. A Comissão de Agricultura e Reforma Agrária aprovou, na quarta-feira, 23 de agosto, o projeto que estabelece um marco temporal para o reconhecimento e a demarcação de terras indígenas. A PL 2.903/2023 estabelece que só podem ser demarcadas as áreas que já eram tradicionalmente ocupadas por povos indígenas até o dia 5 de outubro de 1988, quando foi promulgada a Constituição Federal.

O texto ainda terá que passar por novas votações no Senado e o STF também discute o tema. Lideranças de diversas regiões do país defendem que a ação nega o extermínio e a expulsão forçada de milhões de indígenas e, defendem ainda, que isso pode perpetuar o genocídio dos povos originários, já que essa aprovação implica o aumento da violência e de conflitos fundiários.

“A demarcação dos territórios indígenas é vital para preservar culturas e ecossistemas únicos. As violências sofridas evidenciam a necessidade de reconhecer e respeitar essas áreas, garantindo justiça e dignidade. Ocupar todos os espaços é fundamental para reverter séculos de marginalização, permitindo que as vozes e direitos dos povos indígenas sejam valorizados e protegidos”, diz o cantor.

O artista, filho de pai indígena, vem se conectando com a sua ancestralidade e é um aliado nas lutas dos povos originários. Cada vez mais consciente do impacto do seu trabalho, ele deixa evidente o propósito de usar a sua voz para potencializar as lutas e a cultura dessa população.

Em seu Instagram, Xamã pede: “Demarcação já!”.

Acampamento Terra Livre

No mês de abril deste ano, Xamã participou da 19ª edição do Acampamento Terra Livre, a maior mobilização dos povos originários do país, em Brasília. O rapper estava no local ao lado de amigos e lideranças indígenas, estando entre eles Sônia Guajajara, Tukumã Pataxó, Sam Sateré, Mawé, Txepo Suruí e Kefas.

Neste ano, o ATL teve como demandas prioritárias a retomada da política de demarcações, o fim das violências e o pedido de decreto emergencial climático.

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