Zé Celso Martinez: Viúvo chora ao lembrar dos momentos ao lado do dramaturgo

Por - 10/07/23 às 07:24

Marcelo Drummond ao lado do caixão de Zé Celso MartinezMarcelo Drummond permaneceu todo o tempo ao lado do caixão - Foto: Tomzé Fonseca/ AgNNews

Marcelo Drummond, marido do dramaturgo José Celso Martinez, que morreu no último dia 06 de julho, não conteve as lágrimas ao falar sobre a ausência dele.

Em entrevista ao “Fantástico”, exibida na Globo na noite de domingo, 09 de julho, ele, que assim como Martinez, chegou a ser hospitalizado após inalar fumaça de um incêndio no apartamento onde moravam, comentou sobre sua vida ao lado do dramaturgo e relembrou os últimos momentos.

“É uma dor imensa. Inexplicável. A imagem dele. A última imagem dele. Pegando fogo. Eu apagando com a mão. Eu acordei com uma explosão, um barulho enorme, saí correndo e vi que estava esfumaçado.  Saí da cozinha, vi aquela fumaça preta”, lembrou o viúvo.

Drummond contou que se manteve ao lado do marido: “A Lurdinha, que trabalha lá em casa, me puxou para fora, me acordou, eu sentei na escada, eu falei: ‘Tem que tirar o Zé’. De repente puxaram o Zé, eu deitei do lado dele, segurei na mão dele. Falei: ‘Estou aqui com você’”.

Juntos há 37 anos, eles haviam oficializado a união em junho, para “resolver questões práticas”. Zé Celso se preocupava com o fato de não ter herdeiros diretos, já que não tinha filhos. O casamento, aos 86 anos, foi uma forma de facilitar os processos burocráticos para Drummond caso o artista morresse: “Ele transbordava amor, eu conheço o amor do Zé, isso é o que mais me orgulha”.

COMO ZÉ CELSO MARTINEZ MORREU

José Celso Martinez foi hospitalizado em estado grave no dia 04 de julho, após um incêndio em seu apartamento.

“Eu acordei com uma explosão. Um barulho enorme. Aí saí correndo do quarto, eu vi que estava enfumaçado. Eu fui na cozinha para ver, falei: ‘Alguém esqueceu, né? Uma panela acesa está fazendo isso?’. Eu vi que não era. Saí da cozinha e olhei dentro daquela coisa preta, aquela fumaça preta”, disse o marido do dramaturgo.

O artista sofreu queimaduras em 60% do corpo e inalou muita fumaça. Ele estava internado no Hospital das Clínicas, na capital paulista, e não resistiu a um agravamento em seu quadro de saúde, com desenvolvimento de insuficiência renal e falência múltipla dos órgãos. Marcelo contou como foi a despedida: “Eu dei um beijo, peguei na mão, pedi que trouxessem o Nagô (cachorro do casal), porque ele adorava o Zé”, afirmou.

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É jornalista formada pela Universidade Gama Filho e pós-graduada em Jornalismo Cultural e Assessoria de Imprensa pela Estácio de Sá. Ela é nosso braço firme no Rio de Janeiro e integra a equipe de OFuxico desde 2003. @flaviacirino