Vai na Fé: Carolina Dieckmannn se inspirou em Gabriel Prioli para papel

Por - 28/11/22 às 17:29

fotomontagem de retratos de carolina dieckmann e gabriela prioliReprodução/Instagram @loracarola e @gabrielaprioli/Montagem

Carolina Dieckmann é uma das maiores atrizes brasileiras, e está prestes a voltará a aparecer nas telinhas em “Vai na Fé”, próxima novela das 19h da TV Globo, e em entrevista ao jornal OGlobo, ela revelou se inspirar em Gabriela Prioli para interpretar Lumiar, que também é advogada.

“Ela tem esse gestual com as mãos para falar, e peguei um pouco disso. O Direito sempre foi algo distante da minha vida, e esse tem sido um dos meus trabalhos mais desafiadores. O texto traz referências e palavras que não fazem parte do meu dia a dia”, explicou a atriz.

Para o novo visual, ela deixou o cabelo mais curto, pintou em um tom acobreado e contou só lavar o cabelo com sabonete: “Por ser muito liso, é difícil dar volume. Como o sabonete não tem emolientes, consigo essa textura, um aspecto mais rústico”.

Sobre a ansiedade em recomeçar na TV, ela disse: “Soa mais como um reencontro. No tempo em que morei fora, fiz a novela ‘O Sétimo Guardião’ e a série ‘Treze dias longe do Sol’ e ficava 15 dias em cada país. Sentia que tinha duas vidas, gostava de estar aqui, mas me culpava por não estar lá. Estava emocionalmente cansada. Agora, sinto uma paz”.

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CASAMENTO DURADOURO

Há 19 anos, Carolina Dieckmann está casada com o executivo Tiago Worcman, e o relacionamento entre os dois também esteve na entrevista: Quando decidi ir, foi para valer. Valeu cada milímetro de entrega. Hoje, nossa relação é abençoada por termos ficado mais unidos, senti que cresci. Foi bom ter dado esse respiro, olhar para a minha história. Trabalho desde os 13 anos e, que bom, tive a coragem e a sorte de ter esse parceiro incrível”.

“Amo o Tiago, escolho estar com ele todos os dias e investir na nossa relação. Se o casamento terminasse hoje, tudo o que vivemos me transformou em uma pessoa mais próxima do que quero ser. Alguém que acredita no amor. Não me imagino com nenhum outro homem. Vivo o amor e o sexo com ele de uma maneira plena e emocionante”, afirmou Carolina.

Sobre dificuldades, ela garantiu sobre quando “o bicho pega”: “Todo dia! Meus amigos falam que a gente tem uma eletricidade. Não temos uma relação com espaço para mágoa, quando brigamos, resolvemos na hora”.

Aliás, uma das brigas entre os dois é a relação entre a atriz e a terapia: “Fiz uma vez, quando achei que iria me separar do Marcos, e de fato aconteceu. A terapia é muito legal, mas me incomoda o uso como bengala. De forma alguma sou contra, mas ninguém quer se frustrar, sentir dor. Todos os dias antes de dormir eu penso, me julgo e me critico. Você tem que tentar enfrentar o que é possível. Hoje, para tudo se toma um remédio. Isso, muitas vezes, pode ser um escapismo.”

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ASSUNTOS SOCIAIS E PESSOAIS

Em dado momento da entrevista, Dieckmann foi perguntada sobre ser a favor do abroto, na qual explicou: “Sou a favor da mulher decidir o que fazer com seu corpo e contra a banalização. Outras coisas precisam ser ensinadas: o uso da camisinha, pílula, métodos contraceptivos. Não é simplesmente ir lá e tirar”.

Ainda, ela comentou sobre criar dois filhos homens em uma sociedade machista: “Acho que essa geração já está se ajudando. Temos menos trabalho como pais ao ter que desconstruir coisas, porque eles já pegaram o mundo diferente. Já lidam com questões como racismo e gênero de forma diferente. Em casa, discutimos de forma aberta sobretudo”.

Em relação às dificuldades no mercado de trabalho por ser mulher, a artista analisou: “Há essa discussão da remuneração. Sempre tive oportunidades e nunca me senti desvalorizada, por mais que eu saiba que sou, porque tem homens com o mesmo papel e que ganham mais dinheiro. Nunca fui assediada, mas não é porque não aconteceu comigo que não vou sentir a dor da outra e ter empatia. Essas discussões são importantes para todas. Porque o mundo tem mostrado que é no coletivo que a gente vai se transformar.”

Por fim, Carolina Dieckmann falou de como lida com o luto: “Tinha 20 anos quando sofri um aborto, aos três meses. E é normal, mas na época não tinha tanta informação. Sofri e achei que só tivesse acontecido comigo. Já a perda da minha mãe foi a maior dor que senti. Ela morreu dormindo, teve um mal súbito. E o presente mais bonito que a passagem dela me deu foi a consciência de agradecer ao acordar todos os dias”.

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Raphael Araujo Barboza é formado em Jornalismo na Faculdade Cásper Líbero. OFuxico foi o primeiro lugar em que começou a trabalhar. Diariamente faz um pouco de tudo, mas tem como assuntos favoritos Super-Heróis e demais assuntos da Cultura Pop (séries, filmes, músicas) e tudo que envolva a Comunidade LGBTQIA+.