Pantanal: Autor revela a principal diferença da versão original

Quem assistiu “Pantanal” na extinta TV Manchete, em 1990, não vai esquecer jamais a expressão marcante de Cristiana Oliveira, a trilha sonora única e a paisagem indescritível. Mas sem forçar muito a memória é possível também reviver e lembrar com carinho de três personagens bastante especiais na história: Joventino, José Leôncio e Velho do Rio. Eles eram interpretados pelo mesmo ator, Cláudio Marzo. Agora, na versão de Bruno Luperi, neto de Benedito Rui Barbosa, criador da história que parou o país e deu nova roupagem à teledramaturgia, três atores estarão em cena.

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Olhando para o texto inteiro vi que não havia necessidade do mesmo ator será os três personagens. E é até mais bonito que não fosse o mesmo ator’, disse Bruno .

Em entrevista coletiva realizada nesta segunda-feira, 14 de março, da qual a reportagem de OFuxico participou, o autor, filho de Edmara Barbosa, também novelista, destacou que é importante preservar a base da história criada por se avô há 32 anos. E ele defende que não ter um ator nos três papéis não descaracteriza a trama.

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“O ponto de partida é o respeito pela obra, a mais relevante do meu avô, no meu ponto de vista. Então, se for mexer, adaptar tem que partir desse respeito que você não está criando e sim trazendo para um novo contexto”, afirmou. 

A história inicia com o fazendeiro Joventino, que será vivido por Irandhir Santos. José Leôncio, o filho dele, será o papel de Marcos Palmeira. Já o lendário Velho do Rio, o homem que se transforma em cobra, caberá à Osmar Prado.

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Bruno Luperi contou que Claudio Marzo não havia sido escalado para a tripla missão, o que não passou de obra do acaso. Ele seria apenas o Velho do Rio. 

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IRANDHIR VIVERÁ DOIS PERSONAGENS

Sai o abominável corrupto Álvaro, de “Amor de Mãe”, entra o pantaneiro Joventino, pai de José Leôncio (Renato Góes), na primeira fase de “Pantanal”. De volta à telinha, será assim que o público verá Irandhir dos Santos, o “careca” da trama última trama inédita na faixa nobre antes da pandemia.

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Com um visual mais jovem, ele será o caminhoneiro José Lucas de Nada, já na segunda fase, neto de Joventino. Na novela original, de 1990, Paulo Gorgulho interpretou o personagem. O caminhoneiro é fruto de uma relação passageira de José Leôncio com uma prostituta. E foi batizado como “De Nada” por ser filho de pai desconhecido. Irandhir aparecerá com pouca barba e os cabelos cacheados e volumosos na segunda fase da novela.

“É mais forte o José Leôncio não ser a cópia do pai e, sim, ter algumas diferenças em relação a ele. E o velho Joventino é quase uma entidade, um espírito protetor. Já o José Leôncio é muito humano. E outra força que ficou presente nas conversas que tive com meu avô e o Papinha (Rogério Gomes, diretor) é o José Lucas de Nada chegar na história com a cara do avô, que é o homem que o José Leôncio espera há 25 anos”, contou Bruno.

Na adaptação escrita por Bruno Luperi, trama, Joventino some durante uma caçada e é dado como morto. Cada um dos três filhos ganha mais importância na história: “O Tadeu (José Loreto) é o peão e único que cresceu na garupa do pai. O Jove (Jesuíta Barbosa) é o herdeiro. E o José Lucas de Nada é a figura que o pai esperou tanto tempo”, contou.

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