Vai na Fé: ‘Theo vai pagar pelo que fez’, diz a autora Rosane Svartman
Por Raphael Araujo - 08/08/23 às 17:36
“Vai na Fé”, da TV Globo, chegará ao fim nesta sexta-feira, 11 de agosto, e uma das maiores expectativas é: o que acontecerá com Theo (Emilio Dantas), grande vilão da trama que chegou a [GATILHO] abusar de mulheres, dar golpes fiscais e ser completamente manipulador.
Em entrevista ao Gshow, Rosane Svartman, autora da trama, garantiu que ele não ficará impune: “Não gosto de dar spoiler, não (risos). Mas claro que em uma história como essa é importante o vilão pagar pelo que fez, e o Theo vai pagar, claro. Depois de 179 capítulos. Demorou”.
Inclusive, ela afirmou que não mudou os rumos da novela por conta de repercussões nas redes sociais: “Acho que nunca mudei nada pela repercussão das redes. É uma repercussão superlegal, importante, mas que não espelha necessariamente o público de uma novela”.
“Mas há muitos insights bacanas que vêm das redes sociais, há uma troca, um engajamento impressionante, amplifica o boca a boca. Essa troca pra mim é muito preciosa”, avaliou a dramaturga, que enxerga na sociedade o maior agente transformador de uma novela, como a maior diversidade, por exemplo.
DIVERISDADE NA TRAMA
“Para mim, o poder está em quem assiste à novela. Ele tem a escolha de trocar de canal, é ele quem acessa aqueles temas e que lê aquilo com a sua própria leitura. Acho que a sociedade hoje está falando sobre a sua diversidade e como essa diversidade faz com que essa sociedade fique mais rica, mais legal”, disse.
“A vocação da novela está conectada com o espírito de uma época, e acho que o espírito da época que a gente está vivendo é justamente celebrar a nossa diversidade”, refletiu Rosane Svartman, que contou com a ajuda de diversos colaboradores bem diferentes entre si.
“A gente precisa buscar representatividade, diversidade, equidade, nas obras de arte, em tudo. Mas, na sala de roteiro, especificamente, isso faz com que a novela fique melhor. Quando você escreve um personagem que é muito diferente de você, você constrói pontos de empatia. Uma autora precisa estar permeável a esses olhares diferentes”, completou ela.
INCERTEZAS E DESPEDIDAS
Ao logo da conversa, Rosane Svartman disse que não esperava que “Vai na Fé” fosse fazer tanto sucesso: Nunca sei o que esperar de uma novela. Sempre torço para dar certo, como se fossem cartas ao vento. Não esperava. Acho que se eu soubesse, tivesse certeza ‘ah, vou escrever isso e vai ser um sucesso’, a vida seria mais fácil. Mas acho que a graça também é essa”.
“Ser apaixonada pelo que eu faço, sempre testar fronteiras, propor novas pautas, novas histórias, e tentar contar a melhor história que eu puder junto com quem estou trabalhando”, descreveu a autora, que sentirá saudades dos personagens e elenco.
“É muito difícil e até doloroso me despedir desses personagens com quem convivi durante anos. Eles se tornam amigos. No último dia que fui ao estúdio e vi os atores como personagens, atuando, foi ali que caiu a ficha de que seria a última vez que eu veria ao vivo aqueles personagens”, concluiu Rosane Svartman.
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Raphael Araujo Barboza é formado em Jornalismo na Faculdade Cásper Líbero. OFuxico foi o primeiro lugar em que começou a trabalhar. Diariamente faz um pouco de tudo, mas tem como assuntos favoritos Super-Heróis e demais assuntos da Cultura Pop (séries, filmes, músicas) e tudo que envolva a Comunidade LGBTQIA+.