Terra e Paixão: Psiquiatra explica a aversão sexual de Petra. Fotos da cena!
Por Redação - 12/07/23 às 12:45 - Última Atualização: 14 julho 2023
No capítulo de terça-feira, 11 de julho, de “Terra e Paixão”, Petra (Débora Ozório) teve uma séria conversa com Luigi (Rainer Cadete) sobre sua aversão a sexo. Em uma conversa dolorida para a moça, ela revelou que não gosta de sexo:
“Eu me sinto mal, invadida. Eu tenho horror a sexo. Eu fazia esforço pra você não perceber… pra me entregar. Agora não dá mais. Eu não suporto ser tocada por um homem, não suporto intimidade. Me perdoa”, disse a personagem, que elevou o grau de emoção do público.
Mais do que um sentimento, o fato de uma pessoa não querer ter relações sexuais tem nome: TAS – Transtorno de Aversão Sexual.
A maior característica deste transtorno é a aversão a qualquer tipo de contato sexual, particularmente o contato genital. De acordo com o site da Dra. Aline Rangel, Psiquiatra e Psicoterapeuta, um relacionamento sexual causa repulsa e desconforto.
“O transtorno de aversão sexual (TAS) caracteriza-se pela aversão a qualquer tipo de contato sexual, particularmente o contato genital. A ideia de um relacionamento sexual causa repulsa e desconforto. Contudo, a pessoa se sente culpada e envergonhada com a situação – o que diferencia o transtorno de aversão sexual de um quadro de assexualidade.”
Sobre o desenvolvimento da repulsa, a doutora comenta sobre medo e experiências negativas: “O transtorno de aversão sexual se desenvolve, em geral, em resposta a experiências sexuais negativas e mensagens negativas sobre sexualidade. O medo apresentado chega a tal ponto que as pessoas passam a deixar de frequentar ambientes sociais e até adotar uma forma de se vestir defensiva para evitar a intenção e a aproximação de outras pessoas.”
CULPA E VERGONHA
“Contudo, a pessoa se sente culpada e envergonhada com a situação – o que diferencia o transtorno de aversão sexual de um quadro de assexualidade. O transtorno de aversão sexual se desenvolve, em geral, em resposta a experiências sexuais negativas e mensagens negativas sobre sexualidade. O medo apresentado chega a tal ponto que as pessoas passam a deixar de frequentar ambientes sociais e até adotar uma forma defensiva de se vestir para evitar a intenção e a aproximação de outras pessoas”, diz a Psiquiatra.
Segundo Aline Rangel, é difícil estabelecer o transtorno, pois as pessoas não buscam terapia: “A prevalência do TAS é desconhecida e difícil de estabelecer, pois indivíduos com este transtorno evitam encontros sexuais e relacionamentos íntimos, portanto, raramente procuram terapia de aversão sexual ou clínicas de terapia de casais. O TAS é relatado principalmente por mulheres. Homens com TAS têm mais probabilidade de evitar relacionamentos e, portanto, sofrem de ansiedade de desempenho sexual ou ansiedade orgásmica.”
Não se sabe ao certo o que causa o desenvolvimento do TAS em algumas pessoas e não em outras. A doutora pontua que, histórico familiar de transtorno de ansiedade e fobia é comum em pessoas com TAS.
“Embora não se saiba o que causa o desenvolvimento do TAS em algumas pessoas e não em outras, histórico familiar de transtorno de ansiedade e fobia é comum em pessoas com TAS. A vergonha em falar sobre este assunto pode prejudicar o tratamento. O primeiro passo para tratar o transtorno é reconhecer o problema e procurar ajuda de um psiquiatra.”
ABSTINÊNCIA E TAS SÃO A MESMA COISA?
De acordo com a especialista, TAS e abstinência sexual são assuntos completamente diferentes, pois o transtorno é uma doença psicológica e a abstenção, é um processo consciente.
“O Transtorno é uma doença psicológica, que causa sofrimento à pessoa, que pode se sentir anormal, perdida e infeliz e fugir do constrangimento causado pelas interações sociais. Já a abstenção, é um processo consciente em que a pessoa passa a redirecionar o prazer sexual para outras áreas da sua vida, como projetos profissionais, sociais, científicos ou de qualquer natureza. Pessoas com quadro de assexualidade não se incomodam com a falta de desejo sexual, encaram essa situação de forma natural e parte da vida.”
Como o TAS é pouco estudado, o entendimento e as causas também estão ainda em um patamar difícil de ser entendido.
“Ainda existem poucos estudos sobre o Transtorno de Aversão Sexual e isso dificulta o entendimento de um padrão de comportamento destes indivíduos. Entretanto, o que se sabe até agora é que esse processo pode ser desencadeado por experiências traumáticas em qualquer fase da vida. Condições de saúde e tratamentos médicos também podem desempenhar um papel no desenvolvimento da aversão sexual. Algumas doenças, como vários tipos de câncer, causam mudanças físicas que afetam a função sexual e/ou imagem corporal de um indivíduo. Alguns medicamentos, como inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRS) podem diminuir a resposta orgásmica, criando um ambiente e uma experiência sexual imprevisíveis e frustrantes. O distúrbio pode ser ocasionados por abuso sexual durante a infância ou adolescência ou ter origem em experiências familiares traumáticas, como exposição precoce à sexualidade e até mesmo o adultério de um dos membros da família. Casos de agressão sexual na vida adulta e exposição a crenças e sistemas morais repressivos também podem fazer com que o indivíduo enxergue o sexo de forma imoral e aversiva.”
Transtorno Sexual ou Fobia? em seu site, a Dra. Aline Rangel existem diagnósticos estabelecidos para cada transtorno, com classificações diferenciadas: “O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais até sua 4a edição (DSM-IV-TR) descreveu anteriormente o transtorno de aversão sexual como “caracterizado por aversão extrema recorrente ou persistente e evitação de todo contato genital com um parceiro sexual que não seja atribuível a outro transtorno psiquiátrico”. O transtorno de aversão sexual foi posteriormente removido do DSM-5, devido ao seu uso raro e à falta de pesquisas de apoio. Agora, ele é classificado como uma disfunção sexual. Debates sobre se a aversão sexual deveria ser classificado como uma fobia ou um transtorno sexual aconteceram várias vezes, mas na Classificação Internacional de Doenças (CID 11) da Organização Mundial da Saúde, a Aversão Sexual permanece como um diagnóstico bem estabelecido dentre os transtornos sexuais.”
O site da Dra Aline Rangel explica sobre o transtorno e trazmais informações sobre transtornos sexuais e auxílio psicológico.
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