De mocinho a vilão? Chay Suede comenta virada de Ari em Travessia

Por - 09/03/23 às 18:40

Chay SuedeAri ganha novo visual na reta final da novela. Foto: Globo/Manoella Mello

Nesta reta final de “Travessia”, da Rede Globo, Chay Suede acaba de ganhar um presente de Gloria Perez. A nova virada de Ari, seu personagem, como sócio da construtora Guerra, dá ao ator a oportunidade de ele mostrar com mais afinco toda sua versatilidade na dramaturgia. Isso quer dizer que o mocinho acaba virando o grande vilão da história? Chay concedeu entrevista ao site da emissora e comentou a trajetória de seu personagem ao longo da trama. Confira!

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Como você define o personagem nessa virada de trama? Você considera o Ari um vilão? 
Chay Suede: “Eu acho que ele vai nos surpreendendo a cada nova possibilidade que ainda não tínhamos imaginado. Ele vai ultrapassando limites – você acha que o Ari vai até aqui, mas ele vai um pouco mais. As expectativas que existiam sobre o Ari e o tipo de maldades que ele poderia fazer já foram ultrapassadas até chegar ao ponto de ser considerado um vilão. A forma com a qual ele decide fazer as coisas, para mim, é o que o define, não as causas. Com as causas, ele pode até estar se enganando, mas os meios o tornam uma pessoa com inclinações à vilania”.

Ari (Chay Suede) em Travessia
Divulgação/Travessia/Fábio Rocha/TV Globo

Pensando na evolução do seu personagem, quais cenas são as mais marcantes? 
Chay Suede: “Há vários momentos marcantes: todo aquele início no Maranhão, nas dunas, em Atins, foi muito especial e importante, além das pequenas viradas do personagem até chegar ao momento atual; me lembro também de uma sequência com a Brisa (Lucy Alves) de quando Ari percebe que ela não quer mais ficar com ele e o Ari muda seu jeito; outro momento importante é quando ele e Brisa têm uma briga longa, lá em Mandacaru, quando ele vai buscar Tonho (Vicente Alvite); uma cena recente que também tem a sua relevância é a de quando o professor Dante (Marcos Caruso) enxerga pela primeira vez o monstro na frente dele, o quão profunda pode ser essa ausência de ética e de moral do Ari; a entrada dele na empresa, já com o visual novo, também é um momento muito marcante”. 

O Ari saiu de Mandacaru já sendo um vilão ou suas decisões no Rio de Janeiro que o foram transformando nessa pessoa? 
Chay Suede: “O mais legal sobre esse personagem é justamente não termos muita certeza sobre ele. Existe uma grande possibilidade de ele já ter vindo para o Rio de Janeiro com tudo pensado, pesquisado a vida da Chiara (Jade Picon) de forma pregressa; e , também, de tudo ter se atropelado e ter sido ao acaso. Sendo uma coisa ou outra, o que é fato é como ele agiu com o que tinha, o que aproveitou para fazer com as suas possibilidades, independentemente de ter planejado ou não. As decisões dele foram coisas surpreendentemente más”. 

Chiara (Jade Picon) e Ari (Chay Suede) em Travessia
Divulgação/Travessia/Fábio Rocha/TV Globo

O que o público pode esperar daqui para frente?
Chay Suede: “Eu imagino uma Chiara (Jade Picon) mais forte, mais revoltada; um Guerra (Humberto Martins) mais confuso, mais frágil; o Ari tentando concretizar esse golpe, de maneira geral; e vários outros personagens desabrochando, mostrando um outro lado. O final dessa história só a Glória (Perez) pode afirmar, mas eu enxergo algumas possibilidades: o Ari pode ser preso e ficar genuinamente arrependido; pode ser preso e não se arrepender; pode não ser preso e fugir – acho que tudo pode acontecer. As coisas estão montadas agora de um jeito em que há muito mais portas abertas do que fechadas. Há muitos caminhos que essa novela pode trilhar e muitas perguntas em aberto que ainda não foram solucionadas. Temos ainda algumas semanas de suspense pela frente até finalizar essa história. E eu estou curioso também – sou noveleiro (risos)!”, concluiu.

‘Travessia’ é criada e escrita por Gloria Perez, com direção artística de Mauro Mendonça Filho, direção de Walter Carvalho, Andre Barros, Mariana Richard e Caio Campos. A produção é de Claudio Dager e Tatiana Poggi, e a direção de gênero é de José Luiz Villamarim. 

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