Vai na Fé: Marlene revela motivo de usar peruca e emoção domina a cena

Por - 16/04/23 às 18:14

Vai na Fé - Marcele (Elisa Lucinda) com alopeciaMarcele (Elisa Lucinda) vai iniciar o tratamento no SUS - Foto: TV Globo

Os muitos risos que os diálogos de “Vai na Fé”, da TV Globo, costumam provocar no público, darão lugar a total emoção nos próximos capítulos da trama de Rosane Svartman. Marlene, personagem vivida pro Elisa Lucinda, vai revelar que sofre de um problema que afeta milhões de amantes da novela: a alopecia.

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A atriz que não tem o problema na da real, passou por um trabalho de caracterização de Lu Moraes e gravou uma sequência marcante.

Não teve texto, era só ela na frente do espelho tirando a peruca e sentindo a dor da vergonha, da questão estética”.

A atriz se sentiu privilegiada por ter a oportunidade de ser porta-voz do problema: “Me senti representando milhões de mulheres que não falam da alopecia, que sentem vergonha do marido, vergonha social”, disse ela ao jornal O Globo.

Elisa vive a mãe de Sol (Sheron Menezzes), protagonista da novela. Na trama, Marlene tem a ajuda de Bruna (Carla Cristina Cardoso), que indica o tratamento pelo SUS.

A cena está prevista para ir ao ar próxima quarta-feira, 19 de abril.

O QUE É ALOPECIA?

Alopecia é uma doença e o Tricologista (médico especializado em problemas capilares e do couro cabeludo) Dr Ademir Jr. falou sobre o assunto com OFuxico.

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“A Alopecia corresponde à redução da densidade capilar em um indivíduo. Ou seja, a perda de cabelo ou pelos em uma parte específica do corpo ou da cabeça, sendo esta última a região mais afetada na maioria dos casos.”

Quando uma pessoa percebe a densidade baixa nos cabelos, deve recorrer a um especialista logo de cara, pois é mais fácil detectar e iniciar um tratamento.

“Em geral, quando o paciente busca auxílio de um profissional especializado, a alopecia só consegue se tornar perceptível à observação clínica quando é responsável por comprometer ao menos 25% a 30% da quantidade normal de cabelos que o sujeito possui. Dessa maneira, pode-se conjecturar que, ao menos, 1/4 dessa densidade total possa ter sido perdida ou prejudicada de alguma forma pela ação dessa doença.”

TIPOS DE ALOPECIA

O Dr Ademir Jr. conta que a doença pode ser classificada em cicatricial e não cicatricial e isso pode ser um fator para a reversibilidade da doença.

“Alopecias cicatriciais são aquelas em que a área acometida não apresenta folículos ou foram destruídos por processos inflamatórios ou agressões importantes, como tração excessiva, queimaduras e cortes. Elas costumam ser mais preocupantes e requerem urgência no diagnóstico correto e no tratamento, uma vez que sua perda capilar pode ser irreversível. Isso se deve ao fato de que as células-tronco presentes no folículo, responsáveis por reiniciar o ciclo de crescimento capilar, foram destruídas, resultando em uma redução permanente da densidade de folículos pilosos na região acometida”, disse o médico.

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Ele ainda listou outras doenças que podem estar relacionadas a ela: Lúpus eritematoso cutâneo; Líquen plano pilar; Foliculite decalvante; Alopecia fibrosante frontal. O outro tipo de alopecia é a não cicatricial.

“Alopecias do tipo não cicatricial podem ser acompanhadas de inflamações que são, normalmente, mais brandas. Dessa forma, isso não provoca danos permanentes a quem está lidando com este tipo de problema. Elas podem ser tratadas e, por esse motivo, permitem que o acometido mantenha seus cabelos em quantidade e qualidade normais ou muito próximo a isso. Essa perda de fios surge de distúrbios capilares que não resultam em aspecto cicatricial do couro cabeludo, como Alopecia areata; eflúvios e alopecia androgenética.

O médico chama a atenção para que, em caso da descoberta da alopecia, busque ajuda médica especializada. “Distúrbios capilares não representam ameaça direta à vida, embora possam ser sinal de uma doença mais séria, como tumores secretantes e lúpus eritematoso sistêmico, por exemplo. Ainda assim, é importante ter em mente que eles afetam significativamente a qualidade de vida dos acometidos e, por isso, merecem nossa atenção. Portanto, se você está passando por este problema, busque já a ajuda de um especialista”, finalizou.

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É jornalista formada pela Universidade Gama Filho e pós-graduada em Jornalismo Cultural e Assessoria de Imprensa pela Estácio de Sá. Ela é nosso braço firme no Rio de Janeiro e integra a equipe de OFuxico desde 2003. @flaviacirino