Segredo de Eugênio vem à tona em “Vale Tudo’ e deixa Celina em choque
Por Flavia Cirino - 03/09/2025 - 12:52

As próximas emoções de “Vale Tudo” prometem surpreender o público. No capítulo previsto para 20 de setembro, um segredo guardado por décadas virá à tona: Eugênio (Luis Salem) sobreviveu ao naufrágio do Bateau Mouche em 1988.
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A revelação acontece quando o mordomo recebe um convite inesperado para participar de um documentário sobre a tragédia. A partir daí, memórias vêm à superfície e logo colocam em xeque sua história dentro da trama.
A notícia afetará diretamente Celina (Malu Galli) e Heleninha (Paolla Oliveira). As duas se chocarão ao descobrir que o mordomo da família viveu um dos episódios mais dolorosos da história recente do Brasil. A revelação não apenas mexe com o enredo, mas também conecta a ficção a uma tragédia real, que deixou marcas profundas no país.
Entenda a tragédia do Bateau Mouche
O naufrágio aconteceu fora do universo da novela e, aliás, até hoje é lembrado como um dos desastres mais tristes do réveillon carioca. Em 31 de dezembro de 1988, o Bateau Mouche IV partiu do Rio em direção à Praia de Copacabana com mais de cem passageiros a bordo.
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A ideia era oferecer uma vista privilegiada da queima de fogos que marcaria a chegada de 1989. No entanto, a embarcação não resistiu ao excesso de peso e afundou antes da meia-noite.
Cinquenta e cinco pessoas perderam a vida, entre elas a atriz Yara Amaral. Reconhecida por papéis icônicos na televisão, a artista vivia o auge da carreira quando embarcou acompanhada da mãe. Infelizmente, ambas não sobreviveram ao acidente.
A morte da atriz causou comoção nacional e até hoje segue lembrada como uma das perdas mais trágicas da teledramaturgia brasileira.
O acidente inclusive trouxe à tona questionamentos sobre negligências na fiscalização e nas condições de segurança. Para muitos, o naufrágio expôs falhas estruturais e gerou uma longa batalha judicial que se arrastou por décadas.
Impacto dentro da novela
Ao incluir o episódio em “Vale Tudo”, os autores reforçam o vínculo entre ficção e realidade. A participação de Eugênio em um documentário resgata a memória da tragédia e adiciona dramaticidade à narrativa. Para o público, a surpresa não está apenas no segredo do personagem, mas também no choque de reviver um acontecimento tão marcante.
Celina e Heleninha terão reações intensas diante da revelação. A descoberta abre espaço para diálogos sobre memória, dor coletiva e cicatrizes que ultrapassam o tempo. Para Eugênio, revisitar esse passado significa encarar lembranças que preferiria manter escondidas. A trama deve explorar os dilemas emocionais que surgem quando uma experiência traumática é exposta depois de tantos anos.
Legado fora da ficção
Fora das telas da Globo, a tragédia do Bateau Mouche continua sendo revisitada. O tema já ganhou livros, reportagens especiais e até uma série documental recente da HBO Max, intitulada Bateau Mouche: O Naufrágio da Justiça. A produção investigou o acidente e mergulhou nos desdobramentos jurídicos, apontando as dificuldades enfrentadas pelas famílias das vítimas.
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Ao resgatar o episódio em uma novela tão icônica quanto “Vale Tudo”, a emissora reforça a importância da memória coletiva. O desastre marcou o réveillon carioca de 1988 e dessa forma eixou feridas abertas. No entanto, ao mesmo tempo, trouxe discussões necessárias sobre responsabilidade, segurança e justiça.
É jornalista formada pela Universidade Gama Filho e pós-graduada em Jornalismo Cultural e Assessoria de Imprensa pela Estácio de Sá. Ela é nosso braço firme no Rio de Janeiro e integra a equipe de OFuxico desde 2003. @flaviacirino

























