Afinal, Lula quer ou não se reunir com artistas sertanejos ?

Por - 01/07/24 às 16:41 - Última Atualização: 3 julho 2024

Afinal, Lula quer ou não se reunir com sertanejos ?Fotomontagem

O zum, zum, zum do momento envolve Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e um grupo e artistas sertanejos. O presidente estaria planejando um almoço com artistas sertanejos em uma tentativa de reaproximação com esse segmento musical. A articulação desse encontro estaria sendo feita pelo senador Jorge Kajuru (PSB-GO), vice-líder do governo no Senado.

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Convidados cogitados

Segundo informações de Lauro Jardim, de O Globo, Kajuru conversou diretamente com o cantor Leonardo, que teria conseguido o apoio das duplas Bruno & Marrone e Chitãozinho & Xororó, além de Eduardo Costa. No entanto, as assessorias de Bruno & Marrone e Eduardo Costa negaram que os artistas tenham recebido o convite. A equipe de Eduardo Costa foi mais longe e ainda destacou que “não tem interesse em tal aproximação”.

Gusttavo Lima, conhecido por seu apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro, não foi convidado, conforme afirmou Kajuru em entrevista à CNN. Inicialmente, havia rumores sobre o convite a Lima, mas o senador negou essa informação.

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Declarações de Leonardo

Leonardo, em uma entrevista ao podcast “PodK Liberados” com Jorge Kajuru, comentou sobre Lula e Bolsonaro. Sobre Bolsonaro, Leonardo disse que ele era “um cara que queria fazer um governo diferente, mas num país que não colaria jamais”. Sobre Lula, o cantor afirmou: “Um cara muito popular, que fala o que o povo quer ouvir e estrategista de primeira categoria.”

Levando em conta as palavras de Leonardo, ele também não teria qualquer interesse em dividir a mesma mesa com o atual presidente.

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Sertanejos e o poder, uma história antiga

Os artistas sertanejos estão associados a políticos de direita desde o início dos anos 90. Durante o governo Collor, esses cantores eram frequentemente vistos na Casa da Dinda, a residência oficial do então presidente Fernando Collor. Em 1992, mesmo em meio a escândalos de corrupção que levaram à renúncia de Collor, muitos sertanejos se reuniram em Brasília para, ao lado de Gugu Liberato, gravarem um programa de TV em apoio ao presidente.

A relação entre os sertanejos, o agronegócio e políticos de direita é simbiótica. O agronegócio, alinhado à extrema direita, influenciou significativamente a cena sertaneja, que se beneficiou financeiramente com shows em cidades administradas por prefeitos bolsonaristas.

O Caso Zé Neto

O cantor Zé Neto, da dupla Zé Neto e Cristiano, criticou Anitta publicamente, insinuando que ela dependia da Lei Rouanet para realizar shows. No entanto, a dupla recebeu R$ 400 mil de verbas públicas para um show, revelando uma contradição. Esse episódio desencadeou investigações sobre o uso de verbas públicas para shows sertanejos, chamado de “CPI do Sertanejo”.

Gusttavo Lima faturando alto

Gusttavo Lima, conhecido por apoiar Bolsonaro, é destaque em contratações milionárias com verbas públicas. Recentemente, foi criticado por receber grandes quantias de cidades com baixo orçamento, enquanto ostenta uma vida de luxo.

Investigações recentes

As investigações sobre o uso de verbas públicas para shows sertanejos estão em andamento. Em Teolândia, Bahia, cidade recentemente afetada por enchentes, a prefeita destinou R$ 1,2 milhão para artistas sertanejos, incluindo R$ 704 mil para Gusttavo Lima, enquanto a cidade enfrentava dificuldades financeiras.

Gusttavo Lima também possui laços estreitos com a família Bolsonaro e tem usado sua influência para promover a agenda bolsonarista. Ele é um grande empresário do agronegócio, com várias fazendas e uma marca de carnes que apoiou abertamente Bolsonaro.

A aliança entre sertanejos e políticos de direita é duradoura e lucrativa. A “CPI do Sertanejo” busca esclarecer essas relações e o uso de verbas públicas, destacando a imoralidade do esquema, embora nenhuma ilegalidade tenha sido comprovada até agora.

A relação entre sertanejos, agronegócio e políticos de direita é profunda e lucrativa. Com o agronegócio fortemente alinhado à extrema direita, a cena sertaneja também seguiu esse caminho, aproveitando as oportunidades financeiras e políticas que surgiram.

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