Repórter desabafa sobre ataque de boxeador nas Olimpíadas: ‘Assustador’

Por - 29/07/21 às 10:15

mordida-de-Youness-Baalla-em-david-nyika-olimpiadas-boxReprodução/Instagram

Absurdo! Um evento inusitado chamou a atenção dos espectadores durante a luta de Youness Baalla, do Marrocos, e David Nyika, da Nova Zelândia, nas Olimpíadas de Tóquio. Na competição de boxe, o marroquinho tentou morder a orelha do neozelandês e foi desclassificado da disputa, além de ser duramente criticado pela atitude absurda nas redes sociais. 

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O ataque rendeu uma série de comentários na web. A repórter Carol Barcellos entrou ao vivo no Jornal da Globo e fez um desabafo sobre a cena, que lembrou a polêmica atitude de Mike Tyson, que mordeu o lutador Evander Holyfield em 1997.

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“Esse momento foi mais que inusitado, foi absurdo, assustador“, declarou a jornalista, direto de Tóquio, no Japão. “Assustador, fez a gente lembrar daquela mordida do Myke Tyson”, continuou.

Na luta, após tentar morder o adversário, Youness Baalla foi desclassificado. No momento do ataque, David Nyika conseguiu se esquivar da mordida.

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“É um absurdo a gente ver isso em uma disputa de Jogos Olímpicos”, completou a repórter esportiva da Globo.

POLÊMICAS NA ARBITRAGEM

Além dos acontecimentos polêmicos nas disputas, a arbitragem das Olimpíadas também é um assunto que está dando o que falar entre os brasileiros. Desde o começo dos jogos, foram várias as vezes que os espectadores das competições questionaram os resultados e apontaram contradições nas pontuações atribuídas aos competidores. 

Pensando nisso, OFuxico reuniu as principais polêmicas da arbitragem que fizeram muito barulho nas redes sociais para relembrar os resultados subjetivos dos juízes e te deixar por dentro de tudo o que anda rolando nas competições.

Confira!

DERROTA DE MARIA PORTELA NO JUDÔ

Os brasileiros passaram um sufoco daqueles durante a madrugada desta quarta-feira (28). A luta de Maria Portela contra a russa Madina Taimazova, nas oitavas de final da categoria até 70kg, rendeu fortes emoções aos espectadores.

A indignação do público foi presente em vários momentos. Sem pontos no tempo regulamentar, a luta foi para o golden score, em que o primeiro a realizar um golpe vence a disputa. Em três minutos, Portela conseguiu encaixar um golpe na adversária, que caiu de costas no chão. Porém, o árbitro de vídeo não confirmou o que seria um Wazari (marcação de pontos), decisão que revoltou a torcida brasileira, que afirmou que o golpe deveria, sim, ter dado a vitória para a judoca.

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Porém, o que já estava ruim conseguiu ficar pior. Em uma luta complicada, ambas judocas já tinham recebido duas punições, sendo assim, qualquer nova penalidade resultaria na derrota de uma delas. Depois de mais de dez minutos de competição sem que nenhuma das combatentes pontuassem, Maria recebeu o terceiro shido (punição) por “falta de combatividade” e foi eliminada da competição, o que causou muita indignação não só nos torcedores, mas também em especialistas do esporte.

Nas redes sociais, torcedores brasileiros e diversas personalidades do judô se manifestaram em apoio à brasileira, criticando a arbitragem do mexicano Everardo Garcia, que não pontuou uma queda a favor de Portela durante o ponto de ouro e, posteriormente, a eliminou por falta de combatividade.

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Flávio Canto, medalha de bronze nos Jogos de Atenas 2004 e comentarista da TV Globo, reclamou da revisão em vídeo, que não anotou Wazari para a brasileira. Tiago Camilo, medalha de prata em Sydney 2000 e de bronze em Pequim 2008, também reclamou do resultado e disse ao vivo, no SporTV, onde atuou como comentarista, que o toque dos ombros e pescoço da russa no tatame configuravam um Wazari.

Alex Pombo, judoca com passagens pela seleção brasileira, lembrou do árbitro Eduardo Garcia de sua luta contra o argentino Alejandro Clara, nas semifinais do Pan de Toronto de 2015, e contou que a sua derrota foi decidida da mesma forma. “Esse árbitro já acabou com o meu sonho nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, trocando o shido faltando segundos para acabar a luta. Agora nos Jogos Olímpicos fazer uma coisa dessa, acabar com o sonho de um atleta”, escreveu.

“Roubaram a Maria Portela na cara dura”, “Brasileiro não tem um minuto de descanso. Até nas olimpíadas roubaram o Brasil” e “roubaram o Brasil mais uma vez, tiraram um sonho mais uma vez, o que está acontecendo nessa olimpíadas é surreal”, foram alguns comentários feitos por internautas nas redes sociais.

DERROTA DE GABRIEL MEDINA NO SURF

A derrota de Gabriel Medina nas semifinais do surf nas Olimpíadas de Tóquio também causou muita discussão nas redes sociais. O brasileiro foi derrotado pelo japonês Kanoa Igarashi nos momentos finais e não escondeu a sua indignação com o resultado nas redes sociais, além de ter sido apoiado por vários brasileiros. A polêmica com a medalha de Igarashi e as várias críticas aos juízes por parte do público do Brasil são por causa da nota do japonês, 9.33, por um aéreo na semifinal disputada com Medina. A pontuação fez com que ele ficasse na frente do brasileiro, que, até então, estava conquistando a vitória. 

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No entanto, o julgamento da onda foi considerado injusto por muitos brasileiros, inclusive pelo próprio Gabriel Medina, que minutos antes, havia feito uma manobra praticamente igual e teria conquistado apenas 8.44 dos jurados. Com a derrota, Gabriel acabou ficando fora da final e ainda perdeu a disputa do bronze para o australiano Owen Wright, ficando em quarto lugar na competição.

O resultado causou muita revolta nas redes sociais. Anônimos e celebridades expressaram a sua indignação na web e criticaram as notas atribuídas pelos juízes. Yasmin Brunet, mulher do surfista, afirmou que o atleta foi “roubado” na disputa.

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“Gabriel Medina, você foi incrível! Fez tudo o que poderia fazer e mais um pouco. Tenho muito orgulho de você! Estamos do seu lado e não vamos fingir que não vimos o que aconteceu. Foi roubado na cara dura. Só gostaria muito que alguém se posicionasse e te defendesse. Te amo, meu lindo”, escreveu.

MAU FUNCIONAMENTO DOS SENSORES NA ESGRIMA

Nem mesmo a esgrima ficou de fora das polêmicas dos Jogos Olímpicos. Guilherme Toldo enfrentou o japonês Toshiya Saito no florete individual e estreou com derrota nas Olimpíadas de Tóquio, sendo eliminado ao perder por 15 a 10. 

Mas a derrota do brasileiro não passou despercebida pela torcida, que apontou irregularidades na competição e fez muito barulho nas redes sociais. 

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Com apenas 15 segundos de combate e em sua primeira tentativa de ataque, Guilherme quebrou a lâmina do florete e precisou trocar a arma. No fim do round, vencido pelo japonês por 7 a 3, o brasileiro interrompeu o combate para questionar a pontuação e o funcionamento do sensor do seu florete. Nesta prova, apenas os toques no tronco do adversário são válidos, e cada toque representa um ponto.

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O brasileiro começou o segundo round vibrando por somar dois toques seguidos, mas contestou novamente a arbitragem por conta de uma pontuação. Na sequência, o japonês ampliou a vantagem.

Pelas regras da esgrima, o duelo pode ser encerrado antes dos três rounds caso um dos oponentes alcance os 15 pontos. Guilherme evitou que isso acontecesse no segundo round, fechado por 13 a 8. Contudo, a situação era muito delicada, e o brasileiro não impediu os dois toques que faltavam a Toshyia. O japonês venceu o combate quando ainda faltavam 2:32 para o fim.

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A vitória de Toshiya, no entanto, foi bastante questionada nas redes sociais. Reclamações da torcida brasileira pedindo explicações sobre o sensor de Guilherme tomaram conta da web. “Foi o roubo mais escancarado, ficando atrás no empate do Medina e da Maria Portela”, disparou um internauta. “Pra mim, o pior roubo até agora foi o da esgrima, inaceitável”, comentou outro. “Toda vez nada, na natação não falamos nada, esgrima não falamos nada, a gente só ta falando do judo, do skate e do surf que claramente roubaram sim”, reclamou um terceiro.

EXPULSÃO DE DOUGLAS LUIZ

A disputa do Brasil contra a Costa do Marfim no futebol masculino no último domingo (25) também rendeu uma série de questionamentos nas redes sociais. 

Isso porque aos 13 minutos do primeiro tempo, o volante Douglas Luiz recebeu o cartão vermelho após uma falta no camisa 9 da Costa do Marfim, Dao. 

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De imediato, o árbitro responsável pela partida deu cartão amarelo para o brasileiro. Porém, o lance foi revisado pelo VAR e Ismail Elfath deu vermelho direto, considerando que o atleta do Aston Villa impediu uma chance de gol.

A atuação do juiz estadunidense fez com que os torcedores questionassem se realmente era para expulsão, além de criticarem a decisão e acusado o árbitro de ter roubado. 

Pelas redes sociais, Douglas lamentou sacrificar os companheiros com a expulsão muito cedo na partida, mas disse que reviu o lance e não concordou com o cartão vermelho.

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“Só quero agradecer a todo grupo pelo grande esforço, jogar com um jogador a menos por muito tempo não é fácil, mas conseguimos segurar o empate e até tivemos chances para ter ganho o jogo. Falando sobre a expulsão: Não achei justa, vi os vídeos logo depois do jogo de cabeça fria e continuo com a minha opinião. Seguimos em busca dos nossos objetivos. Obrigado a todos”, disse no Twitter.

Já nas redes sociais, comentários indignados sobre a decisão da arbitragem do jogo lotaram as redes sociais. “Nem falta foi. Talvez essa expulsão tenha sido um dos maiores absurdos que eu já tenha visto”, disparou um. “Foi roubada demais! O pior é o arbitro que era pra ter retirado o vermelho e o amarelo, e dado para o adversário por simulação, o toque do Douglas Luiz foi bem atrás, o cara caiu uns 5 metros depois”, lamentou outro. “Até agora sem entender a expulsão de Douglas Luiz”, escreveu mais um.

REVOLTA NO SKATE

Mesmo que o skate tenha rendido duas medalhas para o Brasil, a pontuação recebida pelos atletas que representaram o Brasil também foram questionadas pelos espectadores. Os brasileiros Kelvin Hoefler e Rayssa Leal ficaram com o segundo lugar, enquanto os outros ficaram com atletas japoneses.

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Na bateria final de ambos, as redes sociais ferveram questionando as notas altas dadas aos japoneses por manobras que supostamente não pareciam ter tal grau de dificuldade. Além disso, a desclassificação de Luísa Bufoni para a disputa pelo pódio também revoltou os brasileiros.

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