Theo Becker ironiza vacinação e leva invertida de Fábio Porchat

Por - 08/01/22 às 12:23

Fábio Porchat e Theo BeckerRerodução/ GNT e Reprodução @theobecker

Theo Becker fez uma enquete sobre a vacinação nas redes sociais e levou uma alfinetada de Fábio Porchat. O ator insinuou que as pessoas tenham sido ‘forçadas’ a se vacinar, e o humorista não deixou barato.

No Twitter, a enquete de Theo dizia “Você está em qual situação” e oferecia quatro opções: “vacinado arrependido” “vacinado com medo” “vacinado forçado” “todas as alternativas”.

Fábio Porchat viu a postagem do ator e tratou de deixar sua opinião bem clara. “Minha situação é: “Querendo que gente imbecil como você se vacine logo para não estragar o próximo Carnaval de toda a sociedade que se vacinou.”

No Brasil, 144,2 milhões de pessoas já foram completamente vacinadas contra a Covid-19 e atualmente está em pauta a vacinação de crianças de 5 a 11 anos. O presidente Jair Bolsonaro e seus apoiadores constantemente atacam a vacinação infantil.

https://twitter.com/FabioPorchat/status/1479533841249411073

EDITORIAL DETONA PRESIDENTE

William Bonner leu um editorial da Globo na noite desta quinta-feira, 6 de janeiro. O apresentador criticou o presidente Jair Bolsonaro, não só em nome da empresa, mas também numa crítica pessoal. O texto citou exatamente a fala do chefe do executivo sobre a vacinação de crianças. O novo filiado do PL minimizou a morte de crianças por Covid-19.

Primeiro, o jornalista contextualizou a fala do presidente sobre a vacinação pediátrica, que já é aplicada em pelo menos trinta países do mundo. “O Presidente Jair Bolsonaro voltou a atacar hoje a vacinação contra Covid. Ele chegou a minimizar o número de mortes nessa faixa-etária e disse que não conhece nenhum caso. É uma desinformação, porque o próprio Ministério da Saúde do governo dele contabiliza 308 mortes de criança de 5 a 11 anos desde o começo da pandemia. Bolsonaro também duvidou da honestidade da ANVISA por ter aprovado a vacinação infantil contra Covid. E chamou quem defende a imunização de ‘tarados por vacina’. As cenas foram publicadas nas redes sociais do Presidente”, descreveu o âncora.

Em seguida, falou do luto dos brasileiros que precisaram lidar com a morte de crianças em consequência da Covid-19, além de reiterar as funções da ANVISA no processo de liberação do imunizante e devido processo de regulamentação do que será entregue nos Postos de Saúde.

“As declarações do presidente Jair Bolsonaro a respeito das vacinas de crianças contra a Covid-19 afrontam a verdade e desrespeitam o luto de milhares de brasileiros, parentes e amigos das mais de 300 vítimas de cinco a onze anos. O Presidente também desrespeita todos os técnicos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, ao questionar qual seria o interesse da ANVISA com a autorização da vacinação de crianças. O interesse da vacina está expresso na Lei que a criou: coordenar a vigilância sanitária em defesa da população. O quarto artigo da lei determina que a agência atue como uma entidade administrativa independente e que as prerrogativas necessárias ao exercício adequado de suas funções sejam asseguradas. Não é isso que o Presidente tem feito ao ameaçar divulgar nomes dos agentes da ANVISA que aprovaram a vacinação infantil. E agora, ao questionar a lisura do órgão.

Renata Vasconcellos continuou o editorial da Globo e lembrou quanto Bolsonaro tentou impedir a liberação da vacinação infantil. “Por fim, as declarações do Presidente Bolsonaro contrastam com aquilo que prevê o artigo 196 da Constituição que ele jurou respeitar: ‘A saúde é direito de todos os cidadãos e dever do Estado’. O governo Bolsonaro retardou a decisão sobre a vacina de crianças desde o dia 16 de dezembro até ontem, data limite imposta pelo Supremo [Tribunal Federal]. Convocou uma audiência pública estapafúrdia, porque remédios não podem ser submetidos ao público leigo, mas por cientistas. Em razão dessa demora, as famílias brasileiras tem ainda que aguardar ao menos mais sete dias para receber as primeiras doses periódicas”, continuou Renata.

Bonner deu a fala final, dizendo esperar que Bolsonaro responda às consequências do que fala e faz, sendo Presidente da República do país. “O Presidente Jair Bolsonaro é responsável pelo que diz, pelo que faz. Espera-se que venha também ser responsável pelas consequências daquilo que faz e diz”, finalizou.

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