Wesley Safadão é denunciado por erotização infantil em vídeo com a filha

Por - 27/07/22 às 15:23

Wesley Safadão com a filha, YsisReprodução/Instagram

Atualizada às 16h40

Wesley Safadão foi denunciado pela deputada federal Eliza Virgínia (PP) no Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) por suposta erotização infantil em um vídeo em que o cantor dançava a música ‘Macetando’ com a filha Ysis, de 8 anos.

A gravação, do dia 17 de julho, foi feita para divulgar a canção, que tem um dos trechos com um teor sexual bem notável.

“Ai, vida, ai, vida, ai vida, bota de red de melancia, pra novinha, com gin que tu vai ver p*tar*a. Chama as ‘amiguinha’, o baile vai ferver! Só quem é gostosa levanta a mão. Sentando, sentando, sentando, sentando, novinha sentando, sentando, sentando (Ma-maceta)”.

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A denúncia veio a partir da viralização e da repercussão negativa do vídeo. “Ficamos horrorizados. Minha bandeira é lutar contra a exploração sexual e o abuso infantil. E, no vídeo, o Wesley Safadão canta e dança com a filha de oito anos uma letra de música que fala sobre sexo explícito. Ele faz apologia à pedofilia. As crianças assistem ao vídeo e querem dançar também. Às vezes os pais nem prestam atenção às letras das músicas”, começou.

“Hoje em dia, tem criança que não sabe ler nem escrever, mas já sabe falar sobre sexo. Isso não pode ficar assim. As crianças estão sendo erotizadas. Cabe aos pais monitorarem o que os filhos escutam e consomem. Os filmes, por exemplo, têm classificação indicativa. Tem que se respeitar o momento de vida da criança. Tudo tem seu tempo. Cada vez aumenta mais o número de crianças e adolescentes com Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) e gravidez”, dizia um trecho do documento endereçado ao Secretário Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, Maurício José Silva Cunha, em que alega a “evidente erotização infantil”, que fere o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

No artigo 3º do Estatuto, “estabelece que a criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral”.

A assessoria do cantor informou que “até o presente momento, o artista não foi notificado ou intimado e não se pronunciará sobre o caso”.

E o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) não falará do caso, apenas tendo a obrigação de “receber, examinar, encaminhar e acompanhar as providências relativas a denúncias e reclamações sobre violações de direitos humanos e da família, assegurando o anonimato”.

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