Anitta sobre segundo turno: “Não temos outra opção”

Jair Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva vão se enfrentar no segundo turno das eleições presidenciais. O pleito acontece no domingo, 30 de outubro, quatro semanas após o primeiro embate.

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Apesar da expectativa dos eleitores de Lula para que ele se elegesse no primeiro turno, não deu. Ainda assim, o otimismo de alguns apoiadores enxergou o “copo meio cheio”. Nas redes sociais, vários famosos que engajaram seu público a ir às urnas para votar, comentaram a vitória do petista no primeiro turno – e ida do ex-metalurgico para o segundo.

Anitta, que está engajada na causa, não tardou a dar sua opinião a respeito do resultado primário da eleição e escreveu um longo texto falando sobre ódio e brigas entre famílias por questões políticas. A intérprete de “Boys Don’t Cry” veio ao Brasil exclusivamente para votar.

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No Twitter, a poderosa escreveu que o clima de guerra no Brasil mostra que o país se tornou uma nação “triste e adoecida”.

É muito triste o que estamos vivendo hoje. Infelizmente não só no Brasil, em todo o mundo. Independente do resultado das eleições, ninguém sairia inteiramente vencedor, pois uma nação dividida é uma nação em guerra. Uma nação em guerra é uma nação triste e adoecida”

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A poderosa continuou seu discurso a respeito do segundo turno das eleições com uma fala contundente sobre brigas e rupturas entre familiares:

“Famílias, amigos, amores… se desfazendo por guerras políticas das quais nós, população, conhecemos tão pouco que nem temos consciência se somos parte da peça do teatro ou se estamos assistindo à peça. Quanto mais saber o que acontece nos bastidores da trama”.

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A carioca de Honório Gurgel continuou comparando a política brasileira a uma peça de teatro. Dessa vez, também criticou a “divisão” em todo o país.

“Quanto mais mudar o destino daquela trama… bom seria se durante o voto pudéssemos todos votar em quem queremos eleger e votar também em quem não queremos. Assim a população não se dividia. A população não seria obrigada a escolher qual a metade do seu próprio povo deve odiar”, esclareceu.

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SEGUNDO TURNO

Anitta tentou explicar um cenário ideal de segundo turno. Para ela, a melhor opção seria uma convivência harmoniosa em vez da briga que se instaurou no país.

“Pro segundo turno iriam as opções que não agradam 100% a ninguém e não desagradam 100% a ninguém. Ao invés de obrigar a população a brigar com sua outra metade, ela seria obrigada a aprender que nem tudo na vida é 100% do jeito que a gente quer. Que precisamos pensar no outro, que tem realidades diferentes das nossas. E que ao pensar no outro, vamos sim abrir mão de uma ou outra coisa que é bom pra gente, mas pro outro não. É mais humano ser obrigado a lidar com a balança da vida do que ser obrigado a entrar em guerra com metade da sua nação”, continua.

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Anitta ainda falou a respeito do ódio, intolerância e medo nas redes. Esse também foi o tema da declaração da cantora quando um homem foi morto a tiros por manifestar seu apoio a Lula.

“Nesse momento o Brasil precisa pensar no que é humano. Eu quero voltar no tempo em que não precisava assistir famílias que se amam pararem de se falar, de se amar, de se admirar por questões políticas. Eu queria voltar no tempo onde as agressões intolerâncias, medo, xingamento etc. não eram rotineiras e corriqueiras sob a “alegação” de razão política. Isso é tudo tão triste. Não tem mais a ver com política. Virou questão de respeito básico ao outro. Compaixão, senso coletivo. Eu não quero mais assistir isso acabando”, finaliza.

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