Donald Trump pode ser condenado a 136 anos de prisão

Donald Trump tem novas acusações nas costas, o que poderia impedi-lo de participar da corrida eleitoral à presidência dos Estados Unidos em 2024. Segundo informações do jornal “The Guardian”, na quinta-feira, 8 de junho, foi relatado que promotores federais indiciaram Trump, após uma investigação sobre sua ‘retenção de documentos de segurança nacional, obstrução e conspiração’ em sua casa em Mar-a-Lago, na Flórida.

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No total foram 34 acusações criminais de falsificação de registros comerciais em primeiro grau.

Anteriormente, os promotores disseram que Trump levou mais de 300 documentos confidenciais com ele para Mar-a-Lago depois de deixar a Casa Branca em janeiro de 2021, e cerca de 100 desses documentos foram apreendidos durante uma operação do FBI em agosto de 2022.

As novas acusações criminais contra o ex-presidente americano significam que Trump agora é réu em um segundo caso, depois de ter sido indiciado em março em um tribunal de Nova York pelo pagamento de suborno à ex-estrela de cinema adulto Stormy Daniels em 2016. Nesse caso, Trump poderia enfrentar até 136 anos de prisão se for condenado em todas as 34 acusações, de acordo com a revista “Vanity Fair”.

Em maio, Donald Trump foi considerado responsável em um processo de agressão e difamação depois de ser processado por E. Jean Carroll, que o acusou de estuprá-la em 1996. Como resultado do julgamento, ele agora deve a ela US$ 5 milhões em danos.

Já para este novo processo criminal, Trump terá que comparecer ao tribunal na terça-feira, 14 de junho, em Miami, Flórida, para responder às alegações.

DINHEIRO ILÍCITO

O Serviço Secreto americano gastou pelo menos US$ 1,75 milhão pagando diárias em propriedades de Donald Trump, segundo mostram novos documentos.

Grande parte dos gastos foi pago ao resort “Mar-a-Lago” de propriedade do ex-presidente americano, na Flórida. Os gastos foram referente a hospedagem da equipe de segurança dedicada em proteger o milionário e sua família, de acordo com registros do governo recém revelados. As informações são da revista americana Variety.

Levantamentos apontam que foram gastos pelo menos US$ 850.000 nas propriedades de golfe do ex-presidente Donald Trump, US$ 400.000 em hotéis Trump e US$ 300.000 em Mar-a-Lago. Os dados são do grupo de vigilância apartidário Citizens for Responsibility and Ethics, sediado em Washington, que adquiriu os documentos por meio de ações públicas e pedidos de registros.

Filha de Trump tem ambições políticas

Trump mora no clube à beira-mar “Mar-a-Lago”, propriedade que recebe apenas sócios, em Palm Beach, Flórida, embora muitas vezes ele viaje da Flórida para seu Trump National Golf Club em Bedminster, Nova Jersey, local escolhido por ele para passar as temporadas de verão.

Durante o mandato de Trump, ele e sua família viajaram para “Mar-a-Lago” pelo menos 146 vezes. Ele costumava chamar “Mar-a-Lago” de “Casa Branca de Inverno”.

“Mar-a-Lago” cobrava do Serviço Secreto US$ 396,15 por noite para alugar um quarto, segundo informou recentemente o Washington Post. Os oficiais também alugavam espaços para reuniões e equipamentos.

Alguns dos gastos do Serviço Secreto apurados durante as investigações apontam que os gastos começaram em 2016, logo após Trump se tornar o candidato presidencial republicano.

Trump “usou as viagens para encher seus bolsos com dinheiro do contribuinte por meio de sua proteção do Serviço Secreto”, informou o Citizens for Responsibility and Ethic (CREW) em um post online .

Grupos externos de ética governamental há muito demonstravam preocupações sobre as maneiras pelas quais Trump poderia usar sua presidência para beneficiar a Trump Organization para enriquecer ainda mais. Ele continuou a ser dono de seus negócios ao longo de sua presidência, mas pediu a seus filhos que os administrassem.

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A equipe pós-presidencial de Trump foi procurada pela Variety, mas não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

A organização publicará os documentos nos próximos dias, disse Jenna Grande, porta-voz da CREW.

Os US$ 1,75 milhão estão especificamente vinculados aos gastos com propriedades de Trump, portanto, não incluem os gastos com outros hotéis nas áreas vizinhas ou com aluguel de carros e refeições compradas em outros lugares.

Não é incomum que o Serviço Secreto gaste milhões de dólares para proteger presidentes atuais ou ex-presidentes. Ex-presidentes recebem proteção do Serviço Secreto até morrerem , a menos que recusem o serviço. A diferença com Trump é que os gastos do Serviço Secreto o enriquecem pessoalmente e significativamente Trump e sua família.

As viagens do presidente Joe Biden para sua casa em Rehoboth Beach, Delaware, custaram ao governo pelo menos US$ 3 milhões em estadias em hotéis e aluguel de carros durante as primeiras 43 semanas do presidente no cargo, de acordo com documentos obtidos.

Antes de se tornar presidente, Biden cobrava do Serviço Secreto US$ 2.200 por mês para ficar em uma casa de campo em sua propriedade. No total, Biden recebeu US$ 171.600 entre 2011 e 2017, quando era vice-presidente, informou o Washington Post . A diferença entre os dois presidentes é que os valores gastos não eram destinados a empresas pertencentes a Biden.

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