Lula aceita proposta de Anitta e procura equipe da cantora para ajudar campanha
Por Flavia Cirino - 13/07/22 às 11:29
Depois de Anitta declarar publicamente o apoio a Lula na corrida presidencial, a campanha do ex-presidente deu uma boa alavancada. De acordo com a equipe do pré-candidato ao Palácio do Planalto, o movimento da Poderosa repercutiu bastante e eles irão conversar com os produtores da cantora na busca de viabilizar alguma ação com a artista, seja nas redes sociais ou fora dela.
Assim que Anitta tornou público seu posicionamento nestas eleições, houve um aumento do engajamento das redes de Luiz Inácio Lula da Silva. No Twitter, o petista compartilhou a postagem da cantora e, até a noite da última terça-feira, a publicação já acumulava 751 mil curtidas, 60 mil retweets, além de mais de 43,5 mil comentários.
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“Não sou petista e nunca fui. Mas este ano estou com Lula, e quem quiser minha ajuda para fazer ele bombar aqui na internet, Tiktok, Twitter, Instagram é só me pedir, que estando ao meu alcance e não sendo contra lei eleitoral eu farei”, diz um trecho do texto postado por Anitta na última segunda-feira, no Twitter, rede em que ela é acompanhada por mais de 17,6 milhões de pessoas. No Instagram, são quase 70 milhões de seguidores.
VEJA OS FAMOSOS QUE JÁ DECLARARAM VOTO
Três meses antes das eleições, mais famosos entraram no jogo de apoio a seus candidatos favoritos. Depois de discussões entre celebridades, como a briga entre Tiago Leifert e Felipe Neto, mudança de lado em cima da hora e muitas polêmicas no mundo da política, vamos conferir o que mudou e quem já saiu do armário com relação ao voto.
Intérprete de Zé Lucas em “Pantanal”, Globo, Irandhir Santos declarou o voto no ex-presidente Lula na legenda de uma postagem recente com o marido. Com a camiseta do pré-candidato, o ator fez uma declaração para o amado com referências às eleições:
“13 motivos para te amar”, escreveu o artista.
Diversos colegas de profissão elogiaram a publicação do artista. Caso de Roberto Birindelli, que resumiu o elogio com um “mandou bem!”. Nanda Costa, Drico Alves e Erom Cordeiro também exaltaram o casal.
Já Fábio Porchat vota em Ciro Gomes no primeiro turno, mas só se o candidato crescer nas pesquisas de intenção de voto. Em entrevista ao podcast “Papagaio Falante”, Porchat explicou que sua segunda opção é Lula, com a oportunidade de tirar Bolsonaro do poder o mais rápido possível.
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“Se chegar agosto e o Ciro continuar com 7% [das intenções de voto, segundo as pesquisas] e o Lula puder ganhar no primeiro turno, para tirar esse animal, esse verme, esse câncer que está no poder, eu vou pintado de estrela vermelha, cantando ‘Lula lá’, voto apertando 13 trezentas vezes”.
Bolsonarista convicto, Humberto Martins afirmou recentemente que está satisfeito com o governo Bolsonaro. No final de maio, durante o Festival de Cinema de Vassouras, na Região Sul Fluminense, o artista não teve problemas em mostrar o seu apoio ao governo do atual presidente da república.
“Está governando para quem precisa. De certa forma, estou satisfeito com o governo”, disse ele.
Ludmilla participou de um encontro com Lula e outros artistas no final de março. Logo depois disso, convidou o ex-presidente para um show da turnê “Numanice”.
Fãs lembraram que a funkeira se isentou de movimentos políticos nas eleições de 2018. Alguns até apostaram que ela votou em Jair Bolsonaro, algo que gerou muitas críticas nas redes sociais. “Nem acredito que ela foi estudar”, disse um apoiador.
Se o termo ‘antibolsonaro’ for uma possibilidade, Fernanda Abreu seria a celebridade ideal para esse discurso. Em entrevista ao “Persona”, da TV Cultura, a cantora reforçou que é preciso colocar um ponto final no ‘obscurantismo’ que cobriu o Brasil nos últimos anos. Altiva, elegante e direta, a cantora descreve o país atualmente:
É um Brasil triste que a gente está desde 2018. É um Brasil com desemprego, que ataca a cultura, que é um de nossos maiores bens. Se existe uma coisa que a gente pode se orgulhar, é da sua cultura. Você pode falar mal de um monte de coisa no Brasil, mas a nossa cultura, a nossa música, a nossa dança, as nossas artes plásticas, nossas artes gráficas, nosso cinema, nossos artistas populares, nossa história cultural é muito rica. E tem que ser valorizada. E não atacada como é atacada nos últimos quatro anos”.
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Fernanda continua seu discurso com o mesmo tom alarmado, sincero e sem descer do salto que usava durante a entrevista. Ela destaca a importância de pautas que foram negligenciadas, negadas ou até ignoradas pelo atual governo, como a causa feminina e a falta de investimento em educação:
“O Brasil não pode ser o país do futuro que nunca chega. O Brasil tem que ser o país do futuro que vai chegar um dia. E ele vai chegar se a gente realmente entender que a gente precisa distribuir renda, gerar emprego, criar oportunidade. A gente precisa valorizar a cultura, a educação, a informação. Isso é fundamental. A gente tem uma pauta humana, de respeito à comunidade LGBTQIA+, às mulheres, acabar com o feminicídio, porque todo dia matam mulher no Brasil, acabar com o racismo. Esse debate é muito importante. Como eu sou uma pessoa otimista, eu tento ver que esse pesadelo está acabando”.
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Ainda falando das eleições, a carioca lembrou a campanha que Anitta começou para incentivar os jovens a votar. Movimento que despertou outros artistas para questões sociais e, em consequência, garantiu milhares de títulos de eleitor a mais, com engajamento político dos adolescentes acima de 16 anos.
“Eu acho muito importante esse movimento que a Anitta fez de incentivar os jovens a votar. As pessoas ficam muito distantes da política. A política se tornou uma coisa tão suja que o jovem não quer mais saber disso. Só que a política que resolve o futuro desse jovem daqui 5, 10, 15 anos. Então, se ele não se meter e tentar entender quem são os Senadores, o Congresso Nacional, os Deputados Federais, Estaduais, Governadores e Presidente, a gente vai ficar sempre à mercê. E depois ficar reclamando. Tem que botar a mão na massa, se informar, lutar, debater, conversar. Sem briga, sem ódio, sem fake news. Isso tudo é uma chatice, não leva a nada. O que leva a alguma coisa é o respeito, o amor, a amizade, tolerância. A informação, a educação que vão levar o Brasil para frente! É isso que vai transformar o Brasil no que a gente quer, de melhor para todo mundo.
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É jornalista formada pela Universidade Gama Filho e pós-graduada em Jornalismo Cultural e Assessoria de Imprensa pela Estácio de Sá. Ela é nosso braço firme no Rio de Janeiro e integra a equipe de OFuxico desde 2003. @flaviacirino