Alok leva indígenas ao Grammy e celebra a valorização ancestral

Por - 15/11/24 às 11:27

AlokAlok - Foto: Manu Scarpa/ Brazil News

Alok, um dos DJs mais prestigiados do Brasil, marcou presença no Grammy Latino ao lado dos artistas indígenas Mapu Huni Kuin e Célia Xakriabá, na quinta-feira, 14 de novembro. Juntos, eles celebraram a indicação de “O Futuro É Ancestral”, álbum colaborativo lançado em abril.

Alok dá detalhes de ‘Futuro Ancestral’

O álbum concorreu na categoria de Melhor Performance de Música Eletrônica Latina com o single “Pedju Kunumigwe”. Este projeto, idealizado por Alok, visa valorizar e amplificar as vozes indígenas no cenário musical.

Em entrevista à Billboard Brasil, Alok falou sobre a importância de levar esses artistas à premiação e o processo de convencimento para que estivessem presentes.

“Tive que convencer eles para estarem aqui. [O Grammy] é uma plataforma importante para amplificar as vozes dos indígenas. Esse é o intuito do projeto”, explicou o DJ.

O projeto contou com um investimento significativo de Alok, que aplicou cerca de R$ 4 milhões na produção do álbum. Esse apoio incluiu a oferta de moradia para os artistas indígenas e a organização de uma apresentação especial na sede da Organização das Nações Unidas, em Nova York, onde o projeto foi exposto ao público internacional.

Conexão ancestral e o comprometimento de Alok

Mapu Huni Kuin, um dos artistas envolvidos, compartilhou o simbolismo dessa conquista. Ele destacou a luta e o desejo dos povos indígenas em levar sua voz para o mundo.

“Estamos realizando os sonhos dos nossos ancestrais. A gente vem gritando há muito tempo para o mundo ouvir. O ‘Futuro É Ancestral’ está sendo um veículo para que a gente possa chegar até aqui. Nós cantamos para curar. Demorou muito tempo, mas chegamos aqui”, disse Mapu, emocionado.

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O projeto “O Futuro É Ancestral” envolveu mais de 500 horas de estúdio, onde Alok e sua equipe trabalharam intensamente ao lado dos músicos indígenas. A criação do álbum visou respeitar as tradições e proporcionar visibilidade às culturas representadas.

Todos os royalties obtidos com o álbum serão revertidos diretamente para os músicos indígenas, consolidando o compromisso de Alok em promover uma valorização duradoura dessas comunidades.

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É jornalista formada pela Universidade Gama Filho e pós-graduada em Jornalismo Cultural e Assessoria de Imprensa pela Estácio de Sá. Ela é nosso braço firme no Rio de Janeiro e integra a equipe de OFuxico desde 2003. @flaviacirino