Alok sobre O Futuro é Ancestral: ‘Não é somente um álbum é um movimento’

Por - 19/04/24 às 12:00

AlokReprodução/Vídeo

Alok reuniu a imprensa, nesta sexta-feira, 19 de abril, Dia dos Povos Originários, para a divulgação do álbum O Futuro é Ancestral, um trabalho que integra a música e os conhecimentos ancestrais das comunidades indígenas.

Na coletiva, Alok esteve acompanhado de músicos indígenas de diferentes etnias, que participaram do álbum.

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O projeto envolveu mais de 50 músicos para dar voz e corpo às oito faixas entoadas pelas etnias Huni Kuin, Yawanawa, Kariri Xocó, Guarani Mbyá, Xakriabá, Guarani-Kaiowá, Kaingang e Guarani Nhandewa e uma nona faixa Remix, resultado da coprodução entre Alok e Maz para a música Sina Vaishu.

Os royalties do álbum serão revertidos aos músicos indígenas. 

O primeiro contato de Alok com o povo indígena começou em 2015, numa viagem à Amazônia.

“Eu estava num momento meio depressivo da minha vida e eu acabei conhecendo uma tribo indígena. Ficamos dez dias juntos e eu aprendi muitos valores. A música deles é para levar a cura e eu só pensava em Top Dez. E foi aí que eu me toquei que o futuro é Ancestral”, contou Alok.

“Foram anos de trabalho. O resultado do álbum é o de potencializar a voz do povo indígena. Não é somente um álbum é um movimento”, completou.

“É o projeto mais importante da minha vida porque não é sobre mim é sobre eles… De como vamos reflorestar a mente dos homens. Eles não são representados. A história deles sempre foram mostradas sem dar voz para eles”, disse Alok.

“Neste álbum, eu não estou preocupado com os streamings e sim com o legado”, pontuou.

No sábado, 20 de abril, Alok será a principal atração do show em comemoração aos 64 anos de Brasília, na Esplanada dos Ministérios. Na ocasião, ele vai lançar as canções do álbum.

Pelo Mundo

O Futuro É Ancestral avança sua caminhada rumo à projeção da cultura e tradição indígenas ocupando espaços sociais simbólicos e marcados, até então, pelo pensamento do homem não indígena. Foi assim nas duas vezes que estiveram no prédio das Nações Unidas, na ONU, de Nova Iorque, e na apresentação que fizeram durante o Global Citizen no meio do rio Amazonas.

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Jornalista desde 2000, iniciou a carreira como redatora do site OFuxico em 2002. Anos mais tarde, trabalhou como editora no site Famosidades (MSN), tendo passagem ainda como repórter na Quem, jornal Agora S. Paulo (Folha de S. Paulo), R7 e retornou em 2015 como editora do site OFuxico.