A rainha consorte Camilla usará joia considerada maldita em coroação
Por Rita García - 18/09/22 às 13:00
A Casa de Windsor entra em uma nova era após a morte da rainha Elizabeth II, cujo funeral acontece em 19 de setembro. Camilla Parker-Bowles, esposa do Rei Charles III, agora é a nova rainha consorte, que assumirá o reinado ao lado de Charles após a coroação, que deve ocorrer em 2023.
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Camila é a primeira rainha consorte em décadas: a última foi a mãe de Elizabeth II, Elizabeth Bowes-Lyon, de 1936 até a morte de seu marido, o rei George VI, em 1952. Isso porque, ao assumir sua filha Elizabeth como rainha após a morte de seu pai, seu futuro marido, Philip de Edimburgo, levou o título de príncipe consorte por toda a vida.
Agora, com a chegada de Charles III ao trono, Camilla será a primeira rainha consorte em mais de 70 anos e, juntamente com o seu novo título, uma das joias mais polêmicas da realeza britânica voltará a ter uma dona: o diamante Koh-i-noor, considerado maldito, devido à sangrenta história que há por trás dele. Somente as mulheres da realeza podem usá-la, não os homens.
Mas por quê a joia é considerada maldita?
A lenda do diamante conta que a joia trará infelicidade ao homem que a possui, mas, se cair nas mãos de uma mulher, concederá a ela o maior sucesso. Os versos dizem: “Quem possuir este diamante dominará o mundo, mas também conhecerá todos os seus infortúnios. Só Deus, ou uma mulher, pode carregá-lo impunemente.”.
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O diamante Koh-i-noor, que há anos é reivindicado pela Índia, está embutido na Coroa da Rainha Mãe, e ele poderá voltar a ser visto na cerimônia quando a esposa de Charles III for coroada pelo Arcebispo de Canterbury.
Em 1849, após a anexação britânica do Punjab, a peça caiu nas mãos da rainha Vitória e desde então tem sido objeto de uma disputa histórica de propriedade entre pelo menos três países: Índia, Paquistão e Irã.
A Índia afirma que o diamante de 105 quilates, cujo nome em persa significa “montanha de luz”, foi “roubado” durante o regime colonial. O Koh-i-noor vem da mina Kollur na Índia, berço de diamantes valiosos. A peça ficou guardada em um templo até ser roubada, segundo as crônicas da invasão da Índia, por isso muitos especialistas dizem que o diamante é um símbolo do colonialismo britânico.
A Coroa Imperial do Estado é feita de ouro e tem 2.868 diamantes, 17 safiras, 11 esmeraldas, 269 pérolas e 4 rubis. Contém algumas das joias mais importante da coroa. Além do Koh-i-noor, tem o rubi do Príncipe Negro, a safira de San Edward e o diamante Cullinan II.
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Em 2016, o diamante estava no centro de uma batalha judicial depois que uma ONG entrou com uma petição pedindo ao tribunal que ordenasse ao governo indiano que exigisse a devolução da peça. Países como Paquistão, Afeganistão e outras nações pediram que Koh-i-noor fosse devolvido aos seus “donos legítimos”.
Após a morte da rainha Elizabeth II, usuários das redes sociais também aderiram a uma campanha exigindo que a família real devolva a joia, segundo indica a revista Hello!.
FUNERAL
O corpo da rainha Elizabeth II, morta no dia 8 de setembro, aos 96 anos, na Escócia, continua sendo velado em Londres. De acordo com autoridades do Palácio Buckingham, o funeral da monarca terminará na segunda-feira, 19 de setembro, com um silêncio nacional de dois minutos no Reino Unido. Pouco antes, ocorrerá o funeral de Estado.
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A despedida final à rainha contará apenas com a presença de membros da família real, que mais uma vez caminharão atrás do caixão onde está o corpo de Elizabeth. Ainda de acordo com informações, chefes de Estado, membros da realeza europeia e dignitários de todo o mundo descerão à capital inglesa para se juntar à família em homenagem à vida da rainha e ao serviço prestado à nação e à Commonwealth na próxima semana.
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PROCISSÃO PARA ABADIA DE WESTMINSTER E SUPULTAMENTO
De acordo com a CNN, no dia do funeral, (6h35 do horário de Brasília) o caixão será retirado do catafalco (uma espécie de estrado alto) por um grupo de portadores fundado pela Companhia da Rainha, 1º Batalhão de Guardas de Granadeiros, e transportado em uma carruagem em procissão de Westminster Hall para o State Gun Carriage da Marinha Real.
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A carruagem com o corpo da rainha Elizabeth então partirá e será puxada por 142 fuzileiros navais até a Abadia de Westminster. Segundo a publicação, a procissão ainda contará com grande aglomerado de flautas e tambores de regimentos escoceses e irlandeses tocados por 200 músicos.
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O Rei Charles III, membros da família real e membros de ambas as famílias do monarca e do príncipe de Gales seguirão diretamente atrás do caixão.
O serviço fúnebre será comandado pelo Rev. David Hoyle, Reitor de Westminster, na Abadia de Westminster. Lá, a Primeira-Ministra do Reino Unido, Liz Truss, e Patricia Scotland, Secretária-Geral da Commonwealth, lerão as lições. O arcebispo de Canterbury, Justin Welby, fará um sermão.
Próximo do final do culto, a Última Marcha soará antes que o silêncio de dois minutos seja feito. O funeral de estado será encerrado pelo Queen’s Piper, que tocará uma Reveille, o Hino Nacional e um Lament. Após, o caixão com o corpo da monarca fará viagem final de Londres até a Capela de São Jorge, localizada dentro do Castelo de Windsor e lá será realizada uma missa.
O Joalheiro da Coroa estará presente e, antes do hino final, retirará a coroa, o orbe e o cetro, que posteriormente serão devolvidos à Torre de Londres. Na conclusão do serviço, o caixão da rainha será baixado no Royal Vault abaixo da capela.
Um funeral privado ainda será realizado para a família mais tarde, e a rainha será sepultada com seu falecido marido, o príncipe Philip, na Capela Memorial do Rei George VI. Localizado em outro lugar em St. George’s, é onde o pai e a mãe da rainha também foram enterrados e onde permanecem as cinzas de sua irmã Margaret.
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Formada em Ciencias de la Comunicación (México), louca por gatos e fascinada com o mundo dos famosos. Feliz de ser parte do OFuxico desde 2000.