Príncipe Harry diz que foi ‘forçado’ a deixar o Reino Unido

Em uma audiência na quinta-feira, 7 de dezembro, contra o governo do Reino Unido no Supremo Tribunal de Londres, o advogado do Príncipe Harry, voltou a expor a necessidade do duque de Sussex de conseguir segurança para ele e seus filhos quando viajarem para o Reino Unido. Nos documentos, Harry relata que ele e sua esposa Meghan Markle foram “forçados” a deixar a Grã-Bretanha, e agora alegou que ele e seus dois filhos não podem “sentir-se em casa” no Reino Unido se “não é possível mantê-los seguros”, e por isso decidiram se mudar para a América.

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“O Reino Unido é a minha casa. O Reino Unido é fundamental para a herança dos meus filhos e um lugar onde quero que eles se sintam em casa tanto quanto onde vivem neste momento nos Estados Unidos. Isso não pode acontecer se não for possível mantê-los seguros quando estão em solo do Reino Unido”, acrescentou nos documentos.

“Não posso colocar minha esposa em perigo dessa maneira e, dadas as minhas experiências de vida, estou relutante em me colocar desnecessariamente em perigo também.”

O advogado de Harry, Shaheed Fatima KC, disse que o duque não aceitava que fosse uma “escolha” ele ter deixado de ser um “membro trabalhador em tempo integral da família real”.

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O advogado leu um trecho de uma declaração de Harry na qual ele dizia: “Foi com grande tristeza para nós dois que minha esposa e eu nos sentimos forçados a abandonar esse papel e deixar o país em 2020.”

A audiência de Harry no Reino Unido nesta semana, que ocorreu nos dias 5 e 6 de dezembro, tratou de dois processos judiciais que o príncipe move contra a imprensa britânica. O primeiro processo é contra o grupo de comunicação Mirror Group Newspapers (MGN), editor do jornal Daily Mirror. Harry alega que o MGN violou sua privacidade ao publicar, em 2021, uma carta que ele enviou à sua mãe, a princesa Diana, antes de sua morte.

No segundo processo, Harry moveu ação contra o Ministério do Interior do Reino Unido. Ele alega que o Ministério o está privando de proteção policial quando ele está no Reino Unido, o que coloca em risco sua segurança e a de sua família. Na audiência, Harry testemunhou por cerca de duas horas. Ele falou sobre o impacto que a perda de sua mãe teve em sua vida e como ele se sente vulnerável à imprensa.

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Em relação à carta à princesa Diana, Harry disse que a escreveu como um jovem de 20 anos, em um momento de dor e angústia. Ele afirmou que nunca quis que a carta fosse publicada e que se sentiu “humilhado” quando ela foi divulgada.

Sobre a segurança, Harry disse que precisa de proteção policial para se proteger de ameaças de extremistas e paparazzi. Ele afirmou que o Ministério do Interior está discriminando-o por causa de sua posição na família real. A audiência foi encerrada sem uma decisão. O caso será decidido pelo Supremo Tribunal do Reino Unido em uma data posterior.