Morte de Lady Di completa 25 anos e médico surpreende com revelação
Por Flavia Cirino - 29/08/22 às 12:50 - Última Atualização: 30 agosto 2022
O médico francês Frederic Mailliez, que atendeu Lady Di logo após o acidente de carro que resultou na morte dela em 1997, em Paris, disse à Associated Press que se sene “um pouco responsável” pelos momentos finais da princesa do povo.
Ele lembrou do ocorrido às vésperas do aniversário de 25 anos da morte da mãe dos príncipes William e Harry, no próximo dia 31 de agosto. Mailliez detalhou que estava saindo de uma festa quando o carro dirigido por ele passou pelo túnel parisiense no qual o veículo que transportava Diana havia acabado de capotar.
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“Tenho consciência que o meu nome estará sempre ligado a essa noite trágica. Eu ainda me sinto um pouco responsável pelos instantes finais dela”, disse o francês.
O médico ainda detalhou o estado em que as pessoas se encontravam em meio aos destroços: “Eu fui até os destroços. Abri uma porta e olhei lá dentro. Quatro pessoas, duas delas aparentemente já mortas, sem sinais de vida, sem respirar, as outras duas no lado direito, vivas, mas em condições graves. O passageiro da frente estava gritando, ele respirava. Ele poderia aguentar por mais uns minutos. A passageira, uma jovem, estava de joelhos no chão do carro. Ela estava com a cabeça para baixo. Tinha dificuldades para respirar. Ela precisava de atendimento rápido”, contou.
O profissional de saúde contou que correu para o carro dele, para ligar para serviços de emergência e pegar uma bolsa respiratória: “Ela estava inconsciente. Graças à minha bolsa ela conseguiu um pouco de energia, mas não conseguia falar nada”, afirmou.
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O médico continuou: “Eu sei que é surpreendente, mas eu não reconheci a Princesa Diana. Eu estava prestando socorro no carro. Vi que era uma mulher muito bonita, mas a minha atenção era total no que precisava fazer para salvar a vida dela, não tive tempo de pensar em quem era essa mulher”, destacou ele.
“Alguém atrás de mim disse que as vítimas falavam inglês, então comecei a falar inglês, disse que era médico e tinha chamado a ambulância. Tentei confortá-la”.
MÉDICO ISENTA CULPA DOS PAPARAZZI
As Investigações concluíram que o motorista do carro estava sob efeito de álcool e dirigindo em alta velocidade para fugir dos paparazzi que perseguiam o veículo. Mailliez ainda fez algumas considerações sobre os fotógrafos que estavam no local do acidente.
“Eles não atrapalharam o meu acesso às vítimas… Não pedi ajuda, mas eles não atrapalharam o meu trabalho”, disse.
A Princesa de Gales, que tinha planos de estrear como atriz de cinema, acabou sendo levada para um hospital nas proximidades e acabou morrendo poucas horas depois. Seu então namorado, o empresário egípcio Dodi Fayed, também morreu em decorrência do acidente.
“Foi um choque imenso descobrir que aquela era a Princesa Diana e que ela tinha morrido”, lembrou Mailliez . Ele disse ter se perguntado: “Eu fiz tudo que podia para salvá-la? Eu fiz o meu trabalho direito?”. Posteriormente, ele foi informado que não poderia ter feito mais nada: “Eu conversei com meus professores e também com os investigadores da polícia”.
SÉRIE REVELA BASTIDORES SOBRE A MORTE DE LADY DI
No dia 31 de agosto de 1997 o carro em que estava Lady Di se chocou contra um dos pilares do túnel que passa embaixo da Ponte D’Alma, em Paris, deixando o mundo de luto. Além da princesa, morreram seu então namorado Dodi Al-Fayed e o chefe de segurança do hotel Ritz que dirigia o automóvel, Henri Paul.
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No último dia 26 de agosto, o Discovery e o Discovery+ exibiram “A Morte de Diana” (The Diana Investigations), uma produção inédita dividida em quatro episódios com estreia semanal e simultânea na TV e no streaming – nos sábados que sucedem a exibição dos episódios inéditos, às 21h15, haverá reexibição no ID.
Com entrevistas exclusivas, a série retoma momentos e personagens marcantes das investigações. Entre as fontes estão Eric Gigou, membro da brigada criminal da polícia francesa e um dos primeiros policiais a chegar ao túnel sob a Ponte D’Alma, e Martine Monteil, líder do mesmo departamento.
Michel Kerbois, investigador particular contratado pela família Al-Fayed, também fala sobre seu trabalho paralelo e os resultados que obteve.
Testemunhas oculares do momento em que o carro onde estava a princesa atingiu a estrutura do túnel, François Levistre e Sabine Dauzonne, contam suas versões do episódio.
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O bombeiro Damien Dalby e o médico socorrista Frederic Mailliez relembram os momentos tensos do socorro às vítimas que foram retiradas das ferragens ainda com vida, com foi o caso de Diana. Outro bombeiro já havia revelado quais foram as palavras finais de Diana.
Os fotógrafos Jacques Langevin e Pierre Suu, que estavam entre os que primeiro chegaram ao local da colisão e estiveram entre os principais alvos da hostilidade da opinião pública, por ela identificados como responsáveis, também deram depoimentos.
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É jornalista formada pela Universidade Gama Filho e pós-graduada em Jornalismo Cultural e Assessoria de Imprensa pela Estácio de Sá. Ela é nosso braço firme no Rio de Janeiro e integra a equipe de OFuxico desde 2003. @flaviacirino