Reverendo que almoçou com a Rainha diz que ela estava ‘afiada e divertida’

O Reverendo Iain Greenshields, moderador da assembléia geral da Igreja da Escócia, almoçou com a rainha Elizabeth II no último fim de semana, dias antes da monarca surpreender o mundo com sua morte repentina. Em entrevista à revista “Times”, o religioso confessa que foi difícil acreditar quando soube do seu falecimento.

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Greenshields contou que jantou com a rainha, o príncipe Charles (agora rei Charles III) e a princesa Anne no último sábado (3 de setembro) e também almoçou com a monarca de 96 anos no domingo (4), e descreveu como a fragilidade evidente da soberana foi eclipsada por sua ‘conversa vital e memória incrível’, e assegurou que a rainha estava ‘afiada como um chicote’ e muito ‘divertida’, lembrando de coisas do passado.

“Quando a vi pela primeira vez, fiquei impressionado com o quão frágil ela parecia”, disse Greenshields. “Mas assim que ela se sentou, ela imediatamente começou a conversar, dar as boas-vindas, e toda a atmosfera mudou. Você estava ciente de que estava com alguém que estava com você 100%.”, observou.

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Ele acrescentou: “À medida que a conversa progredia, você também estava ciente de que estava com alguém que havia feito a lição de casa. Ela estava absolutamente envolvida com uma boa conversa, perguntando sobre minha família, e a única coisa que se destacou foi a memória dela. Para alguém da idade dela ter a clareza de olhar para o passado e lembrar das coisas que ela fez foi incrível. Ela não precisou ser estimulada por ninguém ao seu redor.”, contou.

Segundo o Reverendo a Rainha comentou como ela gostava de estar em Balmoral, um lugar que lhe dava paz e tranquilidade.

“Ela disse que lhe dava muita paz e prazer estar em Balmoral. Ela foi até a janela e estava olhando para fora, explicando-me o jardim e como ele havia se desenvolvido.”, relembra o homem, contando que os dois também discutiram sobre o “interesse muito pessoal” que ela tinha na Igreja da Escócia, para a qual ela escrevia cartas anuais para serem lidas na assembleia geral.

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“Ela entendeu os problemas que afetaram a igreja e os desafios que estavam diante de nós”, disse Greenshields. “Ela mencionou o quão importante sua fé foi para ela ao longo de sua vida, e que havia pessoas em particular que tiveram uma influência significativa nisso.”

Greenshields afirmou que quando soube na quinta-feira (8) pela manhã que os médicos estavam preocupados com a saúde da rainha ‘foi um choque’ para ele, pois quando eles se despediram no domingo, Elizabeth estava “muito positiva e em boa forma depois do almoço”.

“Acho muito difícil acreditar que ela não está mais aqui.”, lamentou.

REI CHARLES III

Nesta quinta-feira, 8 de setembro, o mundo se abalou com a notícia da morte da Rainha Elizabeth II, aos 96 anos. A monarca morreu na Escócia rodeada por toda a família.

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Sendo assim, o Príncipe Charles, primogênito de Elizabeth, assume o trono, se tornando Rei. A Rainha teve o mais longo reinado da história do Reino Unido e ficou no poder por mais de sete décadas.

Charles, que assume o trono aos 73 anos, é o monarca mais velho a iniciar um reinado. O Príncipe já estava assumindo algumas das funções da mãe, devido à idade avançada da Rainha. Além dele, Elizabeth e Philip (que morreu em 2021) tiveram outros três filhos: Princesa Anne, Príncipe Andrew e Príncipe Edward.

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Agora, o novo rei deve se reunir com a primeira ministra Liz Truss e fazer um pronunciamento à nação. No trono, o novo rei será chamado de Rei Charles III, como anunciou a chefe do governo britânico, que pelo protocolo deveria ser a primeira a se pronunciar sobre a morte da monarca.

“Nos próximos dias, nos reuniremos para celebrar sua extraordinária vida e seu legado. Ela era amada e adorada ao redor do mundo. Agora o reinado passa para o rei Charles III”, disse Liz.

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