BBB23: ‘Estou orgulhosa e feliz’, diz Marvvila sobre o reality
Por Raphael Araujo - 05/04/23 às 17:24
Na noite de terça-feira, 04 de abril, Marvvila foi eliminada do “BBB23”, da TV Globo, e como é de costume de cada eliminado, ela cedeu uma entrevista à emissora, e logo de cara, resumiu sua passagem pela atração: “Foi um desafio muito grande”.
“Confesso que esse lance de entrar em dupla e essa obrigação de jogar em grupo foram bem complicados. Mas estou muito feliz e orgulhosa, porque eu fui eu mesma. Aconteceu como tinha que acontecer: errei, reconheci e agora estou em paz”, garantiu ela.
Ainda, ela comentou sobre como estava sentindo que sua hora na casa havia chegado: “Eu já estava sentindo que talvez eu não estivesse em destaque no jogo por algumas situações e, quando ele trouxe a informação, eu fiquei um pouco chateada, sim. Mas eu fiquei com medo, na verdade, de que as pessoas esquecessem do meu trabalho e do que eu faço, que é cantar”.
“Por um momento no jogo, a gente fica muito confusa, a gente acha que as pessoas não vão gostar da gente, não vão querer saber do nosso trabalho. Então, eu acho que generalizei tudo e meu medo foi muito de chegar aqui fora e ninguém me amar, ninguém gostar de mim ou não ser bem recebida”, afirmou.
A cantora mencionou sobre ter ido pouco ao Paredão: “Quando a gente entra, a única coisa que a gente sabe é o lema ‘Fuja do paredão’. E eu fugi, não só pela boa relação com a casa – eu sempre tive uma boa relação com a galera e isso contribuiu bastante – mas eu também escapei em algumas provas Bate e Volta, fui contornando. Eu acho que isso foi que me ajudou”.
PROEFICIÊNCIA EM PROVAS E CASTIGOS
Aproveitando o gancho de que ganhou muitas “Porva Bate e Volta”, a pagodeira falou de sua sorte: “Eu descobri no programa, nunca tinha acontecido. Inclusive, já teve prova do líder de sorte, só que o meu negócio lá era a Bate e Volta. Liderança e Anjo eu não consegui ganhar, mas Bate e Volta foi um negócio que era para ser meu”.
“Eu estava bem chateada lá, em um momento do jogo, bem frustrada por não ganhar nada, então Deus falou: ‘Ganha esses Bate e Volta aí para você recuperar sua dignidade, sua autoconfiança e sua autoestima’. Eu acho que foi coisa de Deus mesmo, porque sorte nunca foi comigo, não (risos)”, falou ela.
“Eu dei meu máximo em todas as provas, dei o meu melhor. Muita gente saiu também sem ganhar Líder e Anjo. Houve muitas provas de habilidade e eu sei que sou uma pessoa nada habilidosa. Eu já entrei na casa sabendo que provas de habilidade seriam complicadas. Tinha muitas pessoas muito boas, atletas… acaba que a gente já fica para trás. Houve muitas provas de sorte, também, mas a sorte só foi aparecer no Bate e Volta. Eu queria que tivesse aparecido em pelo menos uma liderança, mas não aconteceu”, ressaltou.
Sobre o Castigo do Monstro ponderou: “Lá na casa a gente tinha muito a estratégia de colocar no monstro quem tinha mais estalecas. Em alguns momentos lá, o que me fez cair no monstro foi essa questão de ter mais estalecas, porque a galera queria comprar o poder Curinga e tirar o rival que tinha chance de arrematar”.
“Isso me frustrava muito, porque não adiantava eu guardar estalecas na casa, sempre me tiravam e colocavam no Monstro. Eu falava: ‘É mais fácil eu perder estaleca mesmo, que assim não me colocam no monstro’. Acabou que, na maioria das vezes, foi por mais por isso do que por embates”, completou.
FESTAS
Se teve uma parte do “BBB23” que Marvvila com certeza curtiu, foram as festas: “As festas eram momentos em que eu esquecia dos problemas, só queria viver, ser feliz, dançar. Era o momento em que a gente conseguia ouvir música, algo que eu gosto muito. Ouço muita música na minha casa, na minha vida, e lá dentro a gente fica sem isso. É o dia inteiro o som da natureza ou da galera discutindo, batendo boca, aquela pressão…”
“Então, o momento da festa, principalmente a do fim de semana, que tem os shows ao vivo, é quando a gente esquece de todos os problemas. Tem um artista ali cantando só para a gente, tem também os looks que a produção manda; é o momento em que a gente se sente cuidada. A gente esquece dos problemas e só vive”, explicou.
Além das festas, a artista contou seu outro ponto alto na atração: “Eu acho que eu fui muito amiga, defendi muito os meus, sempre estive presente para ajudar, colaborar. Já madruguei para ajudar aliados meus a comprarem o poder Curinga, para passarem na frente. Eu sempre fui muito parceira, isso foi um ponto alto para mim. Mesmo com alguns erros que eu cometi por conta do meu coração, no jogo, eu sempre fui muito parceira dos meus aliados”.
A MAGA DAS HORAS
Um ocorrido que chamou a atenção do público em Marvvila era o fato de que, quando questionada, ela acertava o horário, ou dava uma resposta bem próxima. Porém, o fato surpreendeu até mesmo a pagodeira, que não acreditava estar sendo uma “maga das horas”.
Eu falava tão na brincadeira e era engraçado porque eu fazia um certo deboche e entendiam que eu estava falando sério. A galera até ria da situação e eu nem imaginava que eu estivesse acertando”.
“Eu avaliava sempre pelo Raio-X, eu tinha uma base de que poderia ser entre 8h e 9h, e aí ficava indo lá para fora. Como o meu noivo sempre acordava muito cedo, eu imaginava o horário em que começava a clarear e o horário em que começava a escurecer – era muito por isso. Eu acho que posso ter errado muitas vezes, mas acabou que eu acertei também (risos)”, brincou.
JOGO EM GRUPO
Claro que a entrevista com Marvvila não deixaria de passar por uma das maiores características da edição: o fato de dois grupões terem se formado dentro do jogo, e isso gerou uma série de embates e dificuldades para a cantora.
“Eu acho que foi bem difícil e é uma das coisas pela qual eu me arrependo, porque tive que anular muito os meus sentimentos, as coisas que eu achava para defender os aliados que estavam sendo mais atacados no começo. Eles vinham com uma ideia que, às vezes, eu não concordava, mas eu achava certo defendê-los por estarem sofrendo ou sendo atacados de cara”, avaliou.
“Só que isso me atrapalhou no jogo porque quando eu pensava em dar uma opinião contrária, quando tentava falar que não queria votar em alguém ou achava errado, eles sempre colocavam nesse lugar de: ‘A gente está aqui tomando tiro o tempo todo, você tem que entender…’. Acho que isso me prejudicou bastante”.
Ela teria feito diferente se pudesse: “Eu teria jogado sozinha ou, mesmo dentro do grupo, teria batido o pé em alguns momentos e dito: ‘Não vou fazer isso. Independentemente do que você acha, eu vou fazer o que é certo’. O que eu poderia ter feito de maior impacto seria bater o pé mais vezes e seguir a minha intuição, porque muitas vezes eu segui o que outras pessoas achavam para protegê-las. Eu acho que essa foi uma das coisas que me prejudicou”.
EMBATES
Falando de jogo, Marvvila comentou sobre seus poucos embates na casa: “O Cezar foi a pessoa que mais me desestabilizou no jogo. Por um momento, ele foi meu maior embate por conta da expectativa que era gerada. A gente jogava juntos, eu sabia do meu erro e a minha chateação foi pela forma que ele me tratou. Já tinha acontecido um outro caso a que ele não tinha dado esse tratamento, então, aquilo foi o que mais me feriu”.
“Eu reconheci o meu erro, mas a forma como eu fui tratada foi o que me doeu. Por isso ele foi a pessoa que mais me gerou revolta. Mas depois eu entendi, a gente conversou, ele falou os motivos dele e eu escolhi seguir defendendo quem estava disposto a me defender. Naquele momento do jogo, eu vi que era ‘salve-se quem puder’ e ele estava disposto a conversar. Eu me coloquei à disposição para entender e defender os que estavam dispostos a me defender”, refletiu.
“A Amanda também já vinha me indicando para alguns paredões, já me colocou no monstro algumas vezes, então a gente estava tendo um embate de uma indicar a outra, tanto em jogos da discórdia, quanto em paredões. A gente viveu um momento complicado ali”, disse em relação à adversária.
“E lá no começo do jogo, eu e o Ricardo nos estressamos, ele falou algumas coisas no jogo da discórdia que até a galera da casa disse que não tinha achado legal pela forma como foi. Mas depois ele se retratou, veio conversar comigo e acabou que, nesse final de jogo, a gente ficou bem também”, completou.
PLANOS PÓS-REALITY
Marvvila então contou seus planos após passar pelo reality show: “Eu pretendo trabalhar muito, ser muito feliz, curtir meus amigos e essa liberdade. Mostrar para o Brasil esse meu lado cantora, pagodeira, batalhadora. Eu quero que meu som rode o Brasil todo e quero, junto comigo, levar outras mulheres que cantam pagode, quero que a mulher no pagode vá para o topo”.
Inclusive, seu “telefone” já está bombando: “Com certeza! Já me falaram aqui que estou cheia de shows, agenda lotada. Acredito que agora é trabalhar muito e colher os frutos. Fico muito feliz de ter participado do maior reality, sendo uma cantora pagodeira, coisa que aqui a gente sabe que não é muito valorizada”.
“Mas graças a Deus, já vi que está tendo um bom impacto e a galera já está querendo colar nos shows, isso me deixa muito feliz. Tem turnê e agenda lotada!”, concluiu Marvvila.
Marvvila ainda confirmou turnê internacional.
“Ainda vou ter a oportunidade de fazer uma turnê em Portugal em agosto! Eu nunca saí do país! Levar o pagode para o mundo, ainda mais sendo mulher nesse gênero, é um sonho. Minha missão sempre foi representar as mulheres e trazer mais cantoras para crescermos juntas”.
Siga OFuxico no Google News e receba alertas sobre as principais notícias sobre famosos, novelas, séries, entretenimento e mais!
Raphael Araujo Barboza é formado em Jornalismo na Faculdade Cásper Líbero. OFuxico foi o primeiro lugar em que começou a trabalhar. Diariamente faz um pouco de tudo, mas tem como assuntos favoritos Super-Heróis e demais assuntos da Cultura Pop (séries, filmes, músicas) e tudo que envolva a Comunidade LGBTQIA+.