Caetano Veloso vai à academia, ganha elogios e não é meme!

Na gravação embalada pela música “Odara”, o cantor e compositor faz sequência de cardio na esteira, treino de bíceps, tríceps, abdômen e pernas. Tudo sob o acompanhamento de um personal trainer.

No campo de comentário, o que não faltaram foram elogios de famosos e anônimos pela disposição e boa forma de um dos ícones da música popular brasileira.

“Belas pernas!”, elogiou Maria Gadú. “Todo de branco, eu não aguento!”, exclamou Zélia Duncan. “Guerreeeeiroooo”, incentivou Lúcio Mauro Filho.

Entre os fãs, o seguintes comentários. “A creatina cristalina em Teresina”, parafraseou um rapaz. “Esse corpo vai ficar Odara”, emendou um segundo. “Não é só sobre estacionar o carro no Leblon, é também sobre ir a academia!”, disse uma moça, recordando um meme de mais de 10 anos.

A ORIGEM DO MEME: CAETANO ESTACIONA CARRO NO LEBLON

Desde que ‘Caetano Veloso estacionou o carro no Leblon’ e virou notícia ‘todo cuidado é pouco’, pois o feito banal viralizou a até hoje é lembrado pelo próprio artista. No Twitter, o jornalista Gabriel Perline detalhou o que aconteceu naquele fatídico dia em que a nota foi publicada no portal Terra.

Ele contou que naquela época, os editores visavam apenas cliques como o de Caetano, sem nenhum conteúdo informativo. “A equipe era grande, tinha em torno de 20 jornalistas, entre efetivos e frilas. Quando foi publicada, ninguém se imaginou na projeção de que uma galeria de baixíssimo potencial de audiência se tornaria nesse fenômeno”, explicou o jornalista, sem dar o nome do autora da nota.

“A autora dessa pérola é uma jornalista que trabalhou na Ilustrada, caderno de cultura da Folha de S.Paulo, e acabou caindo de paraquedas no Terra, mas não entendia muito bem a (des)orientação de alguns dos editores, que pediam a execução de não-notícias como esta do Caetano”

“Você deve estar se perguntando: “se ela era tão brilhante e inteligente, por que escreveu essa bizarrice?”. Te respondo com tranquilidade: Era encomenda de uma chefia despreparada e pouco preocupada com qualidade. O objetivo era gerar páginas na web e, consequentemente, cliques.”

“Tem uma agência de paparazzi chamada AgNews, muito conhecida na nossa área. Quando chegava um e-mail com pacote de fotos era um desespero. Entre a escrita do obituário de um grande artista e uma nota sobre a Mulher Melão de topless, os editores mandavam a equipe priorizar a nudez.”

“Nessa época, qqr coisa era publicada. Foi assim que nasceram subcelebridades como Peladona de Congonhas, Musa do Impeachment, Sabrina Boing Boing, etc. Chegava e-mail apenas com o assunto “Loira fica peladona em Congonhas” e os editores gritavam: “Corre com isso e faça uma nota”, explicou.

“Não havia nenhuma informação. Nada que justificasse o “jornalismo”. Era uma mensagem qualquer e um caminhão de fotos. E foi assim que ocorreu com Caetano no Leblon.”

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