Mulher de Cid Moreira quase perde enterro do sobrinho por causa de bolsonaristas
Por Flavia Cirino - 03/11/22 às 10:38
Fátima Sampaio, mulher do jornalista Cid Moreira, chorou ao relatar que demorou 15 horas para conseguir chegar ao velório de um parente. Por causa do bloqueio de caminhoneiros e apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), que desde a última segunda-feira, 31 de outubro, estão protestando contra a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas urnas, por pouco ela não consegue acompanhar o funeral.
Em um vídeo publicado nas redes sociais na quarta-feira, 02 de novembro, Fátima apareceu chorando e fez um desabafo: “Estou muito triste. Eu, sinceramente, estou pouco cagando para quem ganhou a eleição. Eu perdi um sobrinho, moço, de 36 anos, que eu gostava demais e levei de 14 para 15 horas para ir para o velório e para o enterro”, disse ela.
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“Levei o mesmo tanto para voltar, cheguei aqui quase ontem a noite e fiquei muito triste, claro, e enlouquecida na viagem, que devia ser de umas seis horas”.
A mulher de Cid disse que fez a viagem pela rodovia Rio-Santos, que liga o litoral do Rio de Janeiro ao de São Paulo, mas não especificou seu destino final.
“Fui tentando contornar para me despedir desse menino tão significativo para mim e fiquei pensando no valor da vida, no valor das coisas. Sinceramente, o que é que vale aqui nessa vida? O que tem de importante? Por que a gente enlouquece, se ilude tanto e esquece do principal? Para ele, agora não interessa quem ganhou, qual o futuro do país, qual não é o futuro. Foi uma coisa violenta, dez dias hospitalizado perdeu a vida”, contou Fátima.
CID MOREIRA ESTAVA EM CASA
A mulher do ex-âncora do “Jornal Nacional” e do “Fantástico” fez questão de externar sua indignação diante das várias situações que tem acontecido envolvendo bolsonaristas. “Por que a gente perde a noção do que vale e do que não vale? Amem mais, beijem mais.
Ela ainda ressaltou que o marido não acompanhou: “Deixei o Cid em casa e, claro, deixei uma enfermeira tomando conta à noite para não acontecer nada, a menina que trabalha aqui ficou também. Foi praticamente uma loucura, uma aventura doida. Sai daqui 10h da manhã na segunda, cheguei quase 23h da noite lá, já estava acontecendo o velório, fiquei até às nove e pouco, que era a hora do enterro, depois vim para o Rio e cheguei aqui às 22h da noite.”
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É jornalista formada pela Universidade Gama Filho e pós-graduada em Jornalismo Cultural e Assessoria de Imprensa pela Estácio de Sá. Ela é nosso braço firme no Rio de Janeiro e integra a equipe de OFuxico desde 2003. @flaviacirino