Arlete Salles conta detalhes de doença crônica que enfrenta há anos

Longe da teledramaturgia, Arlete Salles gravou a série documental “Dor”, que estreia este mês no Globoplay. A atriz, que lida há anos com a herpes-zóster, participa da produção que destaca depoimentos de homens e mulheres sobre como é conviver e lutar com os diversos obstáculos impostos por dores intensas e crônicas

“Eu costumo dizer que sofro de covardia física. Tenho pavor de dores, agulhas, cortes e furos. A herpes-zóster começou assim: a orelha passou a doer. Eu achava aquilo estranho e fiquei constrangida de conversar com meu médico”, disse Arlete .

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A artista pernambucana de 80 anos, que já venceu um câncer, citou ainda um episódio em que entrou em desespero: “Estava dirigindo e senti uma coisa estranha”, iniciou.

“Quando olhei no espelho, minha boca estava quase na orelha. Eu me desesperei num grau porque achei que estava tendo um AVC. Levei um susto enorme e só pensava no meu trabalho. Minha carreira agora acabou! Não vou mais conseguir trabalhar com essa boca torta. Foi desesperador. Eu fiquei boa, mas penei, sofri. Para quem diz que sofre de covardia física, precisei de muita coragem”, afirmou a artista.

A série é uma coprodução da Vbrand e da Cine Group, tem roteiro de Mayra Almeida e Helena Perim.

O QUE É A HERPES-ZÓSTER

Trata-se de uma infecção viral que causa erupção cutânea dolorosa, através da varicela zóster, o mesmo vírus causador da catapora.  Popularmente conhecido como “cobreiro”, a doença, através de diagnóstico e tratamento precoces, não avança para complicações mais graves.   

Além disso, a vacinação é essencial para prevenir a doença e deve ser feita em determinadas idades e condições.  

Quando o paciente se infecta com a catapora, o vírus permanece em latência no organismo após a cura. Por isso, o vírus pode se reativar em algum momento da vida em adultos ou portadores de condições que levam a alterações do sistema imunológico.  

Os sintomas característicos de herpes zóster são: lesões cutâneas, geralmente localizadas e restritas a um lado do corpo; ardência e coceira local; hipertermia; cefaleia; mal-estar; dor intensa no local em que as lesões de pele se formaram; formigamento, agulhadas e adormecimento.  

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