‘Conheci a escuridão’, diz Tiago Leifert sobre câncer da filha
Por Redação - 30/01/22 às 23:09
Tiago Leifert deu um entrevista exclusiva ao “Fantástico” deste domingo, 30 de janeiro. Ele e a esposa, Daiana Garbin, falaram da saúde da filha, Lua. A bebê de um ano e três meses recebeu o diagnóstico de um retinoblastoma em 2021, quando o apresentador se afastou das gravações do “The Voice Brasil”.
Na conversa, o apresentador lembra como suspeitou da doença da filha, no meio das gravações do reality musical da Globo. Ele estava fora de casa e, quando voltou, notou a diferença no olho direito da pequena.
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“A gente não conhecia. Foi muito difícil de detectar. Eu fiquei dez dias longe dela, quando eu voltei, peguei ela no berço e ela não olhou no meu olho (…). Eu coloquei ela na frente do espelho e vi o olho direito dela fazendo assim [sacudindo]”, explicou.
Além disso, Daiana falou que o diagnóstico seria muito difícil, uma vez que a menina é super ativa e nunca deu qualquer sinal de dor, incômodo ou mesmo de que não conseguia enxergar algo. Para a jornalista, estava tudo bem até então, como ela afirmou:
Ela pula o dia inteiro, ela corre, brinca, dá muita risada o dia inteiro. Aparentemente, ela enxerga tudo. A gente nunca imaginou que algo poderia impedir a visão dela. Nenhum sinal, nenhuma dor, nenhum incômodo. Ela não demonstrava absolutamente nada. Ela engatinhava, ela estava começando a dar os primeiros passos”
Daiana Garbin comenta diagnóstico de câncer da filha, Lua.
Apesar da importância do diagnóstico precoce, Tiago confessou que não foi o caso da filha. Eles descobriram o câncer no “Grau E”, mais elevado da doença. De acordo com ele, uma semana a mais poderia causar problemas sérios para a pequena.
A gente estava em cima da hora. A gente estava em cima da hora. A pressão do olho estava super alta. Nós chegamos lá em cima da hora”, repetiu.
O apresentador também revelou como contou a notícia para o chefe, Boninho. “Eu descobri na véspera da gravação da segunda fase. Eu liguei para o Boninho e falei ‘cara, deu um problema’. Eu não sou uma pessoa triste, mas naqueles dias eu conheci a escuridão. Não tinha a menor condição para trabalhar”, finalizou.
ESCLARECIMENTO MÉDICO
O Conselho Brasileiro de Oftalmologia e a Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica publicaram neste domingo, 30 de janeiro, uma nota de esclarecimento a respeito do câncer raro de Lua, filha de Tiago Leifert e Daiana Garbin. O casal revelou o diagnóstico de “retinoblastoma” nas redes sociais, no sábado, 29 de janeiro, provocando comoção entre milhares de internautas. A menina tem apenas 1 ano e três meses.
“Há fatos que servem como janela de oportunidade para discutir temas de interesse da população, mas que, em situação normal, não recebem a devida atenção do público e mesmo das autoridades. A recente divulgação de um problema de saúde, infelizmente envolvendo a filha do jornalista Tiago Leifert e sua esposa, Daiana Garbin, abriu espaço nos meios de comunicação para falar sobre o retinoblastoma, um tipo raro de tumor intraocular maligno que, nesta modalidade, é o mais comum entre as crianças”, diz o início da nota.
As entidades oferecem os seguintes esclarecimentos:
1) O diagnóstico precoce desta forma de tumor, cuja origem está associada a fatores genéticos, é o melhor caminho para garantir seu tratamento adequado;
2) Neste sentido, o início dos cuidados começa ainda na maternidade, onde todo recém-nascido deve ser submetido ao Teste do Olhinho (teste do reflexo vermelho) até 72 horas de vida, sendo este o primeiro
passo para a detecção de doenças oculares;
3) Após essa abordagem inicial, o Teste do Olhinho dever ser repetido pelo pediatra ao menos três vezes ao ano, nos três primeiros anos de vida da criança;
4) Na identificação de qualquer anormalidade, o paciente deve ser encaminhado para consulta com oftalmologista que aprofundará a investigação;
5) Para ampliar a proteção da saúde ocular das crianças, recomenda-se ainda que bebês de seis a 12 meses passem por um exame oftalmológico completo;
6) Posteriormente, entre três (idealmente) e cinco anos esse mesmo bebê deve ser submetido a uma segunda avaliação oftalmológica;
7) Estes exames oftalmológicos completos são fundamentais para detecção precoce de problemas oculares que afetam a saúde ocular da população pediátrica;
8) Em caso de confirmação de diagnóstico de retinoblastoma, a criança iniciará tratamento que depende de vários fatores (localização e o tamanho do tumor, disseminação além do olho e possibilidade de preservação da visão);
9) Na condução de casos de retinoblastoma podem ser adotados diferentes procedimentos, como quimioterapia (intravenosa, intra-arterial, periocular e intraocular), terapia focal e métodos cirúrgicos;
10) Para outras informações sobre o retinoblastoma, acesse o site da SBOP.
“Em casos de doenças oculares confirmadas, confiem apenas nos cuidados oferecidos por médicos, em especial por oftalmologistas. Supostos tratamentos, como “self-healing” ou prática de exercícios oculares não têm comprovação científica. Portanto, eles não servem para curar o retinoblastoma ou qualquer outra doença que afeta o aparelho da visão (glaucoma, catarata, doenças retinianas, etc.)”
E acrescentaram: “Ao invés de conduzir à cura ou à melhora dos quadros clínicos, como sempre prometem, essas abordagens podem retardar o início de tratamentos corretos, aumentando as chances de comprometimento parcial ou total da visão e, em casos de tumores, até mesmo da vida do paciente”.
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