Gilberto Gil sobre câncer de Preta: ‘Temos de lidar com a ameaça de morte’

Por - 02/06/23 às 12:18

retrato preto e branco de gilberto gil e preta gilFoto: Reprodução/Instagram @gilbertogil

Gilberto Gil é com certeza um dos maiores nomes da música brasileira, não havendo uma pessoa no País que não o conheça ou saiba pelo menos uma de suas músicas, e aos 81 anos, ele segue a todo vapor em sua carreira profissional, tendo realizado 48 shows lotados no último ano.

Em entrevista para revista Veja, o artista comentou que a idade está longe de ser uma adversidade: “A idade pesa, sim, especialmente no palco. A mobilidade e o fluxo energético são diferentes dos 20, 40 anos. Cantar ao lado da família ajuda, ela traz uma leveza. Já tinha experimentado trabalhar com um filho, depois outro, aí vieram os netos”.

“Um dia, Preta, que não vai poder estar conosco agora, soltou a ideia: ‘Vamos embora, pai, vamos juntar todo mundo numa turnê’. Aquilo ecoou fundo. Além da dimensão afetiva, eles se unem naquilo que é extraordinariamente prazeroso para mim, o significado da minha vida, que é ser músico”, disse ele.

Aliás, tendo mencionado Preta Gil, ele falou da luta da filha contra um câncer no intestino: “É uma aflição ver uma menina, uma filha que nem tem 50 anos, sofrendo de uma doença apavorante. Falo com a Preta o tempo todo, com os médicos, e leio a respeito”.

“Ela vive cercada pela família e estamos reunindo forças e propósitos para lhe dar o melhor tratamento, renovar sua disposição e sua positividade espiritual. Juntamente a isso, temos de lidar com a ameaça da morte. Tenho dito palavras de resignação em relação àquilo que é inevitável, ao mesmo tempo que buscamos condições para a cura”, garantiu ele, esperançoso.

POSSÍVEL BISSEXUALIDADE

Outro assunto tratado na entrevista foi a sexualidade de Gilberto Gil, e ele falou acreditar na teoria de todos sermos bissexuais: “Somo todos filhos de um pai e de uma mãe, o resultado de uma junção de genes de um e de outro. Portanto, somos todos bissexuais. Agora, o quanto e como isso influencia na condição masculina ou feminina e no exercício da própria sexualidade, aí reside uma variação infinita de possibilidades”.

Porém, ele nunca teve atração por homens: “Atraído como tenho sido pelas mulheres, nunca. Nunca tive tesão num homem, como se diz. No entanto, por razões de delicadeza natural, educação, finura do trato, já tive proximidade com a sexualidade de outro, de outros”.

Entretanto, ele já se relacionou com pessoas do mesmo sexo: “Sim, e isso não afeta meu modo de ver o assunto na minha vida. Essas questões de amor, amizade, respeito foram possíveis em momentos em que a sexualidade era uma coisa mais vibrante em mim. Como disse houve épocas em que ela se aproximou de outros, mas nunca na mesma forma como de outras. Para mim, jamais foram coisas iguais”.

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Raphael Araujo Barboza é formado em Jornalismo na Faculdade Cásper Líbero. OFuxico foi o primeiro lugar em que começou a trabalhar. Diariamente faz um pouco de tudo, mas tem como assuntos favoritos Super-Heróis e demais assuntos da Cultura Pop (séries, filmes, músicas) e tudo que envolva a Comunidade LGBTQIA+.