Oscar Schmidt pausa tratamento contra câncer: ‘Perdi o medo de morrer’
Por Raphael Araujo - 15/10/22 às 10:25
Oscar Schmidt é um dos maiores jogadores de basquete não só do Brasil, como também do mundo de todos os tempos. Conhecido como “Mão Santa”, o atleta se tornou um dos nomes mais importantes do basquete mundial.
Durante as três décadas de trajetória, conquistou diversos títulos, como o primeiro mundial de um clube brasileiro, com o Sírio, e o Panamericano de 1987, em um jogo contra os Estados Unidos, favoritos da competição.
Infelizmente, ele revelou em meados de 2011 que foi diagnosticado com um tumor cerebral, iniciando rapidamente o tratamento contra o câncer. Todavia, em entrevista ao programa “Sensacional”, da Rede TV!, apresentado por Daniela Albuquerque, ele revelou que interrompeu o processo há alguns meses.
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Parei esse ano, eu mesmo decidi parar. Morria de medo de morrer. Fechar o olho e não acordar mais, para mim era um terror. E graças ao tumor, perdi esse medo”.
“Não quero ser melhor palestrante ou melhor jogador. Quero ser um marido e um pai melhor”, disse ele citando os dois filhos frutos de seu relacionamento de quase cinco décadas com Maria Cristina.
RELEMBRANDO CARREIRA NO BASQUETE
Ainda na atração, Oscar relembrou o início de sua trajetória no esporte, e mencionou o dato de que antes era apaixonado por futebol, mas nunca levou jeito com a bola em campo. “Eu jogava, mas era o último a ser escolhido [na formação dos times], porque eu era ruim mesmo”, afirmou.
Aos 13 anos, no entanto, o esportista decidiu dar uma chance às quadras e se juntou ao time Unidade Vizinhança, sediado na capital federal, Brasília, onde criou gosto pelo esporte e permaneceu até sua ida ao juvenil do Palmeiras, em 1974.
“Meu medo era a minha mãe negar a minha vinda para São Paulo, porque eu sabia que era o grande centro do basquete. Quando ela deixou, na hora pensei: ‘Estou no céu'”, brincou ele, que pouco tempo antes não teve permissão da matriarca para integrar a equipe do Sport Recife.
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Já em São Paulo, Oscar conta ter passado por algumas dificuldades. Para aprimorar o arremesso, o ex-jogador sempre permanecia após o horário convencional dos treinos, fazendo outros mil lançamentos, sendo o último atleta a chegar em casa:
“Eu morava em uma república que tinha mais sete jogadores. Passava fome. Chegava e só tinha pudim de pão (…) A tia fazia comida na medida certa, mas tinha sempre alguém que pegava o pedaço que era meu e eu não comia”, relembrou Oscar Schmidt.
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Raphael Araujo Barboza é formado em Jornalismo na Faculdade Cásper Líbero. OFuxico foi o primeiro lugar em que começou a trabalhar. Diariamente faz um pouco de tudo, mas tem como assuntos favoritos Super-Heróis e demais assuntos da Cultura Pop (séries, filmes, músicas) e tudo que envolva a Comunidade LGBTQIA+.