Xand Avião fala pela primeira vez sobre doença autoimune e tranquiliza fãs
Por Flavia Cirino - 19/05/23 às 09:05
Mantendo o otimismo, uma de suas marcas, Xand Avião comentou pela primeira vez sobre um problema de saúde que enfrenta há quatro anos. Em suas redes sociais, o forrozeiro revelou o diagnóstico de psoríase, mesma doença de pele com a qual Kelly Key convive.
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Natural do Rio Grande do Norte, o artista de 41 anos detalhou os sintomas e tratamento da doença autoimune. Ele contou que encontrou um tratamento caro, mas eficaz. O cantor de forró eletrônico precisa de injeções que custam em média R$ 17 mil.
Xand contou que ele e a mulher, Isabele Temóteo, foram em busca de outra maneira para não precisar gastar tanto: “R$ 17 mil é dinheiro em qualquer lugar do mundo”, destacou ele.
Vale ressaltar alguns planos de saúde cobrem o custo e, além disso, o Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza as injeções: “A gente foi se informar e eu fiquei sabendo que o meu plano cobria essa injeção e descobri uma coisa mais interessante ainda, que o SUS também cobre essa injeção para quem não pode pagar. Você pode perguntar, mas por que é tão caro? Porque depende do seu grau de psoríase, o meu já está 11.4”, detalhou o artista.
O cantor fez questão de alertar os fãs e seguidores sobre a psoríase: “Você tem que procurar um médico para ele poder lhe dizer qual o melhor caminho a seguir, né? No caso, eu procurei e descobri várias coisas que eu não imaginava do caminho da psoríase, da doença nos ossos, nas articulações. Graças a minha é só questão de pele mesmo, mas tomou de conta do meu corpo praticamente inteiro”, disse Xand.
Ele ainda ressaltou que não é preciso temer a doença, que não é contagiosa. “Não tenha medo de tirar foto”, afirmou, bem-humorado.
ENTENDA A DOENÇA
De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, a psoríase e uma doença da pele relativamente comum, crônica e não contagiosa. É cíclica, ou seja, apresenta sintomas que desaparecem e reaparecem periodicamente.
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É uma doença autoinflamatória da pele, na qual por predisposição genética, junto com fatores ambientais ou de comportamento, causam o aparecimento de lesões avermelhadas e que descamam na pele. Acredita-se que ela se desenvolve quando os linfócitos – (células responsáveis pela defesa do organismo) liberam substâncias inflamatórias que promovem dilatação dos vasos sanguíneos e dirigem outras células do sistema de defesa para pele, como neutrófilos.
Este processo de ataque inflamatório à pele faz com que esta responda acelerando sua proliferação, o que resulta na descamação observada nas lesões. Normalmente, essa cadeia só é quebrada com tratamento. A psoríase não é contagiosa e o contato com pacientes não precisa ser evitado.
Em até 30% dos pacientes, inflamação similar pode acontecer nas articulações, levando à artrite psoriásica, outra manifestação da doença. Também existe associação de psoríase com doenças cardiometabólicas, doenças gastrointestinais, diversos tipos de cânceres e distúrbios do humor, o que diminui a qualidade de vida do paciente e pode também, dependendo da gravidade, diminuir a expectativa de vida, se não tratada. O mesmo processo de autoinflamação que causa lesões na pele e articulações parece ser o responsável pelo aparecimento destas comorbidades.
QUAIS OS SINTOMAS?
Conforme a apresentação e gravidade da doença, os sintomas variam de paciente para paciente, mas podem incluir manchas vermelhas com escamas secas esbranquiçadas ou prateadas; pequenas manchas brancas ou escuras residuais após melhora das lesões avermelhadas; pele ressecada e rachada; às vezes, com sangramento; coceira, queimação e dor; unhas grossas, descoladas, amareladas e com alterações da sua forma (sulcos e depressões); inchaço e rigidez nas articulações; em casos mais graves, destruição das articulações e deformidades.
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Em casos de psoríase leve pode haver apenas um desconforto por causa dos sintomas, mas nos casos mais graves, pode ser dolorosa e provocar alterações que impactam significativamente na qualidade de vida e na autoestima do paciente. Assim, o ideal é procurar tratamento o quanto antes.
Além disso, alguns fatores podem aumentar as chances de uma pessoa desenvolver a doença ou piorar o quadro clínico já existente, dentre eles: histórico familiar; estresse; obesidade; tempo frio; infecções diversas; medicamentos, sendo os mais comuns os antimaláricos, medicamentos para tratar hipertensão e lítio; consumo de bebidas alcoólicas e tabagismo.
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É jornalista formada pela Universidade Gama Filho e pós-graduada em Jornalismo Cultural e Assessoria de Imprensa pela Estácio de Sá. Ela é nosso braço firme no Rio de Janeiro e integra a equipe de OFuxico desde 2003. @flaviacirino