Regiane Alves, a Clara de Vai na Fé, deixa a Globo após 24 anos

Regiane Alves está fazendo o maior sucesso como Clara em “Vai na Fé”, mas seu contrato com a TV Globo foi encerrado. Isso não quer dizer que ela não aparecerá mais na emissora, já que ela entrará na nova política da Globo em que os artistas têm contrato por obra.

Além de Vai na Fé, Regiane Alves pode ser vista na reprise de Mulheres Apaixonadas, onde ela viveu a personagem polêmica Dóris, que causou muita repercussão na época que foi ao ar originalmente, em 2003, e segue sendo assunto até hoje.

Na Globo, Regiane Alves começou em 2000, na minissérie “A Muralha”, sendo “Laços de Família” sua primeira novela na emissora, no mesmo ano.

No ano de 2003, ela estava em “Mulheres Apaixonadas”, e também atuou em Cabocla, Páginas da Vida, Beleza Pura, Tempos Modernos, A Vida da Gente, Guerra dos Sexos, Sangue Bom, A Lei do Amor, O Tempo Não Para, além de outras séries.

Recentemente, a atriz deu uma entrevista falando de Dóris, sua personagem mais marcante, onde ela revelou que não a considerava uma vilã, apesar de maltratar os avós.

“Todo mundo que assistiu, na época, chega comentando comigo como é bom rever a novela agora, que é uma das novelas preferidas… Quando eu estou no estúdio, eu ligo, vejo um pouquinho, mato a saudade dos meus avós na trama. O elenco jovem de ‘Vai na Fé’, que ainda não tinha visto, por exemplo, vem comentar comigo também. Acho que é a chance de o público assistir a uma boa novela e não deixa de ser uma homenagem ao Manoel Carlos. A Dóris é uma personagem muito viva no imaginário das pessoas, então, é incrível. Que bom que eu pude fazer, que bom que passaram 20 anos e que bom que as pessoas têm essa oportunidade agora”, celebrou.

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Na trama, Dóris trata muito mal seus avós Leopoldo (Oswaldo Louzada) e Flora (Carmen Silva), o que cria um sentimento de revolta no telespectador. Porém, para Regiane Alves, a personagem não é uma vilã, mas sim uma “rebelde sem causa”.

“Eu acho que ela é uma jovem sem limites, sem regras, que só pensa nela e não no próximo. Ela faz tudo de forma inconsequente e com o desejo de se dar bem, achando que não vai causar problema a nenhuma outra pessoa, no caso, ali, aos avós”, analisou.

A atriz relembrou que ficava assustada com a repercussão da personagem e seus atos na época, algo que a deixava até apreensiva de sair na rua. Ela ainda imagina que seria a repercussão em tempos de redes sociais.

“Na época, era uma repercussão gigantesca. Eu lembro de uma cena da passeata em Copacabana da qual a Dóris participou. Tinha uma equipe grande, várias câmeras em cima dos hotéis para filmar. Só que, na hora em que eu entrei, o público ficou tão enlouquecido, que foi para cima. Eu tive que ir para outro lugar, foi uma loucura. Quando havia cenas em que ela maltratava os avós, eu também não conseguia sair muito na rua, ficava um pouco apreensiva com essa repercussão toda. Fico imaginando como seria essa personagem hoje, em tempos de redes sociais. Era bem forte e até hoje as pessoas falam: ‘Nossa, eu te odiava nessa novela!’”.

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