Renata Vasconcellos sobre se emocionar com a notícia: ‘Me afeta visceralmente’

Uma das jornalistas mais respeitadas do País, Renata Vasconcellos, é uma das âncoras do “Jornal Nacional”. Aos 49 anos, a profissional de comunicação abriu o coração, em uma entrevista franca e direta para a revista Claudia.

Há mais de um ano, ela noticia mortes pela pandemia da Covid-19, na bancada do principal noticiário do Brasil. No bate-papo, Renata destacou como se sente.

Veja!

Noticiar reflexos da pandemia

“Na verdade, nossa rotina se intensificou, com mais plantões de fim de semana e feriados. Além da carga maior, tem o peso da situação, que é difícil, dramática. A gente pega força na responsabilidade do nosso trabalho. Claro que tenho medo, dificuldade, apreensões, mas penso no meu propósito como jornalista.”

Veja+: Morre a atriz Nicette Bruno, vítima de complicações da Covid-19

Bancada JN: Emoção que humaniza

“Eu me emociono mesmo, porque me afeta visceralmente. Tenho muita empatia pelo próximo e vejo o sentimento das famílias desfeitas, o sofrimento. Com a pandemia, não tem só o vírus, mas a fome. Eu tento me segurar para que a informação seja passada, mas a emoção é inerente ao ser humano. E é bom sentir, se solidarizar, não só nos momentos agudos de tristeza, mas nas histórias de alegria que mostramos. Ao ver alguém passando por uma coisa boa, ficamos com esperança e aí a emoção transborda.”

Sucumbir à densidade

“Eu estou aqui, de pé. O Bonner me perguntou uma vez: ‘Você está cansada?’. Eu respondi: ‘Sim, mas atenta e vigilante’. Tem muitas emoções juntas e eu reconheço todas elas. Ansiedade, insegurança, medo, desconsolo. Às vezes, acho que não vou conseguir, mas aí me concentro no momento. O que eu preciso fazer agora para dar conta disso? Um dia de cada vez.”

Meditação e Yoga

“A gente respira muito mal. Vira algo automático e, quando você toma consciência, se transforma numa ferramenta fundamental para conectar você com coisas incríveis, para promover relaxamento e autopercepção. É uma viagem maravilhosa de se fazer”, disse.