Sônia Bridi sobre povo Yanomami: ‘Devastador […] Tragédia humanitária’
Por Raphael Araujo - 31/01/23 às 15:05
Um dos assuntos mais comentados nos últimos dias foi a tragédia do povo Yanomami, que tem enfrentado fome, desnutrição, doenças como malária e anemia e o sequestro de crianças em função do garimpo ilegal na região em que vivem, com o presidente Lula enviando ajuda humanitária.
No último domingo, 29 de janeiro, Sônia Bridi fez uma reportagem local exclusiva para o “Fantástico”, da TV Globo, e já no “Encontro” desta terça-feira, 31 de janeiro, ela desabafou sobre toda a situação e como ela se sente mal diante disso tudo.
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“Uma raiva tremenda de a gente estar acompanhando esse caso há bastante tempo, tem anos. Já vi muita coisa acontecendo em vários lugares do mundo. Já estive em campos de refugiados, que é sempre um lugar extremamente triste. Mas o que eu vi na terra Yanomami é muito mais devastador, porque a terra é saudável”, descreveu ela.
“O que a gente viu ali é a destruição da terra, o descaso que aconteceu durante quatro anos, o incentivo a uma atividade ilegal, criminosa, crime organizado, um risco à segurança nacional a presença desses bandidos em números absurdos dentro da terra Yanomami, circulando entre Brasil e Venezuela. Isso tudo levou a essa tragédia humanitária”, afirmou Bridi.
DESCASO DO GOVERNO
Sônia continuou: “E não houve reação por parte do governo. Eu tava tentando entrar na terra Yanonami há muito tempo, mas não tinha segurança para entrar. Como entrar em um território tomado por bandidos? Cadê a ação para impedir que isso continuasse acontecendo? Pelo contrário, houve incentivo ao garimpo”.
“Como é que a gente permite que num país rico como este, numa terra saudável, se chegue a uma situação dessas? Que vergonha! A gente está no século XXI, 522 anos depois da chegada de Cabral, e a gente ainda permite a entrada de doenças e invasores para dizimar os povos originários!?”, e questionou ela.
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“Ali, você sente uma tristeza tremenda, mas também uma revolta, uma indignação, de ver que se permitiu que fosse feito isso no nosso tempo. Parecia cenas do holocausto”, concluiu Sônia Bridi.
Gretchen rasgou elogios em uma postagem no Instagram: “Isso é o MÍNIMO que nós poderíamos ter feito. Eu, como mãe e mulher, não consigo ver essa foto sem me emocionar. Parabéns, Sônia Bridi, você foi mãe nesse momento, mais que repórter”.
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Raphael Araujo Barboza é formado em Jornalismo na Faculdade Cásper Líbero. OFuxico foi o primeiro lugar em que começou a trabalhar. Diariamente faz um pouco de tudo, mas tem como assuntos favoritos Super-Heróis e demais assuntos da Cultura Pop (séries, filmes, músicas) e tudo que envolva a Comunidade LGBTQIA+.