Carnaval 2024: Com sede de vitória, Vai-Vai retorna à elite e surpreende
Por Flavia Cirino - 10/02/24 às 22:30 - Última Atualização: 11 fevereiro 2024
Atualmente presidida por Clarício Gonçalves, o Vai-Vai, maior campeã do Carnaval de São Paulo, com 15 títulos, teve a missão de abrir a segundo noite desfiles do Grupo Especial. A preto e branco, primeiramente, prestou homenagem aos 40 anos do gênero hip hop em São Paulo.
Assim sendo, o Vai-Vai chegou ao Sambódromo do Anhembi com o propósito de assegurar seu protagonismo no Carnaval paulistano. Ou vence, ou ganha, brincam os componentes! Sobretudo, a agremiação busca reafirma sua missão de fazer samba.
A preto e branco do Bixiga retornou ao Anhembi, após vencer no Acesso, com o enredo “Capítulo 4, Versículo 3 – da Rua e do Povo, o Hip Hop: um Manifesto Paulistano”. Juntamente com ele, o carnavalesco Sidnei França pretende manter a escola na elite e, consequentemente, subir ao pódio.
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Conforme o carnavalesco, sob a narrativa do orixá Exu, destaca a rua como um espaço de competição e expressão artística.
Apesar de não ter um dos sambas mais elogiados da safra, a confiança é grande, o momento .é pra lá de especial, com determinação e garra de todos. Afinal, como cantava a escola em 1929, “o Vai Vai na rua faz tremer a Terra”.
Ainda assim, os componentes da agremiação garantem que já ele tem a característica de ser facilmente cantável e popular.
Em síntese: vai dar certo!
Enredo: Capítulo 4, versículo 3 – Da rua e do povo, o hip hop: um manifesto paulistano
Carnavalesco: Sidnei França
Diretor de Carnaval: Comissão de Carnaval
Intérprete: Luiz Felipe
Mestres de Bateria: Tadeu e Beto
Rainha da bateria: Madu Fraga
Mestre-sala e Porta-bandeira: Renato e Fabíola
Comissão de Frente: Robson Bernardino
Famosos: Negra Li,Os Gemeos, Emicida, Dexter, Rappin Hood, Tasha e Tracie, Thaide, Djonga e Racionais
Confira a letra do samba do Vai-Vai
Olha nós aí de novo, coroa de rei
Capítulo 4, Versículo 3
Vai-Vai manifesta o povo da rua
É tradição e o samba continua
Laroyê, axé me dê licença,
Saravá, seu Tranca-Rua
Eu não ando só, o papo é reto
E a ideia não faz curva
Renegados da moderna arte
Não faço parte da elite
Que insiste em boicotar
“Acharam que eu estava derrotado” “ooooooo”
Quem achou estava errado”
Corpo fechado, sou cultura popular
Meu verso é a arma que dispara
E a palavra é a bala pra salvar
Balançou, balançou o Largo São Bento
Moinho de vento, a ginga na dança
Grande triunfo do movimento
No breaking o corpo balança
Solta o som, alô, DJ
Que eu mando a rima pra embalar manos e minas
Na batida perfeita, meu rap é a voz
As cores da minha aquarela
No muro, a tela que o tempo desfaz
Mas apagar jamais (Vai-Vai, Vai-Vai)
A força do conhecimento
No gueto, procedimento
Atitude de gente bamba
Tem hip-hop no meu samba
É preto no branco, no tom do meu canto
Preconceito nunca mais
Fogo na estrutura
Justiça, igualdade e paz
É jornalista formada pela Universidade Gama Filho e pós-graduada em Jornalismo Cultural e Assessoria de Imprensa pela Estácio de Sá. Ela é nosso braço firme no Rio de Janeiro e integra a equipe de OFuxico desde 2003. @flaviacirino