Greve adia gravações da quarta temporada de Emily in Paris

Por - 07/06/23 às 12:00

Lily Collins em Emily in ParisLily Collins em Emily in Paris / Reprodução TV / Netflix / YouTube

Por conta da greve dos roteiristas de Hollywood as filmagens da nova temporada da série “Emily In Paris“, protagonizada por Lily Collins, foi adiada. O seriado é a mais nova produção a ver-se afetada com a greve, já que o programa da Netflix pretendia começar a filmar a quarta temporada no final do verão ou início do outono, mas de acordo com a revista “Variety” foi adiada por dois meses.

A greve dos roteiristas não afetou somente as produções dos Estados Unidos, mas também as produções de cinema e TV em todo o mundo, revela a revista “Premiere”.

A greve começou no início de maio, quando o Sindicato dos Roteiristas dos Estados Unidos [Writers Guild of Americas] solicitou uma melhor remuneração por seu trabalho em meio a um cenário de mídia em mudança por causa dos serviços de streaming.

O sindicato, que tem cerca de 10 mil filiados, pede que os estúdios aceitem um número mínimo de roteiristas para o desenvolvimento inicial dos projetos e propôs pelo menos seis escritores com um contrato de pelo menos 10 semanas consecutivas de trabalho. Os estudos têm defendido que podem melhorar a oferta, mas não concordam que seja imposto um número “obrigatório” de trabalhadores ou pela duração do contrato.

Também é necessário um aumento no mínimo semanal para escritores, que é superior a US$ 4.546. Isso representa uma faixa entre US$ 91.000 e US$ 109.000 para um trabalho de 20 ou 24 semanas, de acordo com o jornal”El País”.

O sindicato também pediu melhorias habituais na negociação de contratos coletivos, como o aumento das contribuições para fundos de pensão e planos de saúde.

A última vez que houve uma greve assim foi no final de 2007 e início de 2008, e durou 14 semanas, mas a greve atual , que está entrando em sua quinta semana, é a primeira da era do Streaming.

Outras séries afetadas até agora são “Stranger Things”, “Bunk’d”, do Disney Channel, e “Euphoria”, da HBO, entre outras.

Outro ponto pedido pelos profissionais foi que houvesse uma regulamentação do uso de inteligência artificial e ferramentas como o ChatGPT na escrita de roteiros. Em resumo, O WGA quer garantias que estúdios não usem IA para escreverem roteiros a partir de trabalhos antigos dos profissionais, e nem que roteiristas sejam solicitados a reescrever rascunhos de scripts criados pela IA. Também não houve contraproposta neste item.

Antes de séries e filmes, os programas de entrevista de variedades e esquetes serão afetados, como os talk shows, pois os roteiros são escritos próximos à data de exibição, enquanto outras obras levam mais tempo e possuem um intervalo maior para a produção em caso de continuações sou novas temporadas.

Logo de cara, série e filmes não serão afetados de forma direta, pois muitas já estão em pós-produção ou finalizadas, com o roteiro já tendo sido escrito e até gravado. Todavia, caso a paralisação se estenda por muito tempo, projetos previstos para serem lançados a partir de 2024 podem ter suas produções afetadas, causando adiamentos.

O exemplo acima serve para produções maiores e de grandes intervalos, pois roteiros de séries escritas durante a temporada ou series que precisariam de o roteiro estar sendo pronto no momento para viabilizar a gravação. Para os roteiros já escritos e/ou em produção, cancelasse a possibilidade de refilmagens, pois as cenas não serão reescritas.

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Formada em Ciencias de la Comunicación (México), louca por gatos e fascinada com o mundo dos famosos. Feliz de ser parte do OFuxico desde 2000.