Emicida detona Arthur do Val: ‘Turismo sexual em zona de guerra’

Por - 07/06/23

emicida e Arthur do Val, em fotomontagemFoto: Reprodução Instagram @emicida e @arthurmoledoval

Instaurou-se a treta. Na terça-feira, 06 de junho, Arthur do Val, que ficou conhecido como “Mamãe falei”, usou sua página do Twitter para atacar o rapper Emicida.

Na postagem, ele acusou o músico de receber cachês altos e não lutar pela cultura.

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“Emicida recebeu 285 MIL REAIS pra fazer show na virada cultural. Não foi só ele, teve cachê de mais de 400k. Em vez de fomentar artistas que realmente precisam: atores, cantores, cenógrafos, figurinistas que muitas vezes estão esquecidos nas periferias lutando todos os dias para a verdadeira inclusão curtural (SIC). Preferem dar cachê polposos para artistas já estabelecidos e bem remunerados. Via de regra esses shows ainda acontecem nas regiões centrais da cidade onde se concentram os mais ricos. Não é pela cultura, nunca foi. É pela política de pão e circo e apoio da patota”, escreveu.

Emicida então tratou de rebater o que o ex-deputado atacou, enquadrando o ex-parlamentar.

“Tem gente que trabalha, gera empregos, valoriza a cultura, fomenta o comércio local, leva novos artistas pra participar do espetáculo e faz girar a economia da cultura e da quebrada. Esse é nosso caso. Cuidando dos nossos. E tem gente como você, que tenta fazer turismo sexual em zona de guerra… Cada um oferece o que tem pra oferecer.”

Emicida não se apresentou na região central de São Paulo: na verdade, o show dele aconteceu na Brasilândia, uma das regiões da periferia de São Paulo.

POR QUÊ MAMÃE FALEI?

Ainda quando era deputado, Arthur do Val atacou as mulheres da Ucrânia com frases machistas e sem nexo. Primeiro, ele disse que iria ao país se solidarizar com a população que está sofrendo com a guerra por conta dos ataques da Rússia.

Depois, com um flagra em seus áudios machistas e misóginos, ele falou contra as mulheres refugiadas por lá.

“São fáceis, porque elas são pobres. E aqui minha carta do Instagram, cheia de inscritos, funciona demais. Não peguei ninguém, mas eu colei em duas ‘minas’, em dois grupos de ‘mina’. É inacreditável a facilidade. Essas ‘minas’ em São Paulo você dá bom dia e ela ia cuspir na sua cara e aqui são super simpáticas” e “Acabei de cruzar a fronteira a pé aqui, da Ucrânia com a Eslováquia. Eu juro, nunca na minha vida vi nada parecido em termos de ‘mina’ bonita. A fila das refugiadas, irmão. Imagina uma fila de sei lá, de 200 metros ou mais, só deusa… Se pegar a fila da melhor balada do Brasil, na melhor época do ano, não chega aos pés da fila de refugiados aqui”.

Ao viem à tona, as falas ganharam proporção e raiva do povo por conta dos ataques feitos.

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