Faustão: Hospital segue protocolo para detectar se há indício de rejeição
Por Redação - 21/09/23 às 07:55
O apresentador Fausto Silva retornou ao Hospital Israelita Albert Einstein na segunda-feira, 18 de setembro, apenas 22 dias após o transplante de coração que realizou na mesma unidade, que emitiu um boletim médico na quarta-feira, 20 de setembro.
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De acordo com o comunicado, Faustão está passando por “exames pós-transplante cardíaco”, seguindo um protocolo de rotina para avaliar o funcionamento do novo coração e verificar possíveis sinais de rejeição.
“São Paulo, 20 de setembro de 2023 – O paciente Fausto Silva deu entrada no Hospital Israelita Albert Einstein no dia 18 de setembro para realização de exames pós-transplante cardíaco. Trata-se de protocolo de rotina que avalia o funcionamento do coração e se há indícios de rejeição.”
O comunicado foi enviado à imprensa na noite desta quarta (20) e é assinado pelo cardiologista Fernando Bacal, pelo cirurgião cardiovascular Fábio Antônio Gaiotto e pelo diretor médico Miguel Cendoroglo.
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Fausto Silva realiza exames médicos programados, além de diálise e sessões de fisioterapia. A previsão é que ele receba alta até o final de semana.
Chance de rejeição
Em uma entrevista a OFuxico, no dia 21 de agosto, o Dr. José Pedro Esteves Dias, médico cirurgião cardiovascular, especialista pela Sociedade de Cirurgia Cardiovascular, com experiência em transplante cardíaco, tirou algumas dúvidas sobre o risco de rejeição, após um transplante de coração.
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OFuxico – Quais as chances de rejeição do órgão transplantado?
Dr. José Pedro – Hoje, com advento dos imunossupressores mais modernos, a chance de rejeição já ficou muito pequena. Então, todo o paciente que é transplantado, faz uma biópsia periodicamente 60 dias após o transplante; depois a cada 4 meses ou no máximo 6 meses, que é uma biópsia com a punção via jugular.
OFuxico – Como é feito isso?
Dr. José Pedro – Você põe uma pinça cirúrgica e vai até o ventrículo direito. Ali, a pinça tira um pequeno fragmento e vai acompanhando. Mas normalmente a rejeição costuma ser muito pequena para qualquer órgão doado, seja coração, seja rim… É por isso que se baseia: é fundamental você ter esse painel de linfócitos correto, não é só a compatibilidade de ABO RH. Existe um painel de linfócito, de macrófago, um painel imunológico que é feito para cruzar dados de um doador com receptor. Mas com muitas medicações novas e todos esses imunossupressores, é baixíssima a chance de rejeição.
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