José Mayer volta a ser hospitalizado no Rio de Janeiro

Por - 17/03/23 às 19:10

josé mayer sério como tião bezerra em a lei do amorTV Globo/Renato Rocha Miranda

O ator José Mayer, que está com 73 anos, voltou a ser hospitalizado, na manhã desta sexta-feira (17), na Casa de Saúde São José, na zona sul do Rio de Janeiro. Entretanto, não haverá boletins médicos sobre o estado de saúde do artista, enquanto ele estiver por lá.

O ator foi internado com suspeita de surto psicótico e passou por exames para verificar o que tinha. Segundo o colunista Léo Dias, do Metrópoles, José Mayer teria chegado desorientado ao local, mas já estaria estável, após a internação.

Vale lembrar que José Mayer ficou internado por dez dias no mês de fevereiro, por conta de uma “indisposição respiratória”. Na época, ele fez uma infusão para o tratamento da doença Granulomatose de Wegener.

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“Finalmente, diante da magnífica vista da Enseada de Botafogo, eu recebendo a penúltima infusão no tratamento da doença autoimune Granulomatose de Wegener”, escreveu o ator na legenda de um vídeo após receber alta.

Já no vídeo, o ator falou do tratamento, agradeceu à espiritualidade e diz que está na luta para se livrar da doença que contraiu desde 2017 após “os nefastos acontecimentos”.

“Bom dia, amigos! Pensam que é fácil? (risos) Não é não. Cá estou eu, seguindo o protocolo de recuperação da minha saúde, tentando me livrar, e quase conseguindo, daquela doença que se abateu sobre mim em 2017 naqueles nefastos acontecimentos. A doença chama-se Granulomatose de Wegener. É uma doença complicada, mas tem tratamento. Cá estou eu então, aproveitando, como sempre, para agradecer a espiritualidade, a fortaleza que vocês têm passado para mim. Por último, olha essa vista linda da Enseada de Botafogo. Ali mora nosso amado ídolo, o cantor Roberto Carlos. Não dá para acenar para ele daqui da minha janela. Mas, olha, é isso: sigamos. A luta continua e pergunto a vocês: o que mantém o homem vivo? Boa pergunta! Beijos!”, disse.

Vale lembrar que a última novela de José Mayer foi em 2017, A Lei do Amor. Na oportunidade, ele foi acusado de assédio sexual pela figurinista da TV Globo, Susllem Meneguzzi Tonani, e deixou a emissora.

GRANULOMATOSE DE WEGENER: SAIBA MAIS SOBRE A DOENÇA

O site oficial Jornal Brasileiro de Pneumologia explica mais sobre a doença autoimune que acometeu o ator José Mayer.

“A granulomatose de Wegener caracteriza-se por vasculite necrosante granulomatosa que acomete preferencialmente vias aéreas superiores, inferiores e rins. Seu diagnóstico é feito associando-se as manifestações clínicas, radiológicas (múltiplos nódulos escavados) e os achados anatomopatológicos e o anticorpo anticitoplasma de neutrófilos positivo. O tratamento com corticosteróides e ciclofosfamida leva a 90% de remissão da doença em 1 ano.”

“A doença acomete homens e mulheres sem predileção por sexo, com maior frequência em indivíduos na quinta década de vida, podendo ocorrer, no entanto, em qualquer faixa etária. Os sinais e sintomas iniciais são bastante inespecíficos e o tempo até o diagnóstico pode ser bastante prolongado, principalmente nos casos de evolução mais indolente. Sintomas constitucionais (febre e emagrecimento) estão presentes em cerca de 40% e 70% dos pacientes, respectivamente, no momento da apresentação.”

MANIFESTAÇÕES PULMONARES

“O envolvimento pulmonar ocorre em cerca de 45% dos casos no início da doença e entre 66% (3) e 85% (4) no seu decorrer. Os sintomas mais comuns são tosse e hemoptise, seguidos de dispnéia. Os achados radiológicos mais frequentes são infiltrados pulmonares (67%) e nódulos (58%), estes geralmente múltiplos, bilaterais e cavitação em cerca de 50% dos casos. A tomografia computadorizada de tórax revela infiltrados e nódulos não observados no radiograma convencional em 43% a 63% dos pacientes. (6) Manifestações menos frequentes incluem derrame pleural (5% a 20% dos pacientes), presença de massas mediastinais e aumento de linfonodos.

“Alterações em vias aéreas inferiores são bastante comuns (37%) como achado incidental, sendo a estenose subglótica a manifestação mais frequente. São relatados dispnéia aos esforços, tosse e estridor nas formas mais graves. Em 75% dos casos o achado broncoscópico é o de segmento estenótico da via aérea, com aparência cicatricial, sem alterações inflamatórias agudas. A estenose subglótica é a manifestação mais comum, sendo frequentemente necessárias dilatações, muitas vezes com múltiplos procedimentos. Nos casos extremos de insuficiência respiratória, utilizam-se próteses intratraqueais e traqueostomia. Em geral são realizadas dilatações, ressecções com laser de CO2 e injeções intralesionais de corticosteróide. Cerca de 45% dos pacientes necessitam de procedimentos múltiplos para resolução da estenose.”

DIAGNÓSTICO

O diagnóstico da granulomatose de Wegener é baseado em critérios clínicos, radiológicos, sorológicos e anatomopatológicos. De acordo com Academia Americana de Reumatologia, o paciente pode apresentar inflamação nasal ou oral; nódulos, infiltrados fixos, ou cavitações na radiografia simples de tórax; hematúria microscópica ou mais de cinco eritrócitos por campo de grande aumento; inflamação granulomatosa na biópsia.

TRATAMENTO

“As formas estáveis devem receber o tratamento convencional com prednisona 1mg/kg/dia por quatro a seis semanas, com retirada lenta (2,5 mg por semana ou a cada quinze dias), completando-se a retirada em seis meses. Deve-se associar ciclofosfamida na dose de 2-3 mg/kg/dia, dose esta que deverá ser ajustada de acordo com o número de linfócitos – mantido ao redor de 1.000/mm3. A ciclofosfamida deverá ser retirada um ano após a remissão da doença.”

“Dada a citotoxidade do esquema convencional, vários trabalhos têm sido conduzidos com outras drogas. O uso de azatioprina (2 mg/kg/dia) substituindo a ciclofosfamida no tratamento de manutenção após indução de remissão foi proposto por um estudo recente. Este estudo, randomizado e controlado, mostrou taxas semelhantes de recidivas entre os grupos tratados com azatioprina e ciclofosfamida, com menor incidência de efeitos colaterais no primeiro grupo.”

“Metotrexato (0,3 mg/kg/semana) é outra opção terapêutica para pacientes refratários ou com efeitos da toxicidade da ciclofosfamida. Estudos com esta droga são limitados, e sua eficácia não é totalmente estabelecida. Em um estudo aberto não controlado, metotrexato foi utilizado em 42 pacientes como droga de manutenção após remissão com ciclofosfamida, porém com recidiva de 52%.”

“As formas graves devem ser tratadas agressivamente com pulso de metilprednisolona (500 a 1.000 mg/dia por três dias), e ciclofosfamida (2 a 3 mg/kg/ dia).(3-5) A realização de plasmaferese pode ser considerada nos casos refratários.

Trimetoprim-sulfametoxazol (800mg/dia de sulfametoxazol) deve ser associado aos pacientes com granulomatose de Wegener com diminuição do número de recidivas, e também como profilaxia de P. carinii na fase de imunossupressão.”

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